capítulo 7

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Angel

   Ninguém mais, ninguém menos que o meu chefe. Não sei porque eu fiquei surpresa sendo que aqui é a sua casa, besteira a minha pensar que conseguiria evitá-lo. Eu sou otimista na maior parte do tempo, puxei essa mania da minha mãe já meu pai é totalmente o contrário realmente os opostos se atraem.

— Angelina, eu estou falando com você. — diz.

   Droga, fiquei tanto tempo assim imaginando abobrinha? Eu definitivamente não escutei nada do que ele me disse antes de aparecer atrás de mim, legal meu dia só piora.

— Desculpa. Pode por favor repetir?. — sorrio

— Eu disse para me entregar sua mão, vou cuidar do seu machucado.— se senta no sofá e abre a maleta.

— Ata, obrigada mas eu consigo fazer isso.— vou até ele com a intenção de buscar a caixa.

   Por um motivo desconhecido, ele me olha como se ignorasse o que acabei de falar e espera que eu me sente para cuidar do meu machucado. Será que ele tem problema de audição? Enfim, não quero estragar meu dia por conta disso e vou logo até ele.

— Você precisa ter mais cuidado, como pode uma pessoa ser tão estabanada. — diz

   Poisé, Kai tem a proeza de colocar elogios e ofensas na mesma frase. Incrível, é ótimo dom.

— Eu não tenho culpa, o prato estava escorregadio.— puta merda esse merthiolate arde para um caralho.

— Mesmo assim, toma cuidado da próxima vez. — aplica com cuidado o curativo.

   Eu ia dizer algo mas o Dean desceu correndo gritando meu nome. Graças aos céus, meu herói apareceu bem na hora.

— Oh tia Angel!!! A Téia disse que você se machucou. — veio ao meu encontro sorrindo e deu de cara com seu pai também. — Oi papai, não sabia que estava aqui.

— Eu terminei o trabalho mais cedo. — continua focado no meu machucado.

— Obrigada pela preocupação Dean, vai para o judô tranquilo porque quando você voltar a gente faz uma queda de braço igual eu prometi.— ri e isso fez ele dar um sorriso, por incrível que pareça ele me obedeceu.

   Eu quero saber porque o Kai evita tanto o Dean. Parece que seu olhar transmite culpa e não ódio, sou uma mulher curiosa fazer o que isso eu puxei do meu pai. Falando nele, tenho que ligar para ele porque tem um tempo que quer me apresentar para sua namorada. Não sou muito chegada nela, mas ele merece ser feliz...

— Kai, posso te fazer uma pergunta pessoal?—digo.

— Não. —diz curto e grosso, saindo após terminar o curativo.

   Ótima forma de abordar um assunto, parabéns Angelina! Olho minha mão, que agora está enfaixada, e agradeço ao Kai antes que ele deixasse totalmente a sala. Como esperado, ele não diz nada e foi embora o mais rápido possível, agora quem parece estar evitando alguém é ele.

   Pego meu celular e decido ligar para o meu pai mas ele não atende, achei estranho ele não me atender já que vive com o telefone na mão. Entretanto, prefiro ignorar e voltar ao meu trabalho.

Kai Mori

   A Jéssica apareceu inesperadamente no meu escritório e não tivemos uma boa conversa, que ótimo.

— Kai, devemos planejar nosso casamento logo seus pais não param de ligar pra mim já que você não se dá ao trabalho de atender. — diz irritada.

   Vou contextualizar, meus pais são contra pais solteiros e quando souberam da separação entre a mãe do Dean e eu, logo me empurraram para um casamento arranjado por eles mesmos. Meu pai, conhecido por muitos como Katsu Mori, só pensa em si próprio e me obrigou a casar com a filha de um CEO que tem parceria com nossa empresa.

— Jéssica você sabe que eu não tenho interesse algum em me casar, principalmente naquela igreja que meu pai quer. — detesto aquele lugar.

— Nós iremos nos casar lá sim, devemos isso ao seu pai que está bancando tudo isso. — diz.

— Ele está bancando porque quer. Jess, você deve arranjar alguém que goste de verdadeiramente de ti, sabe muito bem que te considero apenas uma amiga. — levanto.

