Angel
A luz voltou, e tive um breve sentimento de tristeza. Na hora, Kai me empurra e fica na imóvel por um tempo processando o que aconteceu, então volta com sua face fria e a mandíbula travada. Provavelmente, voltou para si.
Meu rosto está quente. Eu sinto como se fosse um sonho, mas está parecendo um pesadelo. Kai me olha de cima para baixo umas duas vezes para ter certeza de o que aconteceu foi real.
—Isso aqui, — aponta para mim e para si mesmo. — nunca deveria ter acontecido e você sabe disso.
Talvez ele tenha razão...ou não, quem sabe. Afinal, eu tenho certeza que ele gostou porque correspondeu tanto quanto eu. Foda é esse papo clichê, penso se falo algo ou deixo que ele conclua algo sozinho, escolho a segunda opção. Não estou gostando do rumo dessa conversa.
—Olha aqui, não sou uma criança Kai. Posso muito bem cuidar de mim mesma e tomar minhas próprias decisões. Se eu te beijei foi porque eu quis, então para com esse drama —reviro os olhos sem paciência.
—Angelina pelo amor de Deus não complica as coisas, você é muito nova e babá do meu filho —diz como se eu fosse uma tola.
—E só por isso que nós não podemos nos beijar? —cruzo os braços chegando perto.
—Isso foi um erro, vai embora por favor. O motorista te leva para casa.
Sinceramente? Ele está parecendo uma adolescentezinha que surta por qualquer contato físico com uma outra mulher. Idiota.
Desço as escadas e me despeço da Tiana, digamos que é a governanta da casa. Ia me despedir do Dean, mas ele está dormindo como um anjinho em seu quarto.
O motorista me leva para casa e foi um caminho extremamente silêncioso. Agradeço pela carona e entro em casa dando de cara com a dona July arrumando sua mala. Ela vai viajar com o quase namorado dela para não sei aonde sou ruim de memória.
Conto o que aconteceu hoje para a July, ela é minha melhor amiga não consigo guardar nenhum segredo.
—Amiga que babado, será que ele é gay? Ou bi? —estoura uma bola de chiclete, enquanto arruma a mala.
—Não amiga, será? O cara era casado. — digo tentando acompanhar o raciocínio dela.
—Ou talvez ele só não goste de você mesmo.
Bom, se isso era para me tranquilizar deu tudo errado. Valeu July pelo apoio emocional.
O seu telefone toca e parece ser o seu quase namorado então paro de falar na hora. Me despeço dela falando que vou tomar um banho rapidinho. Enquanto subo as escadas, fico me perguntando se amanhã não irá ficar um clima constrangedor entre nós dois.
Entro no banheiro para relaxar, mas tudo o que vem na minha mente é a situação de hoje com meu chefe. Só de lembrar que amanhã eu vou ter que passar na sua empresa para pegar os papéis da rotina do Dean fico toda nervosa. Não quero pisar na bola, gostei do emprego e gostei muito do Dean. Então, se o preço for ter que olhar para o Kai depois de hoje, eu consigo fazer esse sacrifício.
Saio do banheiro, já com o pijama mas com o cabelo ainda enrolado na toalha. Eu preciso arrumar minha mala para uma pequena mudança, amanhã o motorista do Kai vai vir pegar minhas coisas e levar à casa do Senhor Mori, porque vou ficar no quarto de hóspedes já que ele "preza pela segurança" dos funcionários, mas vamos jogar a real ele quer que todos os funcionários fiquem em seu campo de visão para poder controlá-los como marionetes.
Termino de arrumar a mala, a July foi embora e aproveito para colocar o telefone para despertar às 7:00 da manhã. Então, como meu dia foi longo e cansativo não demoro para cair no sono.
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Virei babá do filho do CEO
RomanceAngelina Stolen, para os mais próximos Angel, é uma jovem meiga, desastrada e dona do próprio nariz. Depois de uma série de problemas ela arranja um emprego como Babá do filho do seu futuro chefe. Kai Mori é um homem que demonstra frieza na frente...