_28. Este Corazon...

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...¿Cómo poder recuperar tu amor?

¿Cómo sacar la tristeza de mi corazón?
Mi mundo solo gira por ti

¿Cómo sanar este profundo dolor?
Siento correr por mis venas tu respiración

Estoy tan conectada a ti

Que hasta en mis sueños te veo
Sin ti, yo me muero...

Capítulo 28 - Me arrependi, quero tirar o curativo...

Capítulo 28 - Me arrependi, quero tirar o curativo

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Chorei.. E nem sei o porquê. Eu acho que foi por medo, e realmente espero que tenha sido.

Eu estava chorando alto, tendo certeza que estava sozinha no banheiro. Até que ouvi a porta abrir, e abafei meus soluços com uma mão, sentada no chão e tentando me recuperar.

Ele parece mal de espírito, mas quero acreditar que está bem.

Funguei algumas vezes, sentindo meu nariz entupido e peguei papel higiênico pra assoar.

Ouvi a porta de um dos banheiro se abrir novamente depois de alguns minutos fechada, e eu sabia que era Tatiana, e ela deve estar se vangloriando por estar com Sandiego. A torneira se abriu e eu tentei prever seus movimentos, usando disso pra me distrair e esquecer o choro. Ouvi o discar no celular e me atentei em ouvir pra quem Tatiana estava ligando.

Até que ela começou a falar.

—Oi amor, é que eu tô no cinema com o marido de conveniência. Não fui praí porque ele esteve mal esses dias, mas assim que ele puder ficar sozinho sem tomar aquelas porcarias, eu vou praí e vamos nos divertir muito. Eu até comprei algemas e aquela fantasia de onça que você me pediu... — ela parou, ouvindo a outra pessoa falar no outro lado da linha — fui com o Sandiego, acredita que ele me perguntou se eu iria usar com ele? — ela ria, e debochava de Sandiego pra outra pessoa que creio ser amante dela. — Juro! Eu larguei ele na sala do cinema dormindo, ele cochilou e eu aproveitei pra vir no banheiro te responder. — a outra pessoa briga — não baby, ele não sabe de você. Se soubesse, iria acabar o casamento, e eu preciso do dinheiro dele... — fiquei perplexa, e me levantei rapidamente.

Fiquei pasma com Tatiana, não acredito que fiz Sandiego ficar com ela pra acabar sendo traído.

Ajeitei minha roupa e suspirei, ouvi ela dizer uma última vez antes de sair do banheiro.

—Tô indo pra frente do Shopping, vem me encontrar.

Ela saiu do banheiro e eu abri a porta, indo pro balcão e lavando as mãos encarando meu rosto choroso e inchado. Quis chorar mais, mas preciso sair daqui.

Lavei o rosto e tentei fazê-lo ficar bonito novamente, sem os olhos vermelhos e inchados. Meu nariz não voltaria a sua cor natural tão cedo, vai ficar vermelho por um bom tempo.

Decidi sair do banheiro me escondendo de Nathaniel que uma hora dessas estaria me procurando. O filme já deve ter começado e ele deve estar com fome, esperando a pipoca.

Droga! Esqueci a pipoca no banheiro.

Fiz menção de voltar pro banheiro, mas avistei Sandiego sair da sala do cinema procurando algo — ou alguém —, deve ser Tatiana... Eu preciso falar com ele, preciso contar tudo oque ouvi.

Andei até ele decidida a falar a verdade, e o vi me olhar esperançoso.

—Precisamos conversar. — falamos num uníssono.

Olhei pro lado de relance, arregalando os olhos ao ver Nathaniel saindo da sala do cinema pra ir provavelmente me procurar. Puxei Sandiego pra uma pilastra, e fitei seus olhos vazios e melancólicos me encararem curioso.

—Estava chorando? — me questionou, confuso.

—Não, de jeito nenhum. Porque choraria? — neguei imediatamente, fugindo de seu olhar. Ele pôs as suas mãos no meu rosto, me obrigando a encara-lo.

—Você tava chorando.

—Não, não estava.

—Tva sim.

—Não tava, Diego. — digo por fim, irritada.

—tá tá bom, caiu uma caixa d'água nos seus olhos, entendi.

—Eu tô bem, Diego! — Exclamo irritada com sua teimosia.

—E porque veio conversa comigo depois de chorar? — perguntou arqueando a sobrancelha.

—Eu ouvi a Tatiana falar com alguém no celular, e eu acho que era o amante dela. 

—Amante? Tatiana não pegava gente nem quando tava solteira, porque pegaria agora que casou comigo?

—Ela..

—Para, perai... Cê tá com ciúme? — perguntou divertido, encarei ele desconcertada.

—Não! De jeito nenhum. — respondi tentando disfarçar. Sei mentir bem, isso ele não pode negar.

—E porque você se importa? — perguntou frio, cruzando os braços.

—Porque... — tento pensar numa desculpa. — Porque não gosto de compactuar com mentiras... Não queria que você se iludisse com esse casamento, já que ela não gosta de você... — parei de falar devagar, engolindo em seco aquele olhar gélido.

Ele parecia vazio. Seu olhar estava vazio. Ele estava visivelmente irritado comigo, e eu dou razão a ele.

—Me iludir? Hm. — resmungou baixinho, riu sarcástico e se afastou de mim pra se encostar na pilastra. — Eu não me iludo mais, não acredito no amor.

Aquilo me destruiu, saber que ele desacredita o amor me machucou fundo. Seria melhor se ele dissesse que ama Tatiana mesmo assim, que quer ficar com ela mesmo sendo traído. Doeria? Super, mas não tanto.

—Como? Jesus morreu por todos nós na cruz, ele sim nos amou de verdade! — rebati magoada.

—Mas quem eu queria que me amasse, não me ama. — resmungou amargo, sem olhar pra mim.

—A Tatiana não gosta de você, ela não te ama. É isso que você tem que entender. — digo me afastando devagar, eu já acabei de falar oque eu precisava.

—E aquele cara? Ele te ama? Ele gosta de você? Ou ele só te admira como um troféu que ele está louco pra conquistar? — rebate amargo, andando devagar até perto de mim. — Você ao menos procurou saber quem ele é? Seu passado, sua família?

Engoli em seco, eu não queria saber sobre a família de Nathaniel, eu não queria Nathaniel.

—Tem muita coisa que você não sabe sobre ele. — Sandiego contou, se aproximando devagar.

—Eu já falei tudo oque eu tinha pra falar. — afirmei, tentando me afastar dele e ir atrás de Nathaniel. Mesmo que eu não gostasse de Nathaniel, eu ainda queria esquecer Sandiego.

—Mas eu não. — ele me segurou, me prendendo contra outra pilastra atrás de mim. Ele me encarou de perto. — Você tá com medo da magia acabar, quando eu te contar quem é aquele cara, né?

—Eu não tenho medo de você, Diego. E eu conheço ele. — tentei soar calma e firme. Pareci um gato assustado. Seu olhar frio encima de mim, e sua respiração quente me fizeram arrepiar.

—Não, não é de mim que você tem medo. Você tem medo é de você.

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