— Kai, por favor eu te imploro. Faz o que o seu pai quer e se assim podemos seguir nossa vida, é basicamente um casamento por contrato você sabe muito bem. — diz.

— Eu sei, entretanto não quero te machucar com minhas atitudes. Vamos fingir para todos que somos apaixonados mas se quisermos namorar alguém, vamos nos divorciar. Ok? — digo.

— Combinado, já falamos disso várias vezes não precisa me lembrar. — diz me abraça saindo da sala logo depois.

   Nosso casamento vai ser de fachada, somos amigos a um bom tempo e combinamos de fazer esse acordo. O motivo principal é que a Jess não gosta de homens, e sim de mulheres, nós estamos usando um ao outro porque pra mim é mais fácil já que ela nunca vai gostar de mim amorosamente.

   Bom, a secretária me avisa que a Angelina foi embora e que minha agenda está livre o resto do dia. Dou graças ao universo por me dar uma folga, eu preciso muito descansar e pensar nas coisas do casamento falso.

   Ótima oportunidade de ir para a casa e dormir, faz tempo que não consigo dormir bem e eu preciso muito de um sono digno de um príncipe. Aviso minha secretária que vou embora e desço ao subsolo onde se encontra meu carro, me pergunto sobre o que a Angelina queria porque não me lembro da razão de sua vinda, minha cabeça ta bem ruim ultimamente.

   Acho que o trajeto até minha casa levou uns 15 minutos. Estaciono o carro na garagem e entro em casa, quando eu vejo a Angelina tentando pegar a maleta de primeiros socorros, não sei porque mas meu corpo decidiu ir até lá e ajudá-la.

   — Eu te ajudo, pode deixar. — digo pegando a maleta. — Como você se machucou assim? Me dá sua mão, vou cuidar do seu machucado.

   Será que ela está me fazendo de otário ou é só avoada? Tá me encarando igual uma louca mas sem falar uma palavra sequer, ela de fato ta viajando na maionese.

— Angelina, eu estou falando com você.—falo já sem paciência.

— Desculpa. Pode por favor repetir?.  — sorri extremamente sem graça.

— Eu disse para me entregar sua mão, vou cuidar do seu machucado. — me sento no sofá esperando ela vir.

— Ata, obrigada mas eu consigo fazer isso.— vem até mim.

   E é por isso que eu não faço favor para ninguém, quando eu tento ser legal essa mulher complica tudo. Quando que eu decidi contratar ela mesmo?.

— Você precisa ter mais cuidado, como pode uma pessoa ser tão estabanada. — tento ser gentil.

— Eu não tenho culpa, o prato estava escorregadio. — diz e me questiono a inteligência dela. 

— Mesmo assim, toma cuidado da próxima vez. — coloco o curativo logo para terminar a conversa.

— Oh tia Angel!!! A téia disse que você se machucou. — meu filho veio correndo e sorrindo, mas quando me vê para de fazê-lo. — Oi papai, não sabia que estava aqui.

— Eu terminei o trabalho mais cedo.— digo e me arrependo amargamente de ter falado grosseiramente, então foco no machucado da Angelina.

— Obrigada pela preocupação Dean, vai para o judô tranquilo porque quando você voltar a gente faz uma queda de braço igual eu prometi. — ela ri e isso fez ele dar um sorriso, eu não mereço ser pai dele.

— Kai, posso te fazer uma pergunta pessoal? — diz, Dean já havia saído.

— Não. — digo e saio depois de terminar o curativo.

   Não quero falar da minha vida pessoal para essa mulher estabanada, mal a conheço e o pouco que eu sei é que ela é bastante tagarela. Procuro sair daquele ambiente o mais rápido possível, não quero me estressar com ela. Escuto seu agradecimento mas minha cabeça dói tanto que esqueço de responder de volta.

(Obs: capítulo não revisado porque entrarei de férias e não sei quando vou poder postar outro. Claro, se der tempo irei corrigir os erros depois. Feliz Natal e ano novo à todos.🎀🩷🤍🙌)

Virei babá do filho do CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora