encontros e reencontro

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ATT: 09 de julho de 2024
Mudanças: acréscimo de conteúdo e mudança de título.

Oi, gente bonita, espero que estejam gostando!

Não se esqueçam do favorito e de comentarem, ajuda demais a autora que vos fala!

Boa leitura!

Baci!!

👟👟👟

Fechei os olhos e entrei no avião. Quer dizer...

Fechei os olhos e caí em cima do homem à minha frente.

— Desculpa. Desculpa. Desculpa. Eu tropecei e não consegui me segurar — disse desesperado, ajudando o homem a se levantar.

— Aish... Isso que dá deixar crianças viajarem sozinhas — disse vermelho de raiva.

— Não sou criança. Tenho 17 anos...

— É uma criança sim, até parece que nunca viu um avião na vida. Não sabe se comportar... — falava como se lhe faltasse ar. Será que eu tinha lhe machucado?

— Mas eu nunca viajei de avião sozinho, mesmo — respondi sem jeito. — Você está bem?

Ele me olhou como se estivesse se controlando para não me bater. Respirou fundo e eu engoli em seco.

— Não vai chorar, né? Acabou de falar que não é criança, aja como adulto, então — disse e saiu em busca de seu assento, deixando-me parado na porta com cara de tacho.

Já chorei demais para um dia, não ia dar o gostinho para aquele baixinho carrancudo. Quem ele pensava que era para me atacar assim?

Decidi que iria guardar minha mochila e iria atrás dele para explicar a situação e falar que ele foi grosso e que me devia desculpas. Orra, era minha primeira vez em um voo internacional e, além de tudo, primeira vez viajando completamente sozinho. Não queria sua amizade, mas que ele fosse mais gentil com estranhos. Não era culpa minha se ele estava de mal com a vida...

Quando encontrei meu assento, percebi que o universo realmente gostava de encher a minha vida de clichês. Comecei a guardar minha mochila tentando não olhar para baixo, mas não consegui evitar olhar para o lado quando o baixinho carrancudo me encarou com a boca aberta. Ele revirou os olhos e colocou os fones de ouvido.

— Eu não acredito nisso — ouvi ele resmungando quando me sentei ao seu lado.

— Eu não quero brigar, OK? Podemos apenas respeitar um ao outro? Ou nos ignorar completamente, o que acha? — perguntei.

— Hmm — grunhiu em resposta.

— Eu já pedi desculpa por te derrubar, poderia me desculpar para podermos ficar quites?

— Não íamos nos ignorar? — perguntou, mexendo nos fones e no celular.

— Grosso...

— E grande — respondeu.

— Mas você é mais baixo do que eu...

— Falei "grande", não "alto"! — gritou.

Os passageiros que ainda estavam entrando pararam e nos olharam. Eu não sabia onde enfiar a cara, e parecia que nem ele. O embarque estava no início e eu já sabia que seria um longo voo. Esperava que não fosse um sinal para desistir.

Alguns minutos depois, quando o movimento de pessoas chegando havia diminuído um pouco, uma aeromoça me perguntou se tinha problema eu ficar com a mochila embaixo do assento. Respondi que não e peguei para guardá-la quando meu coração deu um sobressalto.

42195 passos | ChanglixOnde histórias criam vida. Descubra agora