coisas da cabeça, insegurança e decisões

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ATT: 17 de agosto de 2024

Mudanças: revisão e adequação de conteúdo.

Oi, gente bonita, espero que estejam gostando!

Não se esqueçam do favorito e de comentarem, ajuda demais a autora que vos fala!

Além disso, saiu capítulo novo de NÃO FOI ISSO QUE EU ESCREVI...

Boa leitura! Passem na outra também!

Baci!

⚖️⚖️⚖️

Tudo começou quando, no primeiro semestre do segundo ano, recebemos três estudantes internacionais. O Pierre, a Lauren e o Ivan. Estava tudo bem: eu tinha ido bem no primeiro ano; tinha conhecido algumas garotas, mas nada tinha dado certo; meus pais estavam orgulhosos. Tudo estava bem. Até que não estava mais.

Eu tinha me aproximado do Pierre. Tínhamos gostos de filmes e música parecidos, nas festas descobrimos que eu não gostava muito de beber porque não gosto de soju e cerveja, aí ele me apresentou os vinhos. Ele também gostava de malhar para descontar o estresse do dia. Ou seja, tinha construído uma amizade legal.

Então, em uma vez que saímos em uma sexta-feira, depois da aula, Han sumiu com um dos ficantes da época e começamos a conversar sobre namoros. Ele me disse que tinha decidido fazer o intercâmbio porque estava com o coração partido e resolveu mudar os ares para superar.

Aí, quando eu perguntei de quem tinha partido a decisão de término, ele respondeu:

— Dele.

Eu o olhei esperando o resto da resposta e ele estava mordendo os lábios enquanto me olhava sem saber o que fazer.

— O que foi?

— Eu sou gay — disse abaixando o olhar.

— Isso eu entendi, quero saber o que aconteceu para estar me olhando assim — falei em tom tranquilo.

— Não tem problema para você? — Olhou-me assustado.

— Você sabe que o Han foi atrás de homem, não? — perguntei divertido.

— Sério?

— Não sabia?

— Não...

— Ele deu em cima de você descaradamente no primeiro mês...

— Ah, eu não tinha certeza. Me falaram que os coreanos são mais... assim. O que o Ocidente considera gay, para vocês é normal. Sem masculinidade frágil... — contou com vergonha.

— Sim, mas nos tratamos assim, como eu e você. O Han estava subindo pelas paredes te querendo — falei rindo.

— Ele é bonito, mas meu tipo é outro...

— Tipo quem? — perguntei olhando ao redor.

— Você.

Meu coração parou e meu sorriso murchou. Aquilo era novo. Como assim eu era o tipo de alguém?

— Como assim?

— Desculpa, eu não deveria ter falado...

— Você me acha bonito?

— Não está bravo?

— Estou curioso — respondi sincero. Queria entender a lógica francesa de beleza.

— Eu te acho bonito, gostoso e inteligente. Meu tipo.

Então eu surtei. Nunca tinha recebido um elogio assim. As garotas sempre falavam de como eu era carinhoso, como eu era um bom amigo e fofo. Nunca elogiaram minha aparência, ou a minha inteligência. Eu não sabia o que falar, então apenas agradeci e continuamos bebendo e conversando.

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