14. A lista.

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Jisung estava a espera de Minho na biblioteca, como todos os outros dias.

Hoje faz três semanas que começaram a se encontrar e a tentar passar o tempo nesse lugar, que pesa e aperta seu peito, que te faz sofrer para você continuar vivendo.

Desde que tiveram aquela conversa, eles não voltaram nesse assunto, era como se nunca tivesse existido, e por mais que parece normal, é calmo.

Para jisung nunca estava.

É tão difícil quando tem algo que te corroe ao ponto de ter medo de coisas simples, mas nem tudo era simples, ter medo de si doía mais que os cortes que fizera ao longo da vida.

Você está sozinho no mundo, e não tem a certeza de nada, isso machuca demais.

Mas para o garoto, se combatia dor com dor. Então, era estranho esse" carinho" e preocupação que tinha recebido.

E isso o dava uma vontade de mostrar está bem, o fazia mentir.

" Vai que se eu não mostrar que estou melhor, e ele for embora?"

Por que é tão difícil estar feliz? Se a tristeza não precisa de esforço?

- jisung? Tá aí? - Minho passa lentamente as mãos, em frente aos olhos de jisung.

- Ah, sim. - ele leva os olhos rapidamente nas sacolas diferentes nas mãos do maior. Ele sempre o trazia um pudim, e podia-se dizer que Jisung só estava com força para estar de pé com ele e os remédios para repor as vitaminas.

- Estava pensando em quê? - Ainda de pé e sem nada em seus braços, como soro ou remédios, dessa vez pergunta abaixando o rosto para ver melhor o pequeno.

- Em você. Minho leva um pequeno susto com a resposta e o mesmo não parece perceber que tinha de certa forma mexido com ele.

- Em mim? - um rubor aparece em suas bochechas, deixando Han sem entender.

- É, você demorou. - "Ele se fazia de sonso ou era?" Minho se perguntar ao chamar para ir para trás das prateleiras, assim ninguém os viria, já que havia mais pessoas que o normal.

Jisung apenas o segue, nunca tinha ido nessa parte do lugar, era bem, no fundo, não havia nem mesas ou cadeiras, só um banquinho. Além de ser tecnicamente vazio.

- O que ouve? - jisung pergunta ao que vê Minho se sentar no chão e colocar a sacola em cima do banquinho, batendo a mão de leve ao seu lado para que se sentasse. - Isso não é pudim?

- Achei que estaria com fome de outra coisa hoje, algo salgado? - O mesmo abre a sacola, retirando de lá, dois Yakisoba, talheres e dois leites fermentados com canudinho, além de uns lápis e uns papéis.

- Para que isso? - jisung franze o senho ao olhar toda a comida e parar no lápis e no papel.

- Vamos comer primeiro, que tal? - jisung assente, ao que se aconchega e pega um pacotinho com os palitinhos, o que logo é tirado de sua mão e reposto por um já aberto.

- Não deveria fazer força.

- Eu estou bem, você me ajudou muito. - O pequeno cora levemente e pensa:" porque ele sempre me provoca dessa forma? Aish"

- O que seria isso, Lee? E nem adianta perguntar se eu nunca comi, você já sabe a resposta.

- hm, isso se chama Yakisoba. Eu comia quando era pequeno com meu irmão. Eu acho ótimo, mas tem anos que eu não como, talvez seja porque isso me dê lembrança daquele tempo. - O bochechudo o olha, prestando atenção em cada palavra, sabia como era ruim relembrar certas coisas, mas aquilo parecia não ser tão triste a ser lembrado.

Take me out of here | Me Tire Daqui- MinSungOnde histórias criam vida. Descubra agora