One

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*Violência explícita*
Noah.

Tudo estava tranquilo em minha casa, o silêncio era até assustador demais para quem está no aguardo da liberação do chefe (meu pai) para atacar a gangue rival. Seria de extrema importância ao menos um sinal, um aviso de que tudo estava indo nos conformes necessários para a operação seguir adiante, meus homens estavam de prontidão do lado de fora de minha casa, apenas aguardando uma ligação de Nicholas Bellford, o líder da maior gangue do México.

Meu pai me criou para ser seu sucessor, apenas isso. Não tenho irmãos, não conheço minha genitora, apenas conheço a linguagem das drogas, tráfico, prostituição, sexo e coisas desse tipo. Quem chega aos 20 anos na vida que eu levo já é muita coisa, de repente você só escuta os tiros e um pode ter te acertado e a adrenalina que percorre seu corpo não te deixa notar. E eu? Hum... Estou endorfinado, pós tantas ordens vindas do meu chefia não podia ser de menos, né?
Ser o gerente do tráfico não é para qualquer um, as gangues "aliadas" tão sempre de olho, principalmente se o Nicholas ficar me dando muito "mole", como eles dizem.
Na verdade desde meus doze anos eu estou traficando e aprendendo como gerir tudo isso aqui. Como poderia ser diferente ?
Observo a cocaína espalhada na mesa central da minha sala, pego um canudinho e coloco aquela droga para dentro de meu organismo.

Vejo meu celular vibrar e o nome 'Chefe' aparecer na tela. Prontamente atendo.

"Fala" digo rápido.

Ouço barulho de som alto de fundo, como se estivessem numa balada.

"Ele está aqui, pode iniciar a missão." ouço a voz do mais velho ecoar e uma tosse breve.
"Toma cuidado. Tu é o legado disso tudo aqui."

Dei uma fungada pela cocaína que estava dentro da minha narina e sorri ao senti-la em minhas veias.

"Pode deixar, coroa"

Desligo.

Pego minhas armas, saindo com todas elas em mãos e a postos, vejo todos meus homens me encararem.

-Quando chegar lá, quebrem tudo. Salvem as garotas... E matem quem atrapalhar. -digo com minha voz rouca e mandona.

Todos concordam indo em direção aos carros que estavam na garagem. Hoje vai ser épico.

Adentro o carro blindado que era meu, vendo o motorista da vez, Elliot. O encaro com a sobrancelha arqueada.

-Tá fazendo o que aqui, Elliot?

Elliot é meu amigo de infância, entrou nessa vida um pouco depois de mim e até hoje trabalha pro meu pai. Mas hoje especificamente era o dia de folga dele, eu sei porquê eu fiz a escala.

O garoto de cabelos loiros e olhos verdes me encara pelo retrovisor e ri pelo nariz.

-Tu num sabe que essa missão é de se fuder, mano. Nós tem que tá tudo lá.

Então o coroa designou mais caras pra missão sem ter me dito nada. Filho da puta!

-Vou dar um alô pro filho da puta depois.

-Fala assim do teu coroa não, Noah. Toma, lê isso aqui.

Elliot me entrega um envelope, que tinha algumas folhas dentro, retiro as folhas de dentro do envelope marrom, vendo alguns nomes de garotas que provavelmente foram levadas para a casa de prostituição sem consentimento. Essa gangue de filhos da puta vieram do Sudão em busca de vender as garotinhas em troca de pesos mexicanos.

Estava folheando os nomes até que notei uma garota que não me era estranha. Já tinha ouvido meu pai falar esse sobrenome diversas vezes durante as reuniões com os cabeças do bagulho. Victoria White.
A foto mostra uma garota jovem, bonita, deve ter uns 18 anos. Parecia uma modelo.
Sua ficha dizia que ela era a mais importante a ser encontrada.

OUR PROMISSE; (TRISAL)Onde histórias criam vida. Descubra agora