Uma troca de favores.
Um sequestro indireto.
Um velho trauma desbloqueado.
Várias vendas ilegais.
Eventualmente,
resultaram em
Sua venda.
Ana Clara, menina bonita,
além de dívida esquecida
em um trato de anos..
[...]
-Porque você se tornou minha pa...
...I also want to dance Hype Boy But on the screen, I look like a TOMBOY
Yeah, I'm sure that boy would laugh at me, ah-ah
Oh God, it's so funny
Why is my way of speaking so exaggerated?
What I am? Even my personality isn't that good
Yes, that's right, maybe I'll be alone for the rest of my life...
Capítulo 16 - Será que eu realmente fiz a escolha certa?...
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Sandiego, como você tá?
-Clara. - Denise, minha amiga me chama. - Eaí, como foi sua noite? Espero que tenha sido melhor que lá com aquele monstro.
Denise é uma amiga de infância, quando ela soube que eu fui "embora" ficou maluca tentando me achar. Quando ela viu o acidente ontem, pôs na cabeça que o Diego não prestava e que havia feito aquilo de propósito.
-Pior que não, Denise... Fiquei preocupada com o Diego e nem consegui dormir direito.
-Você tá preocupada com um assassino?
Ele não é um assassino, Denise....
-Foi um acidente, Denise! - Exclamo irritada com ela.
-Mas ele morreu, não morreu? - Se exalta - Não importa se foi um acidente, ele morreu, oque faz o seu Dieguinho ser um assassino.
-Para com isso, ou eu volto pra lá! - digo me levantando.
-Nem pensa nisso, voltar pra aquele maluco você não vai.
-Vou tomar banho. - ando até o banheiro levando minha toalha comigo.
Fecho a porta atrás de mim, e me sento no chão pra pensar.
Será que ele tá bem?..
Se não fosse a Denise pra me buscar, eu teria ido com ele. Eu poderia estar com ele agora, onde quer que ele esteja....
Oque eu faço agora...
Ele deve ter ficado furioso, não posso tentar ir ver ele.
Você não vai sentir minha falta, vai?..
Bom, agora não tem mais nada que eu fazer. Eu fugi, mas ainda sinto falta dele...
Mas isso vai mudar, eu vou esquecer ele e vou casar com alguém que eu ame.
(...)
-Denise, porque você mora sozinha? - pergunto penteando o cabelo - Você e o Lucas terminaram?
-Não, ele teve que se mudar por emprego e eu não quis ir morar com ele lá. - Ela diz se sentando na mesa pra almoçar - Aos fins de semana revezamos as viagens pra não pesar pra um só.
-Então como que vai ser nesse fim de semana?
-Eu vou pedir pra ele vir, e nos próximos dois fins de semana eu vou pra lá. - Conta servindo o suco - Enquanto você não se acostuma com a vizinhança eu vou ficar aqui contigo.
-Certo, tudo bem... Semana que vem você pode ir no centro comigo procurar um apartamento?
-Pera, que? Você acha que tendo quartos livres aqui eu vou te deixar ir pagar aluguel em outro? Endoidou né.
-Não, Denise. Eu vou te incomodar, pode estar sendo bom agora não morar sozinha mas daqui a um tempo você vai perceber como é chato. - digo me sentando também e começando a comer. - Eu vou procurar um lugar baratinho só pra passar a noite, vou trabalhar de manhã e ir pro colégio de tarde, então só vou passa rápido noite.
-Ah não, amiga. Pode ficar aqui! Aliás, já que você falou em escola. - ela relembra. - Tem muita matéria acumulada do terceiro semestre, você precisa se adiantar em muita coisa antes das provas, que já são semana que vem!
-Meu Deus, Denise! - Fico em choque, percebendo que perdi muita coisa mesmo - Me passa tudo hoje, vou me enfiar no quarto e só saio depois que copiar a matéria toda.
-E eu vou aproveitar pra comprar os ingredientes pra fazer aquele escondidinho de frango que você gosta, já que você finalmente se livrou da chata da sua mãe, e de quebra, daquele assassino.
Para com isso, Denise...
-Tá, Denise... Eu já vou pro quarto.
-Mas já? Fica aqui um pouco comigo..
-Eu tô meio cansada de tudo oque aconteceu, preciso por a cabeça no lugar.
Saio sem mais nem menos e tranco a porta do quarto. Denise não consegue entender que Sandiego não teve culpa do acidente, eu tava no carro com ele e vi oque aconteceu. Ela tava passando por alí e quando viu o acidente veio tirar satisfação comigo, até perceber que era eu.
Ela me perguntou se era eu mesma e oque havia acontecido comigo nas últimas semanas, eu respondi e ela endoidou que o Sandiego não presta e que me sequestrou. Mas ela só me puxou pra correr dali quando eu fui ver se ela estava bem, já que parecia meio pálida.
Ela me arrastou até aqui e fez a minha cabeça pra ficar, eu entendo ela, mas não precisava ter sido tão rápido. Eu iria dar um jeito de sair da casa de Sandiego sem deixa-lo atormentado. Mas agora, claramente ele pensa que eu sou uma desgraçada como a mãe dele... E o pior, é que eu tava simpatizando com aquele lugar...
Não tenho dúvidas que agora ele tá com muita raiva de mim, e até magoado, mas eu não tive total culpa disso. Fiquei com medo e não voltei, inclusive ainda estou. Se eu voltar agora, ele provavelmente vai enlouquecer contra mim...
Me perdoa, Sandiego...
(...)
Depois de quase apagar encima dos livros e do meu caderno, consigo copiar tudo e finalmente me permito cochilar um pouco.
Até me arrepiar com um toque nas minhas costas, que afunda o lado do colchão e que toca meu rosto de leve.
Abro os olhos devagar, percebendo Sandiego alí do meu lado. Furioso, mal-cuidado e todo sujo.
-Sandiego, como me achou? - pergunto me levantando devagar, até ele apertar meu braço.
-Achou que eu não ia te encontrar, sua vadia? - Ele se levanta e vem pra cima de mim, fico estática com seu tom de voz baixo e rouco mais do que nunca - Achou mesmo que ia se livrar de mim?
-Me perdoa, Diego... - Peço tentando soltar o aperto do meu braço esquerdo. - Eu não queria...
-Você não queria fugir de mim, sua puta?! E porque fugiu? - Ele grita apertando meus dois pulsos agora presos.
-Não, de verdade... - falo baixo tentando me soltar, tá doendo demais - Eu não ia fugir, eu fui levada....
-Eu vou pegar quem te trouxe, sei que é conhecido seu, então vou esmagar as mãos dela, na sua frente. - Diz pausadamente, cuspindo na minha cara com seu tom de voz grosso. - E vou esmagar pedacinho por pedacinho, de quem tentar te ajudar de novo.
-Não... Ela não tem culpa! - choro soluçando.
-Mas ela vai pagar...
-Não! - Me levanto de vez.
-Clara, oque aconteceu? Por que está gritando? - Denise entra de vez no quarto, e eu percebo que estava sonhando.
