Cabaré A Casa dos Lobos

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Nota: Honestamente, eu nem ia postar esse cap agr. Eu tinha planejado escrever uma versão de 12 mil palavras (pelo um ano desde o último cap) e o epílogo. Mas to precisando de um momento de felicidade na minha vida e não tem melhor jeito de fazer isso fazendo VOCÊS rirem. Kkkkk. [Quer dizer, eu tentei, o máximo que pude, aqui do limbo da existência, escrever algo engraçado, então sei lá, aproveitem <3]






ALGUM TEMPO ANTES

Um medo frio e paralisante tomou conta dos ossos de Frank quando foi levado para frente do juiz.

Ele até achou que o que sentiu durante aquela surra no caminho até ali fosse medo em sua mais intrínseca forma, mas era apenas pânico. Um tipo de pânico que engole qualquer ser humano pela urgência de sobreviver.

A tensão na sala, suas mãos algemadas e todos aqueles olhares enojados, fizeram com que ele refletisse acerca de todas as suas atitudes até ali.

Será que valeria à pena morrer por tudo que fez? Será que teria valido à pena simplesmente viver da forma que gostaria e que se sentia feliz? Ou deveria ter apenas seguido o ritmo, comprado um casa no subúrbio, levado flores para Jamia e não tê-la deixado despencar na mesa de jantar, com a cara enfiada no purê de batatas por passar a tarde cozinhando e não chegou a tempo?

Se o principal objetivo de todo mundo era sobreviver, por que ele não pôde se deixar de lado e escolher a infelicidade?

Se tivesse feito isso, Bob não teria levado aquele tiro. Nem sabia se Gerard, Ray e Feels estavam vivos depois que se arremessaram contra o mar. Todos estariam bem. Quem sabe até Bandit teria finalmente conhecido o próprio pai.

As possibilidades se dissolveram no ácido quando Frank foi empurrado para baixo, fazendo com que ele se desse conta de que estava sentando em uma cadeira e em sua visão paralela estava Jason e Jamia no banco de testemunhas.

Ah, merda.

Sinceramente ele tinha esperanças. Nunca foi para os campos de Mors, então, talvez... pudesse ter uma chance. Ou talvez pensar dessa forma fosse um jeito que seu cérebro encontrou de não fazê-lo colapsar por completo.

É. A esperança era traiçoeira. Mas não mais do que Lindsay sentada ao lado do Juiz.

Ela sorriu para Frank de forma tranquila e prazerosa, como se o tesão por destruição dela já não tivesse sido o suficiente.

Se não tivessem entrado na Planetary a tempo, teriam virado pedaços. E todos aqueles helicópteros e bombas e carros blindados fuçando a cidade não eram apenas devido ao teste geral que iria acontecer. Talvez ela soubesse dos planos de Gerard e Frank e tentou se precaver explodindo todos os lugares em que eles foram vistos, achando que eles recorreriam a esses lugares para se esconderem. A escola que investigaram, o ponto vazio que antes era sex shop que visitaram perto do natal cujo dono fora preso acusado de “facilitar a fornicação”… 

Frank tentava entender a razão daquele medo todo. Talvez ela estivesse se cagando toda por saber da capacidade de Gerard de ficar puto e nunca mais esquecer. Talvez ela soubesse que ele podia acabar com cada tijolo ao redor dela para ter a filha e para continuar com ela, teria que acabar com Gerard da forma mais inescrupulosa possível: livrando-se de Frank e deixando a mensagem de quem era mais poderoso.

 — A sessão oito mil duzentos e cinquenta está iniciada. — O juiz, cuja toga era branca, declarou.

Frank achou tudo aquilo uma piada. Um julgamento sem advogado de defesa, com um membro do governo presente para autorizar o veredito e assegurar os interesses do regime na decisão. Ele ignorou as falas idiotas, os membros deliberando com paixão, como se a situação fosse um role play numa mesa de rpg fajuta.

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⏰ Última atualização: Oct 19, 2023 ⏰

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