Angelina Stolen
Não irei mentir, quando dei um passo para dentro daquela sala senti uma tensão sinistra entre nós. Talvez o motivo esteja na frente do Kai, o Damon. Esse cara ainda está no escritório, que ótima sorte hein Angel.
Damon teve a cara de pau de sorrir para a minha cara, claramente debochando, e sair rindo da sala. Ele conseguiu me irritar em poucos minutos de uma conversa, mas não diria que foi civilizada. Aquele homem não deve ser classificado como "civilizado", está mais para um animal querendo acasalar. Ok...péssima metáfora. O que quero dizer é: ele é a definição de perigo para a sociedade.
— Oi, vim te entregar isso — um pouco hesitante, lhe entrego a carta de demissão.
— Angelina Stolen, eu não tenho nenhuma intenção de aceitar a sua carta. —se levanta bruscamente.
Com esse movimento inesperado, levo um susto na hora. Pareci uma criança, ninguém se assustaria com isso. Que bobeira.
— Olha, me desculpa. —respiro fundo. — Sei que está descontente com minha decisão, mas não pode controlar até isso! —falo começando a me irritar.
— Se desde sempre quis pedir demissão, não sei por que raios você tentou o emprego! —passa a mão no cabelo tentando se acalmar.
— Tecnicamente, quem me candidatou foi a July. No entanto, isso não vem ao caso. O importante é que... — sou interrompida.
— Angelina, cala a boca. Pelo amor de Deus! —diz irritado.
— O quê? —fico sem entender.
— A merda da sua voz! Ela me deixa maluco! Seu tom feliz e doce, deixa essa casa alegre! —chega perto de mim. — Além disso, quanto mais você fala mais olho para a sua boca e isso resulta na minha enorme vontade de te beijar. Então, eu agradeceria se você calasse a merda da sua boca.
Ele grita e parece tirar um peso de si. Suas mãos percorrem o seu cabelo preto brilhante. Eu pensei que ele iria fazer um escarcéu, todavia está parado a pouco mais de um metro. Seu peito sobe e desce desacelerando com o intuito de controlar a respiração.
— Eu enlouqueci, só pode. —reclama sozinho.
Eu sou incapaz de formular alguma palavra. Estou em dúvida, isso foi uma confissão? Ou uma clara tentativa grosseira de mandar-me calar a boca? Acho que tenho algum problema cognitivo, ou, talvez, sou apenas iludida.
— Kai... o que caralhos você quer dizer com isso? —falo sinceramente.
— O que você acha?
Ele me encara como se minha pergunta fosse a coisa mais idiota que tivesse escutado hoje. Contanto, continua a falar.
— Porra, eu só penso em te beijar e transar com você nessa porcaria de mesa. Suas malditas roupas parecem mais coladas que tudo a cada dia — aponta para mim. —Além do batom que você sempre passa, com a cor de um morango, quero borrar com minha boca. —diz extremamente irritado, de verdade. — Quer que eu desenhe para você ou já entendeu?
— Uau...você é um pervertido de carteirinha vip. —tento fazer uma piada, mas ele fica mais bravo.
— Quem se importa? Por sua culpa não consigo trabalhar direito, minha mente idiota só pensa em você e coisas que me levariam facilmente para o confessionário —vem gesticulando em minha direção. — Mas até nisso eu penso, eu transando com você no confessionário, você desperta até a minha maior e suja fantasia — para e me encara. — Angelina, você me atormenta todo santo dia deixando minha vida uma bagunça completa, e se você acha que pode pedir demissão depois disso tudo...se enganou, estou irritado para um cacete.
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Virei babá do filho do CEO
RomanceAngelina Stolen, para os mais próximos Angel, é uma jovem meiga, desastrada e dona do próprio nariz. Depois de uma série de problemas ela arranja um emprego como Babá do filho do seu futuro chefe. Kai Mori é um homem que demonstra frieza na frente...