capítulo 17

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Angelina Stolen

—Angelina, pelo amor de Deus! Onde ele te machucou? — Kai se aproxima de mim o mais rápido possível. Ele está preocupado.

—Não queria que se sentisse preocupado, desculpa.

   Ele cerra o meu punho. Se fosse igual ao desenho ele estaria com literalmente fogo nos olhos, o cara é um explosivo humano.

—Angelina, não precisa pedir desculpas. — fala de uma forma doce.

   Quem vê jura que a alguns minutos atrás estava saindo na mão com meu ex, chega a ser cômico. Esses momentos em que o Kai é legal comigo me confunde demais e me sinto péssima.

   Além de gastar o dinheiro do Kai com o hospital. Não tem necessidade de me bancar, eu sei muito bem pagar as minhas despesas nem que eu trabalhe um ano inteiro.

—Eu vou acabar com aquele cara. — diz furioso.

   O Kai está realmente irritado, tipo pra caralho. Esse é o mesmo cara que disse palavras gentis pra mim?. Enfim, ninguém nunca se ofereceu para me ajudar. Então é normal ficar um pouco emotiva, né?.

   Meus olhos se enchem de lágrimas com essas palavras saindo da boca do Kai, eu queria poder ser útil para ele de alguma maneira. Entetanto, parece que só dou prejuízo. Sou um peso morto.

[Angelina Stolen com 10 anos de idade]

—Você é um peso morto! — meu pai agarra meu cabelo. —Só me dá prejuízo!

   O papai está alterado de novo, mas ele vai se acalmar. Eu sei que vai. No entanto, não paro de chorar e isso o irrita mais ainda.

—Angelina, se você não lembrasse tanto a sua mãe eu já teria te matado — ele me joga no meu quarto e me prende.

   Me levanto e bato na porta pedindo ajuda. Não quero ficar sozinha novamente!.

—Papai! Por favor! Papai — grito mas ele não me escuta.

   Me agacho no canto do quarto e coloco minha cabeça entre as minhas pernas, mal vejo quando volto a chorar. Estou com medo do papai me abandonar, não quero ficar sozinha. Eu não quero ficar sozinha, não...

[Angelina Stolen: atualmente]

—Angel? —toca meu rosto e seca minhas lágrimas.

   Essa maldita memória invadiu meus pensamentos, que trágico derramar essas lágrimas na frente do Kai. Ele deve me achar uma fraca. Um inseto. Mas para a minha surpresa, Kai me abraça como uma forma de consolo. Internamente agradeço por ele não perguntar o motivo do choro.

—Sinto muito por ser um peso para você. — falo extremamente baixo.

—Angelina — passa a mão em meus cabelos. —Por favor, não fale mais isso.

   Meus pensamentos são todos tristes, infelizmente não existe nada que me deixe feliz por agora.

   Afasto-me do Kai e deito na cama para descansar. Eu sei que quando eu dormir ele vai ir embora, mas por algum motivo não quero que ele vá. Sinto-me diferente, minha barriga dói não sei porque já que prometi esquecer o Kai.

   Com os remédios redigidos à mim, acabo dormindo sem perceber. Desculpe-me Kai, não sou uma boa pessoa.

Angelina Stolen

   Hoje é o dia que voltarei para minha casa, de Kai na verdade, finalmente. Estou com saudades do Dean, da Tiana e do Clovis. Nesses dias em que passei no hospital percebi que me apeguei bastante à eles.

   A primeira coisa que faço quando acordo e é ir ao banheiro, sozinha, para me arrumar. Sério, se alguém olha para mim nesse estado jurarão que moro em uma caverna e faço grunhidos.

   Escovo meus dentes, tomo um banho relaxante e passo alguns produtos hidratantes, não entendo muito bem esse nicho de maquiagem e cuidados. Após isso, olho-me no espelho e finalmente me reconheço.

   Visto uma roupa confortável que foi trazida pela Tiana, um conjunto moletom branco uma gracinha para os dias frios, mas não me lembro de ter comprado essas peças. Depois a pago, detesto dever os outros.

—Ei — uma voz grave me chama. —Vamos logo, o Dean está te esperando no carro.

   Meu sorriso surge quando escuto a voz do Kai, não consigo me conter. Ele foi tão legal comigo esses dias, que o medo de ser algo momentâneo passou. Quero viver nesse conto de fadas por mais algum tempo.

   Kai pega minhas coisas e vai na frente. Eu olho mais uma vez pro quarto antes de sair e sorrio, saí dessa merda. Sigo o Kai pelo enorme corredor do hospital e depois de uma eternidade chegamos ao estacionamento subsolo. A porta do carro abre sozinha e vejo uma criança sair de lá, é o Dean.

—Angeeelll!!! — Dean grita bem feliz. Pego ele no colo.

   Enquanto Kai coloca a minhas coisas no porta-malas, sua cópia cuspida me abraça como se eu fosse sumir depois disso. Ele é tão pequenininho, nem parece aquela criança atentada que eu conheci no hall do prédio no dia da minha entrevista de emprego. O Dean é um menino doce, quando quer, mas continua sendo um doce-diabinho.

—Dean, a Angelina acabou de sair do hospital. Tome cuidado — alerta o pai.

—Nem tô abraçando forte — faz beiço.

—Eu tô bem. Também estava com muita saudade, Dean — coloco o garoto na cadeirinha e entro no carro sentando ao lado do motorista.

   Kai entra no carro e o liga, caraca o veículo nem precisa de chave é só um botão e TADÃ!. Que chique.

//Espero que gostem, se tiver erros por favor ignorem estou lotada de estudos💖 Boa leitura meus amores! Bom vestibular para quem for fazer 💌💗Até mês que vem//

Virei babá do filho do CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora