o sábado que mudou tudo

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ATT: 29 de junho de 2024
Mudança na estrutura do capítulo e adequação de conteúdo.

Oi, gente bonita, espero que estejam gostando!

Não se esqueçam do favorito e de comentarem, ajuda demais a autora que vos fala!

Boa leitura!

Baci.

👟👟👟

O sábado finalmente chegou, e eu estava em frente à casa de Becca, meio escondido atrás da cerca, esperando ela sair. Becca é uma Taylor, assim como meu professor de inglês e treinador. Taylors. Os mesmos. Pai e filha. E eu.

Meio que ele sabia o que rolava nos vestiários, mas não queria dar certeza, ainda mais agora que estava participando dos treinos novamente. Além disso, eu ainda teria que vê-lo nas aulas, e não seria nada legal se ele descobrisse o que eu fazia com a filha dele durante boa parte do ano anterior, no vestiário do colégio, acima de tudo.

— Por que não bateu? — perguntou Becca ao fechar e trancar a porta. Ela estava com uma saia xadrez e camiseta preta. Cabelo solto e natural. Gostava tanto de seus cachos ruivos.

— Não queria encarar seu pai. Ele ainda dá aulas pra mim...

— Meus pais não estão. Foram visitar meus avós na outra cidade, devem voltar amanhã — disse como se não quisesse nada, mas seus olhos me analisavam.

— Ah. — Foi a única coisa que consegui dizer. — Então, vamos?

— Aonde vai me levar, Lix?

— Café, parque, conversar um pouco... Até porque são uns bons meses sem nos vermos, né? Quero saber como está sendo a faculdade...

— Nós nos vimos na festa...

— Mas nem chegamos a conversar — disse calmo.

— Estávamos fazendo coisas mais interessantes... — respondeu, provocando-me.

— Tô tentando ser romântico — disse baixinho, mais para mim do que para ela.

— Tá bom, então. Vamos tomar café e conversar — responde revirando os olhos e andando forte.

Naquele segundo eu soube que ela não me deixaria em paz até arrancar minhas roupas. Algumas coisas nunca mudam.

— Depois que conversarmos e nos atualizarmos sobre a vida um do outro, aí podemos continuar o que começamos na festa... — sussurrei com a voz grossa em seu ouvido a abraçando por trás. Ela sorriu de ladinho e voltou a andar.

Chegamos a uma cafeteria do bairro e fomos para a mesa do canto, bem longe da janela, imagina o que aconteceria se meus pais me vissem, eu deveria estar estudando sociologia. Pedimos nossos cafés e ela me contou sobre como estava na faculdade. Como eram os treinos, que mesmo sendo apenas um ano adiantada, ela sentia uma diferença nas personalidades. Contei como estava sendo o segundo ano, sem estar na equipe, o estresse com meus pais, como conheci Hobi (aproveitei e falei que o nome dele não era Happy). Percebi que estar em um ambiente agradável, com alguém que eu gosto, mesmo que falando de algo que eu sentia falta e me deixava um pouco triste, eu não sentia aquele vazio. Era mais como nostalgia, uma saudade boa.

Estávamos voltando para sua casa quando me toquei do que ia rolar. Comecei a entrar em pânico, porque não tinha nenhuma camisinha comigo.

— Er... Becca — a chamei. — Preciso passar em uma farmácia... — disse sem graça.

— Camisinhas? — Perguntou, analisando-me.

Confirmei com um aceno.

— Tem lá em casa — disse com naturalidade.

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