42195 passos | Changlix

uma decisão e revelações

ATT: 30 de julho de 2024

Mudanças: revisão e adequação de conteúdo.

Oi, gente bonita, espero que estejam gostando!

Não se esqueçam do favorito e de comentarem, ajuda demais a autora que vos fala!

Boa leitura!

Baci!!

👟👟👟

No final de maio começariam as competições, que iriam até o final de agosto. As que o treinador Kim estava focando aconteceriam no final de junho e metade de julho. Só que ele inscreveu a equipe inteira em duas competições, uma em maio e outra na metade de junho, para nos acostumarmos e para que ele pudesse dar uma olhada nos concorrentes. Assim, a última semana de abril e as primeiras de maio foram um inferno.

Eu fui informado que participaria das provas de 100, 200 e 4X100. Era o protocolo com os atletas novatos. Queriam saber onde eu me destacaria. Para as provas 500, 1000 e 1500 já tinham membros fixos, e como eu era bom nos treinos de curta distância, fiquei responsável por ser a dupla de Lino nos 100 e 200. Para a prova de 4X100, teríamos a equipe principal com Lino, eu, um garoto que eu não sabia o nome, mas que era destaque nos 1000 metros, e Jeong Yunho, dos 1500, o único garoto que falava comigo além de Lino.

Como de costume, na semana da primeira competição fomos dispensados das aulas do período da tarde. Não iríamos repor as aulas, então Hobi e Seungmin estavam anotando tudo e Lino participou dos meus reforços para dar conta de tudo, mas, com os treinos intensos durante toda a tarde, chegávamos em nossos quartos mortos.

Falava com meus pais muito pouco, uma vez a cada cinco dias, mais ou menos. E em uma dessas conversas, minha mãe atendeu a chamada e se preocupou no mesmo instante.

— Oi, querido. Você está bem? — perguntou franzindo a testa.

— Tô, só tô cansado. Semana pesada. Sábado que vem tem a primeira prova, estamos treinando muito.

— Mas isso é saudável? não tem que ter um tempo de recuperação?

— Sexta, normalmente seria hoje, mas o treinador quer que relaxemos na véspera, então trocamos o dia. Depois voltamos ao normal.

— Não está pesado demais?

— Não. Quer dizer, está mais pesado do que era aí, mas eu dou conta, só preciso dormir.

— Então vai lá. Vou avisar seu pai que você fala com ele depois. Durma bem, se alimente bem. E fica tranquilo. Não tem nenhuma obrigação em ser o melhor.

— Sobre isso... — comecei incerto. — O treinador falou que seria interessante eu ficar até o fim do ano. Para tentar as Nacionais.

— Já conversamos sobre isso, você pode tentar aqui...

— Aqui tenho maiores chances. Além disso, o treinamento é melhor...

— Não, meu bem. Aqui, perto da gente, é melhor, você vai ver. Eu sei que você precisava desse espaço, e as coisas vão ser diferentes quando voltar...

— Tá — falei desanimado. — Vou dormir. Tchau, mãe — falei já desligando.

Eu tinha menos de três meses para convencê-la. Eu precisava ficar, tinha medo de voltar e não poder mais treinar. Meus amigos estavam aqui, não queria voltar a ser o sozinho. E do que adiantava voltar se eu provavelmente voltaria em janeiro para cá, depois da formatura, para a universidade. Se eu ficasse, terminaria o Ensino Médio aqui, mas de qualquer forma estaria aqui para a universidade. Eu só precisava que ela entendesse que, por mais que o dela não fosse, o meu lugar era aqui.