capítulo vinte e seis.

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 isabella💋

Guri respeitou o meu momento e ficou apenas abraçado comigo enquanto eu me acalmava.

Agora ele está olhando pra mim e acariciando o meu rosto enquanto estamos deitados na cama.

Sei que ele não abre a boca pra 

perguntar mas a cabeça dele deve estar uma confusão.

Principalmente sobre o felipe,e o porque eu ter ficado do jeito que eu fiquei quando ele foi citado. 

E eu não julgo ele.

Eu não me abri pra ninguém sobre o felipe,mas o joão lucas me faz querer contar,desabafar.

 — ele foi meu namorado — falo de repente e ele me olha surpreso.

— não precisa falar disso se não quiser.

— eu quero,na verdade eu sinto que eu preciso — falo e ele assenti me olhando atento —eu encontrei ele numa fase delicada da minha vida,dezesseis anos,pais super conservadores,e que mesmo eu fazendo de tudo pra ser uma boa filha,só sabiam me julgar o tempo inteiro por coisas que eu nem fazia — suspiro — eu tava cansada de provar pra eles que eu podia ser uma boa filha,nunca tava bom,então eu iria ser o que eles já falavam que eu era,uma péssima filha.

João lucas acaricia minha coxa.

— mas eu fui totalmente sem pensar e na pior opção,me envolver com drogas,e encontrar um garoto no meio delas,achando que ele seria o amor da minha vida — dou uma risada irônica — ele me apresentou tudo que é tipo de coisa,e quando eu dizia que não queria usar algo,ele falava que eu era fraca,e então eu não servia pra ser namorada dele — sinto meus olhos encherem de lágrima.

— amor... não precisa. 

— foram passando semanas e as brigas em casa multiplicaram,todos os dias eu recebia insultos de vagabunda pra baixo,e a cada dia mais eu achava que o felipe queria o meu bem,porque ele me dava coisas que me tiravam da realidade,que é o que eu sempre quis,mas as coisas passaram dos limites quando eu disse pra ele que não queria perder a minha virgindade,que eu não me sentia pronta — abaixo a cabeça sentindo algumas lágrimas escorrerem mas rapidamente enxugo.

Respiro fundo voltando a falar.

— ele no momento disse que tava tudo bem,e eu acreditei,até eu chegar na casa dele e pegar ele transando com outra garota,e quando eu tirei satisfações,ele disse que se eu não queria que isso acontecesse,era só eu dar pra ele,porque não tinha como ele negar os desejos dele,porque ele era homem — deixo as lágrimas escorrerem continuando a falar — eu não conseguia enxergar ele como errado,só sentia que eu merecia aquilo porque toda menina na minha idade já tinha transado e ele não era obrigado a esperar.

Quanto mais eu enxugo mais lágrimas caem e sinto minhas mãos começarem a tremer.

— tá bom,já chega preta — ele coloca as mãos por cima das minhas  e me abraça.

— eu me lembro como eu me sentia mal por não conseguir transar com ele joão,eu chorava todas as noites porque me sentia insuficiente pra ele,e eu não transei mesmo,pelo menos não querendo— sinto a respiração de joão lucas acelerar junto a minha no abraço — aquele filho da puta me pegou chorando uma dessas vezes,ele começou a falar que era só eu resolver esse problema,ele começou a passar as mãos em mim e a tirar a minha roupa a força,porque eu falava não pra ele joão,eu juro que eu falava,eu juro — me lembro de cada momento e olho pra ele sentindo minha respiração acelerar cada vez mais e lágrimas escorrerem frenquentemente pelo meu rosto.

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