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conversas importantes

ATT: 25 de junho de 2024
Mudança na estrutura do capítulo e adequação de conteúdo.

Oi, gente bonita, espero que estejam gostando!

Não se esqueçam do favorito e de comentarem, ajuda demais a autora que vos fala!

Boa leitura!

Baci

👟👟👟

Larry Philip. O cara que sempre me atormentou sem motivo algum. O talento do time de rugby e o popular da escola. O que me surpreendeu não foi o fato de ele estar em uma festa (quem era eu para julgar, não é?), mas, sim, ele estar beijando um garoto.

Sempre implicou comigo por eu ser "feminino", leia-se não musculoso ou másculo como ele, "baixinho como uma garota" (em minha defesa, um metro e setenta e um não é baixinho, só não sou um gigante de quase um metro e noventa igual a ele) ou "delicado". Os outros apelidos, como ET e pintinho, sempre vieram dos amigos dele. Então, na minha cabeça, a única coisa que eu pensava era: como um cara extremamente machista e homofóbico estava beijando outro cara? Quer dizer, tentando, porque parecia que Hoseok estava bem longe de querer ser beijado por ele.

Entretanto, enquanto eu queimava minha cabeça, duas coisas aconteceram quase ao mesmo tempo. Meu corpo, que já estava fervendo, esquentou um pouco mais com a cena e, principalmente, com a visão que eu tive a seguir.

Antes mesmo que eu pudesse fazer alguma coisa, Hoseok empurrou Larry com força. E foi nesse milésimo de segundo que o meu estopim veio: a boca inchada e vermelha de Hoseok. E com aquela visão, pensamentos nada inocentes vieram à minha mente. Eu precisava sair dali.

Fechei a porta bem no momento que eles perceberam que tinha alguém ali, com sorte não viram que era eu. Quase corri para o lugar em que eu tinha deixado Rebecca, e quando cheguei não dei tempo para ela me perguntar nada. A beijei novamente. Mas aquilo não bastava, precisava de mais. Precisava acalmar meu âmago. Por que, cascalhos, eu fiquei tão afetado com dois garotos se beijando? Por que eu beijava Becca e me perguntava se seria diferente beijar um garoto? Boca era boca, não deveria ter diferença, não é? Quem sabe um dia eu experimentaria, mas não aquela noite. Aquela noite eu queria Becca.

— Vamos para um lugar mais calmo e menos barulhento? — perguntei ao findar o beijo.

Becca nem se deu o trabalho de responder, apenas segurou minha mão e me puxou em direção às escadas.

Diferentemente do térreo, no andar de cima o conceito aberto não existia, com várias portas espalhadas pelas laterais e o espaço de circulação restrito ao centro. Bem centralizada, no chão tinha uma clarabóia, pela qual podíamos ver as pessoas dançando.

Becca me puxou para uma das portas e nos vimos em uma sacada maior do que meu quarto e banheiro juntos. Parede de vidro nos dando uma linda vista e sofás por todos os lados.

— Nossa, que lindo! — Becca disse caminhando até a parede de vidro.

— Você me trouxe com tanta determinação, não conhecia?

— Não. May tinha me dito que tinha camarotes, mas nunca tinha vindo aqui.

— Entendi — respondi caminhando até ela e a abraçando por trás.

— Vai me contar o que aconteceu? — perguntou, virando-se para mim.

— Não aconteceu nada. Por quê?

— Saiu aquela hora com cara que não sabia o que fazer e voltou todo decidido...

— Queria avisar o Hoseok, mas não o achei — expliquei enquanto fazia carinho em sua bochecha.