8.Percebi que eu era mais forte do que imaginava.

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— Não vai mesmo voltar com a suas palavras, mesmo que eu seja um pouco louco? E te mostre meu verdadeiro lado? Eu não vou te deixar em paz.

 — Não — foi automático para Minho responder isso, afinal era a única coisa que pensava por todos esses dias.

— Eu não tenho certeza.— jisung olhava para o chão procurando uma resposta. Ele queria prolongar aqueles encontros e saber mais dele, quem lhe dava tantas borboletas na barriga que eram indecifráveis pra si. Afinal, por conta desse sentimento, o fez querer saber mais sobre Minho, ele não conseguia pensar muito bem depois de tudo oque havia acontecido daquela noite.

jisung leva sua mão à própria cabeça e com uma feição de dor o garoto cambaleia para o lado.

— jisung? Tá tudo bem?— Minho o olha preocupado assim vendo o outro cair de joelhos no chão.— jisung!

— Tá tudo bem, é normal, sempre acontece isso comigo. — Dá uma pequena risada tentando o deixar o maior mais calmo.

— Isso não é normal, você deve estar exausto.— Minho leva sua mão de encontro com a de jisung para o ajudar a se levantar.— qual o número do seu quarto? Vou levá-lo para descansar.

— Tá tudo bem, eu posso me virar sozinho.— Tira a mão de Minho de perto de si com um pequeno tapa.

— Anda, não rejeite minha ajuda, qual o seu quarto?— leva novamente a mão para perto de jisung, esse que o olha por alguns minutos e resolve ceder a ajuda, sendo puxado para cima colocando seu braco por cima do ombro de Minho.

— Eu vou ficar mal-acostumado. Meu quarto e o número seis. — meio relutante, jisung fala sem olhar para o rosto de Minho.

— Somos do mesmo andar, mas eu nunca te vi por lá.— começou a andar devagar com o garoto.

— Não posso sair do quarto, eles têm medo de mim, lee min'ho.— jisung fala a última frase quase que em cochicho, mas Minho entendeu muito bem, e apenas fingiu não ouvir.

Minho o leva para o elevador, assim que adentram o mais velho percebe que o mesmo havia fechado os olhos e deitado em seu ombro, para dar mais segurança ele segura com mais força na cintura do garoto e com a outra mão entrelaça os dedos, levando seu olhar para o rosto sereno de jisung, o vendo "dormi" com as bochechas apoiadas em si e os lábios entre abertos, oque deixo a vontade de toca-los passar por seus pensamentos.

Seguiram com jisung, meio acordado e meio dormindo para o quarto seis, ele parecia meio pálido e havia manchinhas vermelhas por toda sua pele branca, oque foi feito pelo nervosismo e a crise que havia passado mais cedo.

Minho entra em silêncio pelo quarto, resolve não ligar a luz para que não o incomoda-se, arruma o garoto em seus braços e o pega no colo para que pudesse o deixar em sua cama, resolveu o deixar com sua blusa para que o pudesse devolver depois que se vissem de novo.

Leva as cobertas em cima do menor para que não sentisse frio de madrugada, e arruma sua posição para uma mais confortável e que não lhe cause possíveis dores ao acordar.

— Eu prometo que não me deixarei ter medo de ti.— Após pensar bastante no que o outro havia falado, o mesmo não se preocupava muito no que Jisung poderia ou não ser, além de tudo aquilo talvez não se passe de apenas boatos, ainda não o escutou o falar com suas próprias palavras. O que não era certo tirar conclusões precipitadas.

Minho o encara, dormi, sentiu novamente aquela vontade de tocar seus lábios vermelhos, o que o fez balançar a cabeça para que tirasse esse pensamento estranho e sem sentidos.

Olha pelos lados, procurando algo que desse para escrever. Avistou um papel e uma caneta em cima da mesa, o quarto era bem vazio.

" Han jisung, espero que descanse bem, não irei velo na próxima madrugada para ter uma boa noite de sono, mas não pense que eu não quero que haja outro encontro nosso, você ainda deve me devolver a blusa que te emprestei.

Me encontre na biblioteca amanhã no horário de almoço. Estarei te esperando.

                                                     De lee."

Assim que o mesmo escreve o bilhete, dá uma última olhada no garoto e sai do quarto, esperando que o outro fique bem e que algum enfermeiro passe pela madrugada para certificar-se de sua saúde.

Enquanto andava pelo corredor procurando seu quarto, Minho se sentia cansado, tossia um pouco, e suas vistas não estavam tão boas, mas apenas ignorou.

Pensava no que poderia fazer para ajudá-lo, até que seus pensamentos caíssem nos seus primeiros dias no hospital.

Quando foi derrubado por um garoto estranho no corredor, que saiu correndo. Minho se lembra de quando seus olhos seguiram o rosto do outro por um vislumbre de segundos, e por mais que não tenha visto muito bem, agora ele percebeu de quem se tratava.

— Então era ele. — Minho falava para si enquanto andava devagar.— eu já tinha o visto desde esse dia e só percebi agora. Parece que tínhamos que nos encontrar de qualquer forma.— solta um riso assim entra no próprio quarto.

O garoto não iria dormir tão cedo, não conseguia digerir tudo o que ele viu Hoje, também percebeu que se manteve forte enquanto tentava ajudar o jisung.

Ele era mais forte do que ele mesmo imaginava. Também, teve que aprender a ser forte para poder aguentar tudo o que sua vida o dava, passar por cada obstáculo que foi lhe deixado, o que nunca tinha percebido oque havia se tornado.

Por mais que toda essa situação seja um completo pulo no escuro, ele estava ali porque queria ajudá-lo de alguma forma, ele odiava aquele sentimento de querer tirar a própria vida, e desde que viu Han Jisung naquele muro, aumentou ainda mais seu ódio.

Por que devemos passar por isso?

— Quero tirá-lo dessa situação. — Minho olhava para o teto procurando algum resquício de sono, repetindo todo o seu dia em lembranças.

— Seja ainda mais forte, Minho. — diz a si, assim que fecha os olhos por estar tão cansado.

Não seria uma noite tão agradável para ele.

Take me out of here | Me Tire Daqui- MinSungOnde histórias criam vida. Descubra agora