Bruised | WinRina

Chapter one

8 de Dezembro, 2017

Acordei às 06h00 da manhã com minha mãe entrando bruscamente no meu quarto, ela gritava coisas que eu não compreendia por conta do sono, mas voltei à realidade rapidamente com minha mãe me segurando fortemente pelo cabelo e me jogando no chão. Meus olhos rapidamente se encheram de lágrimas pela dor. Eu não entendia a razão dela estar agindo assim comigo, mas compreendi rapidamente após um objeto pequeno ser jogado contra o meu rosto, me fazendo gemer de dor; o teste de gravidez.

Eu segurei o teste trêmula, como ela havia o achado?!

Eu fiquei pálida, meu choro foi finalmente libertado, eu tremia de medo e soluçava baixinho.

— Quando fez sexo com um qualquer não chorou assim, não foi?! — Mamãe gritou, exaltada. — Me responde, sua puta! — Ela deu um tapa no meu rosto.

— Mamãe...

— Eu não quero ouvir mais nada vindo de você, Kim Minjeong! Espere seu pai chegar e conversaremos. — Ela segurou novamente no meu cabelo, inclinando minha cabeça para olhá-la. Seu olhar era frio, apenas desprezo era visto ali. — Você é minha maior decepção, Minjeong. Desde que você nasceu, minha vida se tornou terrível. Se eu soubesse que você seria assim, eu teria te abortado sem pensar duas vezes!

Eu chorava com as palavras dela, o aperto no meu cabelo sequer doía mais. Minha mãe me odiava, o que poderia doer mais?

— Eu odeio você! Desde que você nasceu, eu te odeio! Você estragou a minha vida, não te considero mais como minha filha, eu te preferia morta, morta! Merda, você é horrível, veio para destruir minha vida!

— O que é essa barulheira aqui? — Uma terceira voz se tornou presente, chamando a atenção das mulheres.

— P-papai...

Taeyeon tomou o teste das minhas mãos e colocou contra o rosto do meu pai, que me olhou decepcionado.

— Sua filha é uma vagabunda e está grávida!

— Isso é verdade, filha? — Seu olhar estava magoado e decepcionado.

— Eu preciso falar com você, papai! Por favor me escute! — Eu me aproximei dele engatilhado e me ajoelhei implorando para que ele me ouvisse.

— Diga-me como isso aconteceu, Minjeong.

— Foi o tio Hyunk, por favor acredite em mim! Ele me força a fazer sexo com ele há mais de cinco anos! — Eu abaixei a cabeça com medo da reação dele. Eu estava desesperada para que ele acreditasse em mim.

— Que vagabunda mentirosa! — Minha mãe exclamou.

— Cale a boca, Taeyeon! — Ele mandou e assim ela o fez.

— Podemos fazer exame para confirmar tudo o que eu disse, papai, só por favor, acredite em mim! — Eu implorava.

— Cale a boca, criança maldita! Arrume todas suas coisas em quinze minutos e suma da minha casa! — Eu arregalei os olhos em choque e mamãe sorriu satisfeita.

— O que?! Não, papai, acredite em mim!

— Suma da minha casa! Você é uma vadia que transa com qualquer um e ainda quer acusar meu próprio irmão, o seu tio de uma coisa dessas?! — Ele gritou.

— Por que eu mentiria sobre isso?! — Ele me deu um tapa no rosto.

— Você tem cinco minutos! — Ele disse e saiu.

— Você é mesmo um ser humano horrível, acusar o seu tio de uma coisa dessas? Cada dia me surpreendo mais com você! — Taeyeon disse e saiu.

Eu me levantei, minha cabeça estava dolorida, mas meu emocional conseguia estar pior.

Coloquei meus documentos, roupas, casacos, comida e um dinheiro que eu tinha guardado dentro de uma mochila e saí da casa pelas portas do fundo, deixando apenas um bilhete na mesa da sala de jantar.

Eu estava desorientada sobre para aonde ir, eu apenas chorava e caminhava sem um destino qualquer. Nunca imaginei que isso fosse acontecer.

Ao menos estaria longe de pessoas que me fizeram tão mal, como o meu tio e a minha mãe, apenas não consigo acreditar que o meu pai não acreditou em mim.

Coloquei a mão sobre minha barriga ainda sem qualquer volume e senti meu choro se intensificar. Por que logo comigo?