pessoas peculiares

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ATT: 24 de julho de 2024
Mudança na estrutura do capítulo e revisão de conteúdo.

Oi, gente bonita, espero que estejam gostando!

Não se esqueçam do favorito e de comentarem, ajuda demais a autora que vos fala!

Boa leitura!

Baci!!

👟👟👟

Fevereiro estava terminando. Eu já estava totalmente acostumado com o frio e com a planta do colégio, já que todos os dias eu passava as manhãs na academia e pista de corrida e três tardes por semana na biblioteca, com Seungmin.

Então, nos últimos dias antes das aulas começarem, eu comecei a mudar a minha rotina. Assim, logo que março começasse e as aulas voltassem, eu já estaria adaptado para mais um capítulo da minha vida.

Passei a acordar às 05:30, comer uma salada de fruta e ir para a academia. 07h, depois de terminado o treino, voltava para o alojamento e tomava banho. Como atleta, eu teria que seguir uma dieta feita por nutricionistas, então a escola disponibilizaria o café da manhã a partir das 7h30.

Na última sexta-feira antes das aulas, recebi meu horário e turma. Percebi que teria treinos quatro vezes na semana e minhas aulas de monitoria seriam três vezes na semana, depois dos treinos. Esse colégio realmente não brincava em serviço. Eles queriam os melhores e faziam de tudo para consegui-los e construí-los.

No sábado pela manhã, alguns alunos novos chegaram no residence. Não conseguia identificar de onde vinha, mas tinha alguém bem-animado na mudança, com uma playlist bem estranha. Rock, pop, hip-hop, música country americana e folk inglesa. No meio ainda tinha reggaeton latinoamericano e algumas músicas em francês. Sabia que poderia ser um problema no futuro, mas resolvi deixar passar e aproveitar os ritmos tão distintos entre si, mas que, de alguma forma, falavam da mesma coisa.

À tarde resolvi correr pela vizinhança para esfriar a cabeça e aliviar o nervosismo. Estava prestes a começar uma nova fase, novas pessoas, novas experiências. Estava ansioso e com medo. Curioso e com vontade de me esconder. Estava uma montanha russa de emoções. Sabia que, no fim, seria igual à Austrália. Adolescentes não poderiam ser muito diferentes, não é? Mas o frio no estômago estava lá.

Quando voltei para o residence, encontrei um garoto magro, de cabelos bagunçados e tingidos de cobre, calças de moletom e uma camiseta estilizada com alguns rasgos. Ele arrumava algumas caixas de papelão na lixeira dos recicláveis quando me notou esperando o elevador. Mesmo àquela distância, eu consegui notar o jeito que ele me olhou. Algo gritava perigo, mas a cara fofa amenizava a sensação. Ele parecia aquele coelhinho daquele filme infantil: de boca fechada era só um garoto, mas quando sorriu, eu engoli em seco e entrei no elevador.

Quando entrei no meu quarto, levei um susto e quase dei um grito. Hobi estava deitado na minha cama, mexendo no celular, como se estivesse em sua própria casa.

— Demorou. Foi correr onde? — perguntou sem tirar o olho do aparelho.

— Foram sete quilômetros, não demorei tanto assim — respondi emburrado. — O que está fazendo aqui?

— Fugindo do jantar de família perfeita pros sócios do meu pai. Quer frango ou pizza? — respondeu, emendando um assunto no outro.

— Prefiro frango. Apimentado. Vou tomar banho, os pacotes de macarrão estão no armário...

— Tempurá ou só refogados? — Hobi gritou depois que fechei a porta do banheiro.

— Refogados, fritura não é permitida na minha dieta... — respondi, já com a água ligada.

42195 passos | ChanglixOnde histórias criam vida. Descubra agora