Blackword

22- Cores

Quando percebe que ambos, Ramon e o Marechal, sumiram Morgana sorri. Ela sabe que agora não há chance do homem que ama perder. Ela avança determinada, cria adagas feitas de luz verde e arremessa contra alguns dos guerreiros, outros vêm em sua direção, ela conjura dois chakrans feitos de luz amarela e arremessa contra os adversários. As armas circulares cortam pelo ar, se chocando uma contra a outra, destruindo os oponentes, enquanto Morgana segue em frente sem hesitação. Ela tem apenas um alvo: a Pretora.

Ela cria duas cimitarras, também de luz amarela e termina de abrir caminho entre elas. A Pretora ergue um dos braços em guarda, mas a lâmina corta ele pouco abaixo do cotovelo fazendo com que a parte decepada voe longe.

- O que foi? Não estava levando o gume das minhas lâminas a sério?
- Ao contrário, Morgana Blackword. -ela põe a mão boa sobre o ferimento, que enegrece e deixa de sangrar.- Queria saber se elas eram realmente tão poderosas como dizem, Menina arco-íris.
- Atingiram suas expectativas? -Morgana pergunta dando um passo a frente, preparando-se para avançar.
- Com toda certeza.

Ao dizer isso ela salta para trás dando mortal e depois repete o movimento mais duas vezes parando ao lado do braço decepado.

Ela pega o membro jogado no chão e o coloca de volta no lugar, passa o dedo sobre o corte, deixando-o com uma listra negra como uma pulseira, mas fora isso. Restaurado por completo.

- Agora podemos brincar de verdade.

Ela movimenta as mãos e faz surgir uma lança de lâmina dentada com cabo metálico. Sem pensar duas vezes, ela arremessa a arma contra Morgana, que desvia facilmente do ataque.

A Blackword cria duas lâminas de arremesso com luz amarela e as lança contra Pretora, ao mesmo tempo em que ela própria avança em direção a inimiga. As lâminas cortam o ar girando em alta velocidade.

Apesar das tentativas de desvio, uma delas decepa o braço da Pretora na altura do ombro e a outra se crava em sua testa. Morgana para o avanço ao ver a outra caída no chão e sorri, mas sua alegria não dura muito ao sentir uma lâmina atravessando sua coluna.

Ela tosse sangue e cai de joelhos com mais da metade da lâmina da lança saindo pelo seu externo. Na sua frente, o corpo da Pretora começa a se movimentar.

Ela se ergue, pega o braço decepado e faz com o dedo a mesma coisa que fez com o outro ferimento, por último ela pega o cabo da lâmina enterrada em sua testa e a joga longe só para vê-la desaparecer. Ela passa um dos dedos sobre o corte que se fecha deixando apenas uma linha vertical preta para trás.

- Tenho que admitir, isso realmente foi divertido. Fiquei surpresa de você cair nessa, afinal de contas foi o próprio Balthazar Blackword quem fez ela.
- Abssalom.
- Ela mesma. -diz Pretora com um sorriso no rosto.- "The bloodhound", a cão de caça. Eu posso não ser capaz de te matar, mas com essa belezinha aqui eu com certeza, sou capaz de te fazer desejar poder morrer.
- Você é bem durável para um ser humano.
- Não é tão esteticamente gracioso como vocês Blackword's, mas tem sua utilidade prática.
- Você disse que ouviu sobre o meu poder. O que sabe sobre ele?
- Achando que falar para enrolar vai te salvar? -ela gesticula com os dedos fazendo com que mais alguns centímetros da lâmina saiam pelo externo dela.

A lança ergue a si própria a e à Morgana no ar e então se choca com toda força contra o chão.

- Que tal eu te enterrar em uma das veias de magma próximas do núcleo da terra? Acho que seria divertido ser derretida e reconstituída constantemente pela eternidade.
- Talvez só esteja com vergonha de dizer que não sabe nada sobre mim. -Morgana fala com deboche e abre um sorriso com a boca ensanguentada.- Tudo bem, querida. Eu sou mesmo muito boa em ser reservada.
- Vadia arrogante. -ela faz com que a lança arraste-a pela parede de pedra.- Você tem o poder de conjurar objetos de luz a partir das emoções. Praticamente uma heroína de quadrinhos.
- Você conhece o espectro emocional? O significado das cores pelo ponto de vista emotivo?
- E por que eu me importaria com isso? Armas são armas, não importa se são feitas de paz, prosperidade ou raiva.
- É claro que você pensaria assim. Afinal de contas você não passa de uma simples açougueira, uma mercenária de mente limitada e simplória.
- Esse é o seu plano? Me irritar, enquanto eu tenho uma lança mágica no seu peito?
- Vermelho é raiva, ódio por isso chamas tão fortes Afinal de contas esse é um campo de batalha. Verde é determinação, força de vontade, porque não deixaria nada ficar em meu caminho para defender minha família. Azul é esperança, como a que eu tinha de que aqueles golpes matariam você. Só que nenhuma dessas é a emoção que flui com mais força pelo meu corpo.
- Jura e qual seria? O fracasso?
- Não. O amor. -nesse momento dois arpões atravessam o peito de Pretora. Um pelo externo e outro pela barriga. Em seguida, correntes surgem mantendo os braços dela esticados e imóveis e outras prendendo as pernas dela fazendo com que ela caia de joelhos.- Uma coisa sobre meu poder, eu não preciso projetar minhas criações nas minhas mãos.

Ela joga o peso do corpo para trás deslizando pelo cabo da arma. Sem nem olhar, a lança é envolta por um paralelepípedo feito de luz verde.

- Rosa é a cor do amor. -Morgana diz indicando as prisões da pretora, ao mesmo tempo que um machado da mesma cor surge em sua mão.- Você com certeza já deve ter ouvido falar, que o amor faz a gente perder a cabeça, né?

Sorrindo ela ergue o machado no ar e desce a lâmina com força. Porém antes que possa atingir a oponente, uma explosão ecoou pela caverna e todo o local treme, enquanto uma luz branca enche todo o local.