_25. O Amor Está Em Jogo...

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...Eu sei não posso esconder
E pra quebrar esse silêncio
Vou dizer:
você não sai do meu pensamento

Hey, o amor está em jogo
Alguém tem que ceder antes que seja tarde

Hey, então pare
De brincar com o sentimento antes que ele machuque você

Então vem me dizer
o que é tão difícil

Vamos até o fim,
acabe logo com isso...

Capítulo 25 - Oque você quer de mim, também quero de você...

Cinco meses depois...

Chegou o dia de realizar o sonho do meu velho

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Chegou o dia de realizar o sonho do meu velho...

Finalmente, chegou o dia de expulsar aquela demonia das nossas vidas.

Me casei com Tatiana há três meses, e decidimos resolver coisas assim quando voltássemos da lua de mel e organizassemos tudo na nossa casa. Nós voltamos pra casa há 2 meses — e nesse tempo todo faltou coragem pra voltar pro escritório e pra toda a rotina idiota —, e hoje estamos indo pra empresa.

Eu pensei que me casar com Tatiana seria uma prévia do inferno, mas até que é de boa. Ela não me enche o saco enquanto estou trabalhando — mas vive me enchendo de perguntas, e eu odeio gente curiosa — e sabe cozinhar bem...

E a lua de mel foi boa, ela é gostosa, e sabe fazer bem. Apesar de que eu não aproveitei por estar ocupado demais pensando na Clara. Em se fosse ela, alí comigo. Poisé, nem na minha lua de mel aquela “santa” me deixa em paz.

—Diego.

E pensar que ela não tá nem aí pra mim mais, que só quer saber daquele filho da puta — aliás, seu novo namoradinho, com direito a fotos fofas e tudo. — e finge não nos conhecer, tanto a mim quanto a toda a família.

Sandiego.

É inacreditável, aquela santinha mal conhece aquele cara e já sai de namorinho com ele? Sério, ela pelomenos procurou saber se ele era um cara bom? Primeiro que ela foge de mim sem explicações, segundo que ela conheceu ele por influência de Denise — já procurei saber sobre todos que estão próximos de Clara —, e terceiro que eu sei (na verdade sinto, e espero) que ela mentiu, e não gosta dele. Tá com ele só pra me esquecer.

Fora que...

—Sandiego! — Tatiana esbraveja irritada, batendo no meu braço com força. Olho pra ela curioso. — Eu tô te chamando já faz mó tempão! Caralho!

—Oque foi?

—Você tá atrapalhando todo o trânsito. — Ela briga, e me lembro que estamos no meio da avenida, parados no sinal ( agora verde; aberto ) — Anda, acelera esse carro!

—Porra.

Suspiro estressado e começo a acelerar, revirando os olhos e tentando ignorar os xingamentos dos carros ao redor.

—Tá tão distraído assim por que? — Tatiana volta a me perturbar, ignoro e continuo a dirigir pro escritório.

—Nada. — resmungo, estacionando o carro.

—Fala logo, Diego.

Reviro os olhos, sabendo que uma série de perguntas ridículas e irritantes me espera, até que Tatiana tire suas conclusões sobre isso.

(...)

Puta merda, que mulher chata!

Ela já me perguntou pelomenos quinze vezes se isso tem algo aver com Clara.

Deixei ela falando sozinha na sala de reuniões depois de encerrar todos os laços financeiros com Giovana, oque só fez seu cérebro minúsculo fritar mais com tanta curiosidade ridícula. A verdade é que eu tô fugindo dela e da verdade, porque não suporto ter que agir como um casal com Tatiana — mesmo que todos aqui saibam que é um casamento por conveniência — por capricho dela, e que odeio pensar na santa com aquele cara — é só isso que passa pela minha cabeça, num disco arranhado.

Tudo bem, tudo bem que eu não me aquieto com esse assunto mesmo que já faça meses, mas eu não consigo mudar isso!

Quando tô acordado, penso nela.

Quando durmo, sonho com ela.

Será que ela também sonha comigo? Acho que não, aquele desgraçado deve estar atrapalhando o sono dela... Ou eles podem estar num encontro... No cinema... Os dois, de mãos dadas, assistindo a um filme romântico... Que horror.

Imaginar isso me faz ter arrepios e ânsia de vômito.

Mas é sério, não dá pra imaginar ela com aquele cabeça de cuia loira. Não dá, não combina!

—Pessima combinação.

—Poisé. — suspiro pesado, de cabeça baixa apoiada nos braços debruçados sobre a mesa.

—Te entendo cara, deve ter sido horrível ter que cortar os laços com a Giovana. — Tom diz, se sentando na cadeira do meu lado — Afinal, uma gostosa daquelas não é sempre que aparece. Sabe... — Interrompi Tom, revirando olhos.

—Cara, você só pensa no lado erotico das coisas? Fala sério, ela tem idade pra ser minha mãe. — respondi levantando o rosto com careta de nojo pra encara-lo.

—Pra ser sua mãe, mas tem idade pra ser minha mommy. Eu curto as mais velhas, sabe? — Responde sorrindo malicioso. — São mais experientes..

—Vai se foder cara. — reclamo enojado, rindo de vergonha.

—Qual é cara, tô tentando descontrair. — Tom dá um soco no meu ombro, atraindo minha atenção irritada — Desde que você casou fica com essa cara de cu pra cima e pra baixo.

—Talvez seja porque minha vida um cu. — reclamo, mal-humorado.

—Cara, para de pensar nela! Agora que voltou, põe toda sua atenção no trabalho, quem sabe assim você esquece ela — aconselha — pelomenos por um tempinho. — termina num tom baixo.

—Tem razão...

—Sandiego! Finalmente achei você, te procurei pelo escritório inteiro. — Luccas anuncia, se sentando numa outra cadeira ao meu lado com seu notebook aberto.

—Eai, Luccas. Encontrou oque te pedi?

—Com certeza, patrão. Um pedido seu é inegável! — zombou de mim.

Diferente de todas as outras vezes que eu só ordenei a Luccas que encontrasse algo ou alguém, dessa vez eu pedi com educação, com por favor e calma. Confesso que tenho medo de descobrir que esse cabeça de cuia loira realmente seja o melhor pra Clara.

—Tá tá, e oque descobriu? — perguntei nervoso, mordi os lábios com força ansioso.

—Eu bem que te disse que conhecia esse cara de algum lugar. — Tom relembra, se ajeitando na cadeira.

—Exato. Esse é Nathaniel Ferreira, ninguém menos que o filho daquele joalheiro, o filho da puta que nos enganou trocando as jóias de Eliza por bijuterias.

Puta merda.

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