Beco dos travestidos [Parte dois]

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Nota:se você tem alergia à referência, convêm um remedinho.

-Tu quer abusar de mim. Não. Eu não vou deixar. – Gerard diz, batendo o pé no chão freneticamente. – Olha aqui, o meu rabo é propriedade restrita e tu NUNCA! Vai encostar nele, entendeu?

- Ai, Gerard, deixa de ser idiota. Vamos logo. O horário de entrar vai acabar e você vai ter uma folga de merda. Vamos... – Puxou ele pelo braço.

-nawn. Eu não vou entrar nesse beco. É escuro. E tu também tá todo esquisito aí, pilantrão. Me diz, tá planejando meter teu pau à força em mim né? Pois eu vou logo te avisar que ele não-vai-entrar.

-Observa cacete. – Frank aponta, irritado.

Então, belas Drag Queens, com suas perucas cor de rosa, amarelo e até mesmo azuis saem do tal beco, em direção à um carro blindado e preto, estacionado perto do meio fio.

-Iiiiiiiiiiii olha lá.

-Isso é tão... Lindo, você não acha? – Frank pergunta sorrindo, ainda segurando o braço do grandão, que tinha seus olhos brilhando.

Era inegável: Drag Queens sempre passavam aquela alegria, misturada com glamour.

-Tem nada de lindo aqui. Quero que tu me explique essa caralhada de travesti saindo desse beco. O que é? Um surubão da Rua Augusta? Surubão da alegria?! Tu tá me desviando do caminho do bem seu viado desalmado!

-Cala a boca e para de me ofender, tá bom?

Arrastou Gerard até a frente do beco. As suas extremidades eram compostas por um mercadinho coreano e uma loja de fantasias. Ele era assombroso, haviam umas latas de lixo no início, mas tudo isso era para disfarçar.

-Eu tenho um presente pra você. – Frank ficou na sua frente, espremendo os lábios em um sorriso.

-Espero que não seja uma rola bifurcada.

-Credo, Gerard, que horror! -  Frank soltou uma risada. – Não, não é nada bifurcado.

Caminhou para a escuridão do beco e Way o acompanhou. Hesitante, ele observou Frank se agachar e dar três batidas no que ele identificou ser uma tampa de esgoto. Iero se afastou e aguardou por alguma coisa. De repente, a tampa fora levantada e um cara de cabelo verde olhou para cima.

-Rainbow Freedom. Para dois. – Frank diz o código e puxa algumas notas do bolso e dá ao “porteiro”. O homem de cabelo verde autoriza. -Vem Gerard. – Iero diz, entrando no buraco.

-Como assim? Vai me fazer entrar no esgoto?! – Gerard pergunta meio alterado, olhando para todas as direções possíveis. – Eu sei que eu sou grande mas eu não sou a porra de um guabiru.

-Não é um esgoto. E o que diabos é guabiru?! Quando entrar aqui te explico tudo. Anda... – Estende a mão na sua direção.

-Isso é um esgoto sim. E guabiru é o nome que a gente dá praqueles ratos enormes. E eu NÃO SOU UM GUABIRU.

– Confia em mim, hm? – Sorriu amigável estendendo a mão novamente.

-Não faz essa cara.

-Que cara?

-Como se tu fosse o gato de botas.

-Mas eu sou um gato, você não acha? – Frank brincou, convencido.

-Eu gosto de gato. Mas isso não significa que eu gosto de tu. Não é peludo. Não é fofinho.

Mas eu posso ronronar no pé do seu ouvido a noite inteirinha, enquanto você geme meu nome e...”

Conventional Weapons || Frerard ||Onde histórias criam vida. Descubra agora