_24. O Tempo Não Apaga...

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...Olhando o céu, lembrei
Que tudo que vivemos não passou

E pra dizer mais, pensei
Que temos outra chance de fazer
Nosso Sol brilhar em mim, em você

O tempo não apaga, não desfaz
O beijo que eu desejo sempre mais

Não posso esquecer o seu olhar no meu

Eu sei que o nosso amor ainda não morreu...

Capítulo 24 - E só pra quebrar esse silêncio, o nosso amor está em jogo.

—Caralho, larga isso! — Tatiana esbraveja irritada, batendo no copo de whisky e deixando ele se espatifar no chão

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—Caralho, larga isso! — Tatiana esbraveja irritada, batendo no copo de whisky e deixando ele se espatifar no chão. - Já faz mais de um dia que você tá aqui, se entupindo de bebida!

-Vai se ferrar, Tatiana. - respondo frio, me levantando só pra pegar outro copo no armário, mas Tatiana passa na minha frente me encarando irritada.

-Nem pensa nisso. - Ela tenta me parar, faço careta de deboche e pego mais um copo mesmo assim. - Sandiego, é sério! - Tatiana segura o copo em minha mão, me encarando sériona. - Fazem horas que você tá aqui enchendo a cara, você não cansa não?

-Tatiana, não enche. Você mesma que mandou eu ir falar com ela, e agora quer que eu fique bem?

-Diego, eu tava tentando ajudar vocês a... - Interrompi.

-Mas não ajudou. - Esbravejo, magoado.

-Mas oque foi que ela disse pra você ficar tão mal assim? Nem desabafar você quer, seu estúpido! - Tatiana briga comigo mais uma vez hoje, parece até minha mãe. Só me dá bronca.

Seguro seus ombros com raiva, me segurando pra não bater nela. Penso em contar oque ela disse, mas não consigo.

Largo ela e saio da casa em busca de algo que eu possa descontar minha raiva (algo que não seja a cabeça dela), andando até uma área mais afastada do bairro.

Ela disse que gosta dele.

Dele.

Daquele filho da puta.

-Ei, eu Diego - Luccas aparece atrás de mim, me segurando. - Calma, cara! Oque foi que aconteceu, afinal?

-Ela gosta dele, Luccas. - murmuro, atordoado.

-Que? - Ele pergunta confuso.

-Ela gosta dele, Luccas. - rosno furioso, ficando vermelho.

-Isso eu entendi, mas...? - Olhar pra Luccas parece olhar no espelho, já que nenhum de nós sabemos como ou porque isso.

-Eu não sei, cara. - respondo voltando a andar cabisbaixo. - Eu não faço ideia.

-Caralho. - Luccas parece chocado, coçando a cabeça.

Me sento no chão, acabado. Bebi a noite inteira, tô pensando nisso desde ontem.

Antes de Clara ir embora, fiquei observando se ela estava realmente sendo verdadeira ao "gostar" daquele cara. E quando ela saiu, eu fui atrás, pra ver onde ela está morando.

Algo me diz (ou é oque quero acreditar) que ela estava mentindo. Mas ela não mentiria, nem tem o porque mentir. A não ser que ele esteja forçando ela. Filho da puta.

Eu vou matar ele. Ôh se vou...

Uma hora dessas ela deve estar deitada na cama, mandando e respondendo mensagens dele. Ou ele pode até estar lá, sentado com ela e...

—Anda, para de pensar nisso. Agora que você teve a sua resposta, é hora de focar no casamento com a Tatiana... — Tom (que apareceu do beco todo amarrotado e desnorteado) diz, se sentando do meu lado e me estendendo um baseado que logo aceitei.

—Verdade, quem sabe isso até faça você esquecer aquela garota.

Esquecer.

Ela vai entrar na porra do esquecimento, igual a minha mãe.

—Quem sabe... — murmuro, de cabeça baixa enquanto fumo.

Talvez seja mesmo melhor esquece-la.

Já está anoitecendo, e mesmo que eu não queira admitir, tô muito mal. Eu tô realmente fodido da cabeça.

Tatiana aparece e os meninos se afastam pra falar com ela, não me interesso em ouvir a conversa, então me concentro no baseado e em oque fazer...

—Vem, vamos entrar. Tá frio aqui fora e você precisa tomar banho. — ela se aproxima, se agachando apoiada no meu ombro.

Me levanto devagar e entro em casa com ela, indo tomar banho angustiado.

É melhor mesmo que eu me case com Tatiana, e tenha um casamento arranjado "feliz". Pelomenos ela não se sente obrigada a se casar comigo, como Clara se sentiu.

É o melhor, pra mim, pra Clara, e pra todos.

Entro no quarto, cansado disso tudo. Preciso descontar minha raiva em algo... Tatiana me seguiu até aqui, acho melhor tentar esquecer a Clara o quanto antes.

—Tatiana. — chamo, tirando a camisa, ela olha pra mim de cima a baixo. — Você é virgem?

—Não, porque? — ela pergunta, voltando toda sua atenção pra mim.

Me aproximo dela lentamente, e a puxo pra um beijo, apertando sua cintura.

—Então não se importaria em me dar uma prévia da lua de mel, hum? — pergunto baixo, tocando seu pescoço e a pressionando contra mim.

—Aham...

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