capítulo 14

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Angelina Stolen

Acordo. Sinto meu corpo pesado...aonde caralhos eu estou?. Minha cabeça está doendo pra caralho.

- Você está no hospital, Angelina- a voz grossa do Kai chega em meus ouvidos.

- Babá!. - diz Dean. Ele está segurando a mão do tio, Michael.

Ele solta a mão do garoto. Dean vem até a beira da minha cama e não deixei de esboçar um sorriso. Ele quer me abraçar mas estou com muitos fios conectados em mim, então faz um bico. Tão fofo.

Viro a cabeça para olhar se existe mais alguém no local, e tinha. A July estava com o rosto vermelho, com certeza havia parado de chorar tem pouco tempo.

Além da July, o cansaço no rosto do Kai era impossível não notar. Meu coração dói, porque sinto uma parcela de culpa pela sua péssima noite de sono, se é que teve uma.

- Docinho!. Eu fiquei tão preocupada com você!. - segura minha mão com o maior cuidado. - Quando o Kai me ligou e disse que estava aqui com você quase infartei, juro.

Viro a cabeça para o Kai quando escuto seu nome saindo da boca da July, meu coraçãozinho está batendo forte. Quer dizer que o Kai ficou comigo o tempo todo?. Me sinto extremamente culpada.

- Eu tô bem, melhor agora que vocês dois estão aqui. - mostro um sorriso fingido.

- Ei docinho - July chama minha atenção. - não me assuste mais. - diz com a mão no peito.

- Tá bom - ri. - Obrigada por virem.

July pega na mão do Dean e me dão "tchau" e vão para fora do quarto. Eu noto a presença de Michael no ambiente assim que ele entra, nem reparei quando saiu por isso o susto.

- Hey querida - Michael apareceu com um buquê enorme de rosas vermelhas. - Para você.

Coloco a mão na boca para disfarçar o susto que eu levei. Aparentemente não foi só eu que fiquei em choque, o Kai também ficou. Seu rosto ao invés de cansaço, transmite raiva e culpa mas não sei o porquê desse sentimento.

- Vou deixar vocês dois a sós - Kai diz secamente. - Quando terminarem, quero conversar com você -aponta pra mim.

Kai sai do quarto, agora restam apenas nós dois aqui. Michael deixa o buquê de rosas vermelhas no suporte ao lado da minha cama. E se senta na cadeira que tem do lado da cama.

- Como você está? - pergunta.

-Bom...eu estou cheia de fios no corpo, mas fora isso tá tranquilo - ri para quebrar o clima fúnebre.

- Boba - bagunça meu cabelo e sorrimos.

Conversamos por um bom tempo, uns 45 minutos, e ele precisou ir embora do hospital.

Não sei bem o porquê, mas quando ele saiu do meu quarto o meu corpo todo começou a ficar inquieto. Meu coração ansioso. Não pensei que ainda sentia algo assim, desde...sei lá.

A única pessoa capaz de fazer meu coração bater de um jeito maluco é o Kai, e ele acaba de passar pela porta do meu quarto. Sinto meus pelos do braço se arrepiarem com a presença do meu chefe, que bom que estou no hospital. Caso ele me infarte.

Ele se aproxima de mim e meu coração parece que vai sair pela boca. Nesse momentoagradeço ao destino por me colocar em uma cama de hospital, não no sentido ruim.

- Como se sente? - pergunta. Logo percebe que foi idiota. - Desculpa. Claramente não está bem.

Sua postura é rígida e parece tentar ao máximo não se aproximar tanto de mim, sinceramente, isso me deixou um pouco xoxa. Gostaria de um toque, apenas um toque, dele. Mas a única coisa que saiu da minha boca foi um agradecimento.

Virei babá do filho do CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora