16. Descida

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Três meses se passaram e neles Odan e seu pequeno "esquadrão" começaram a busca pelo artefato mais poderoso da criação. Esse tempo junto acabou deixando o relacionamento entre Emanuelle e Gabriela mais fácil, apesar de ambas ainda se estranharem às vezes.

Gabriela observa a irmã e seu visual novo sorrindo. Olhando agora ela não parece em nada com a garota com quem ela havia lutado na sala quando elas se conheceram. Calça de couro vermelho claro, coturnos e um cropped preto de alças finas terminando logo acima do umbigo.

O cabelo agora está dividido em várias tranças finas e os lábios tingidos, em um tom de roxo profundo, pelo batom. Várias facas no cinto e duas katanas cruzadas nas costas.

- Emanuelle?
- Fala.
- Quem são esses "Herdeiros de Caim"?
- As vezes esqueço que você é nova no mundo místico. Lembra, que tio Ramon pediu informações sobre uma mulher?
- Sim. a maneira que você usou pra fazer contato. -a voz dela fica cuidadosa ao falar a última parte.
- Sim. Aquela era uma das capitãs dos herdeiros de Caim, Marisa Xavier Gregorio. Aliás, dizem horrores dessa mulher.
- Você está evitando responder.
- Eu não tô. a resposta é que eles são, ou melhor eram, uma organização cujo objetivo era matar.
- Porque?
- Eles foram criados por uma pessoa conhecida apenas como "Marechal" seu objetivo maior é mandar no fluxo da sociedade matando pessoas determinadas, para movimentar as coisas na direção que ele deseja. Ninguém sabe exatamente quem é esse "Marechal " alguns acham que ele é um vampiro, porque a última vez que ele apareceu, foi em um combate contra Odan, Amaya e... nosso pai
- Como é?!
- Isso aí, na França há uns 300 anos. Eles se uniram e o feriram gravemente. Muitos pensaram que ele tinha morrido, porque nunca mais ele foi visto, mas ele apenas se manteve bem escondido nesses séculos e recriou sua organização.
- Você acha que ele morreu nesse ataque que todo mundo comentou?
- Sinceramente? Duvido. Primeiro, papai, Amaya e Odan lutaram contra esse cara e ele conseguiu escapar. Segundo, a destruição foi nas bases, todos diziam que o Marechal possui seu próprio local e esconderijo. Então o mais provável é que esteja escondido por aí, planejando como reconstruir sua seita.

Nesse momento batem na porta e as duas se levantam. Trixx entra sorrindo e avisa as duas de uma nova reunião.

Os oito se reunem e Odan estala os dedos. Uma imagem surgem em meio ao ar. Uma torre cilíndrica a imagem é feita de luz azul-clara, mas mesmo assim todos conseguem ver as rachaduras e as falhas na estrutura.

- Que troço é esse? -Gabriela pergunta.
- A torre de babel. -responde Henrique observando a imagem, fixado.- É ela não é?
- Sim, Henrique. a própria. -Odan fala sumindo com a imagem.- O local onde está a pedra.
- Essa torre não virou pó ou algo parecido em Gênesis? -Guilherme pergunta.
- Não. -Bárbara fala chupando um pirulito, enquanto observa o local onde estava a imagem.- Ali, Yahweh, separou as tribos dos homens fazendo com que eles falassem línguas diferentes. Nunca foi dito o que houve com o local. Pelo que sei, hoje em dia é reduto de todo tipo de demônio menor.
- Ela está dentro de Vesúvio.
- O vulcão? -pergunta Emanuelle chocada.
- O próprio. -Amaya fala sorrindo.- a fonte da destruição de Pompéia.

*************

Descer dentro dentro do vulcão responsável pelo fim de uma nação, não era exatamente o que os Blackword estavam imaginando. Por mais estranho que seja, dá pra sentir que o local certo é aquele.

- Tanta agonia...
- Morg? -Lauren chama, se aproximando da ruiva.- Está tudo bem?
- Dá pra sentir os sentimentos daqueles que morreram aqui. Agonia, medo, raiva, eu não estava preparada.
- Se vocês quiserem descansar um pouco. Eu posso ir na frente.

Ramon está nervoso e isso é visível para as duas. Que ignoram o comentário dele e continuam andando.

- Você vai falar, ou vamos ter que adivinhar?
- Do que tá falando, Lauren?
- Porque você tá tão nervoso?
- Se eu estiver certo, não somos os únicos atrás de Odan aqui.

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