_06. Cachimbo da Paz...

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...Apaga a fumaça do revólver, da pistola

Manda a fumaça do cachimbo pra cachola

Acende, puxa, prende, passa
Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça

Todo mundo experimenta o cachimbo da floresta

Dizem que é do bom
Dizem que não presta

Querem proibir, querem liberar

E a polêmica chegou até o congresso

Tudo isso deve ser pra evitar a concorrência

Porque não é Hollywood mas é o sucesso

O cachimbo da paz deixou o povo mais tranquilo

Mas o fumo acabou porque só tinha oitenta quilos

E o povo aplaudiu quando o índio partiu pra selva

E prometeu voltar com uma tonelada...

Capítulo 06- As drogas são caras e proibidas, melhor aproveitar.

-Babaca, você pode me levar em casa pra buscar minhas roupas? Eu tive que vir sem elas, e não tenho oque usar

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-Babaca, você pode me levar em casa pra buscar minhas roupas? Eu tive que vir sem elas, e não tenho oque usar.

-Mas aqui tem roupas, por que não usa elas?

-Não gosto delas.

-Certo. - é compreensivel - Não quer vir comigo? Eu não sei as roupas que você quer. - pergunto receoso.

-Não posso sair. - arqueio a sobrancelha.

-Por que?

-Seu pai não deixa, eu tenho que arrumar as coisas aqui, ajudar a fazer a comida, pôr a mesa, essas coisas. Vai sem mim, pega só os vestidos longos.

-E as suas coisas.. íntimas, não vai querer buscar? - pergunto me estranhando, nunca tive vergonha de pronunciar essas coisas com nenhuma mulher, nem com ninguém..

-Droga.. quero sim, mas você não toca nisso. Pede pra minha irmã pegar e colocar em uma mochila minha.

-Olha só, é melhor ir comigo. - digo me estressando.

-Não posso, tenho muita coisa pra fazer. - responde amarrando o cabelo.

-Você vai comigo sim, não me interessa. Se ajeita que estamos saindo em 10 minutos. E não fica arrumada demais, vai passar o dia comigo na rua.

Eu não vou deixar que meu pai explore ela só por ela morar aqui. Ela vai casar comigo, então quem manda nela sou eu.

-Eu não quero passar o dia na rua, muito menos ver minha mãe denovo. Se eu vê-la e ela me perguntar algo, sou capaz de virar aquela casa do avesso, porque quando eu queria contar as coisas pra ela, ela me deu às costas.

-É só ignora-la. E você não vai ficar o dia inteiro aqui enfiada nessa casa e fazendo o trabalho das empregadas.

-Mas..

-Sem mais, se ajeita logo. Te espero lá na sala.

Saio do quarto e bato a mão no bolso procurando meu celular enquanto ando, devo ter esquecido no quarto. Vou buscar.

Ao tentar abrir a porta, Clara segura ela do outro lado. Se ela estiver tentando ligar pra alguém daqui, ela tá ferrada na minha mão.

-Clara abre essa porta, me deixa passar. - mando preocupado, não sentindo ela ceder a força do outro lado da porta.

Continuo irritado, mas me tranquilizo ao ver o meu celular encima da cama carregando. Me desencosto da porta e avanço de vez. Não tem doque ela ter vergonha de mim se vamos nos casar.

Ela não seria a primeira mulher que vejo sem roupa, e se ela prefere que eu não veja, eu não vou olhar.

Droga, quando foi que fiquei fraco assim?

-Babaca. - Exclama ao me ver entrar no quarto, encaro seu rosto tentando não desviar o olhar pro seu corpo seminú.

-Só vim buscar meu celular, mulher. - cedo apenas um olhar de cima à baixo nela ao perceber algumas marcas escuras e trinco o maxilar vendo oque havia em torno de seu busto e colo.

-Quem fez isso com você? - pergunto, irritado.

-Sai daqui.

-Quem fez isso com você, Clara? - pergunto mais alto, me aproximando devagar. Sem vontade de afastar meu olhar do seu corpo machucado.

-Para de olhar... Por favor. - pede baixinho, fecho os olhos apertando-os.

-Quem fez isso? - engulo em seco.

-Babaca...

-Me fala.

-Meu padrasto... - diz quase inaudível.

Saio de lá rapidamente, largo ela e o celular carregando no quarto e bato a porta da frente tremendo de ódio, enquanto ando em direção à casa de Luccas.

-Ei, ei, ei cara. - Luccas aparece de repente; ou antes que eu o perceba, batendo meu peito e me fazendo parar pra encara-lo - Tá puto assim porque?

-Quero que ache um cara pra mim.

-Quem?

-O padrasto da minha garota. - digo firme e ele gargalha.

-Sua garota? Cara tu tá muito envolvido nesse rolo né não?

-Vai achar ele ou não? - questiono sem rodeios.

-Preciso achar ela primeiro. Me diz o nome dela.

-Ana Clara Vieira. Quanto tempo vai levar?

-Umas duas horas, no mínimo.

-Tudo isso?

-Babaca. - ouço a voz de Clara saindo de casa e vindo até mim. - Você não devia ter feito aquilo, não respeita minha privacidade?

-Isso não é um assunto pra agora. - digo pondo um ponto final nesse assunto, por enquanto.

Percebo que Luccas já tinha saído de nossa frente e ido procurar o filho da puta que ousou tocar na Clara.

-Aproveitando que você já se arrumou, vamos. - seguro sua mão a levando pro meu carro.

-Onde vai me levar?

-Pra favela.

-Eu não vou pra lá não. - Se recusa parando de andar.

-Vai sim, ou prefere ficar aqui limpando e recebendo ordens?

-Eu não vou ficar... - a interrompo sabendo sua resposta, mas fingindo que não.

-Ótimo, então vamos. - abro a porta do passageiro a fazendo entrar à força.

(...)

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Tô montando um grupo pra pegar o padrasto dela de porrada, quem vem?

Até o próximo, benzinhos ✨♥️

(Que aliás, vai sair como bônus amanhã de tarde (por eu já ter escrito vários outros)!!)

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