Contrato de paciência - Sariette

20. Sobre dormir brigadas

Eai, pessoas!
Tudo bom?!

Comemore aq por eu tá atualizado rápido kkkkk

Espero q gostem e boa leitura 💕💕🌙

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Pov Juliette

Não lembro quando tive um dia tão tranquilo no trabalho, consegui até sair mais cedo e não tinha mais nada pendente, mas também não vou mentir que senti falta das mensagens de Sarah ao longo do dia e de conversar com ela no almoço. Era em momentos como esses que eu via o porquê de nunca me importar muito com coisas pequenas e nunca ficar brigada por muito tempo, eu morria de saudades dela. Mainha costuma dizer que a morte é a única certeza da vida, eu tenho outra certeza, sei que vou morrer, mas vou morrer do lado de Sarah.

— Eu não queria ir pra casa agora, mas quero ir pra casa agora. — me joguei dramaticamente na bancada da recepção — O que eu faço, Thata? — perguntei à morena que só fazia rir de mim.

— Fale com a Sarah.

— Não. — levantei do nada, ficando o mais seria possível, mesmo que estivesse brincando, fazendo ela rir ainda mais — Eu ainda não quero falar com ela, mas tô com saudade daquela coisa linda e ela tá lá em casa com dona Abadia.

— Quer ir lá pra casa um pouquinho e fingir que tinha muito trabalho?

— Tu sabe que eu não gosto de mentir e também disse pra elas que podíamos sair hoje de noite pra compensar o jantar de ontem.

— Então você vai jantar com sua namorada, que você tá ignorando, e com a mãe dela?

— É. — quis chorar quando ela expôs o roteiro da minha noite daquele jeito. Teria que ignorar Sarah e ao mesmo tempo deixar dona Abadia confortável.

— Boa sorte, você vai precisar. — levantou e pego sua bolsa.

— Obrigada. — suspirei alto e fomos saindo do escritório, ela estava de carro naquele dia e não ia precisar de carona — Boa noite e até amanhã.

— Boa noite e até amanhã. Ah, fofoca pode me contar de madrugada, viu? — assenti e sai rindo.

Fui o caminho todo torcendo para que dona Abadia não quisesse sair, não estava com ânimo para aquilo, mas infelizmente minhas preces não foram atendidas e quando cheguei no apartamento encontrei as duas prontas para sair. Quis apostar que elas iriam sair sem mim, mas não tive essa sorte. Dei a ideia do restaurante e fui me arrumar xingando baixinho.

— Tô pronta. — cheguei na sala depois dos 20 minutos que pedi para me arrumar e ganhei um sorriso largo da minha sogra e um olhar de Sarah.

Apesar de reclamar, nesse dia eu realmente tava' me comportando como uma adolescente, com direito até a roupinha provocante pra' ela. Era um vestido branco com estampa de cerejas e uma jaqueta jeans que eu havia roubado de Sarah a alguém meses.

Não era nada que mostrasse muito, afinal de contas nós íamos pra' um restaurante bem família e com minha sogra! Mas era um vestido que eu tinha comprado numa data especial nossa, que eu sabia que ela lembrava bem. Em outras palavras, não era a roupa em si, era mais a história que ela carregava.

Senti que Sarah me analisava dos pés a cabeça enquanto eu conversava com dona Abadia e discutiamos em que carro iríamos, já que o de Sarah estava na minha garagem. A loira acabou nem participando da conversa e eu fingi nem notar aquilo, enquanto sua mãe apenas ria da própria filha.