Ackermans | A Titã Fêmea De Guerra.

Conhecendo

Tinha dormido um pouco e na manhã seguinte já estava no portão do quartel esperando o Jeager, raras vezes deixava o meu DMT e com o Eren, para mim era mais que necessário.

Já estava há uns 10 minutos esperando quando Eren chegou.
—Bom dia senhora Ary.
Descansei os ombros e respirei fundo. Vou aceitar que ele não vai me chamar só de Ary.
—Bom dia Eren.
—Ah era pra vim com o DMT?
—Não. Vamos por aqui.
Indique o caminho para ele.
—Vamos começar devagar,Ok?
—Certo.
Começamos a caminhar lentamente.
—Então Jeager, Você não sabia desse poder? De se transformar em titã?
—Não, nunca tinha acontecido antes.
—Você se lembra de algo, ou sabe de algo quanto a isso?
—Eu só lembro...—Observei ele levantando o dedo a boca, e já segurai no DMT.—Não sei como mas só lembro que se me machucar,eu me transformo.
Não lembra como comprei então.
—Me fale então sobre o que sabe, sobre você, de onde você está?
—Eu sou de Shiganshina.
—Então você esteve lá, há cinco anos, e mesmo assim quis entrar para a divisão de reconhecimento.
Percebi ele baixar o olhar e uma expressão de raiva começou a se formar em seu rosto.
—Eu vou acabar com todos eles, TODOS OS TITÃS!
—Todos é?
— Sim, senhora.
Ficamos em silêncio e comecei a caminhar um pouco mais rápido.
—Por que a senhora quis caminhar comigo?
—Eu serei sua treinadora, então seria bom que você me visse não só como isso, mas como uma amiga.
—Entendi.
—Então você tem família?
Ele demorou um pouco mas respondeu.
—Sim.
—Acredito que sejam os dois que vi ti retirando do titã.
Ele não me respondeu em palavras, apenas assentindo com a cabeça.
—A senhora cresceu com o capitão Levi não foi?
Senti uma pontada no peito.
—Sim, sem encosto.
—Vocês são irmãos?
—Não.
Comecei a apressar um pouco mais os passos.
—Eu perdi meus pais pra fome no trecho, e tínhamos 7 anos quando conheci Levi, criados juntos desde então.
—Por que a senhora quis entrar na Divisão de reconhecimento?
—Erwin convenceu Levi a entrar na divisão de reconhecimento, e eu o acompanhei.
—Igual a Mikasa.
—Mikasa?
—Ah é minha amiga, meus pais realizaram ela depois que a família dela morreu.
—E a sua?
Percebi o silêncio dele e quando o olhei entendi que ele os perdeu naquele dia em Shiganshina.
—Ela é aquela de cachecol?
—Ah sim, ela é a de cachecol, e o outro é o Armin.
Eles são uma família dele então.
—Bom Eren, talvez eu pudesse ter meus próprios motivos para entrar no reconhecimento, mas ainda sim estariam ligados ao Levi, ele foi a única família que me sobrou.
—Sei o que é não querer perder mais ninguém.
Ficamos em silêncio. Cada um arrumou uma forma de lidar com a perda, só é difícil entender mesmo que a motivação seja a mesma.
—Pronto para começar a correr?
—Sim.
Comecei a correr e ele foi ficando para trás, até que acelerou mais os passos para me alcançar.
—Como...—Ele buscou o fôlego.—Como a senhora consegue correr tanto mesmo com o DMT?
Dei uma risada e ele me olhou surpreso
—Que foi?—Perguntei pela cara de surpreso dele.
—A senhora é diferente, acho que ninguém nunca viu o capitão sorrir.
Torci os lábios para um lado.
—Eu já.—E é lindo. Acelerei os passos.
Ele se esforçou para me alcançar.
—Muita prática.
—O que?
—Muita prática, para correr assim, todo dia desde que entrei no reconhecimento, corro toda manhã com o DMT.
Puxei o fôlego.
—Mantenha a respiração normal Eren, nariz—Inspirei—Boca—Expirei.—Vou te ensinar o que eu posso.
Ele me deu um sorriso suave, retribui.
—Vamos correr para voltar, Hange já deve estar te esperando.
Olhei para.
—Esteja preparada.
—Para o que senhora Ary?
Acelerei uma corrida rindo.
—Para O que senhora?