cap 20

15.5K 1.2K 20
                                    

Estar perto dele era quase uma tortura, meu corpo respondia a presença dele,mesmo que eu não quisesse era impossível nega a atração que sentia por ele. Fiquei observando a paisagem, dia estava nublado mas não fazia frio. Esperava ter uma brecha no dia para caminhar pela rua, conhecer alguns lugares pelo menos.
-Você trouxe o gravador, não quero perder nada que for dito hoje.
-Sim esta comigo, o tradutor vai nos esperar la.
-Ótimo, quero fechar esse negócio, trará excelentes lucros a empresas.
-E não tem outra empresa na jogada?
-Não que seja do meu.conhecimento, até por que isto e sigiloso, se outra estiver sabendo e por que um traidor passou informações.
-Humm intendo.
Passaram-se cerca de cinco minutos até que o carro parou, estava pronta para descer quando Erick segura meu braço firme.
-Anna, acho que não lhe bom dia como deveria.
Antes que eu falasse alguma coisa ele me puxou para perto dele, com uma mão segurou minha cintura e com a outra segurou minha nuca, minha respiração acelerou, passei a língua para lubrificar os lábios, ele acompanhou o gesto e gemeu, encostou sua boca na minha, usou a língua para abrir passagem, seu gosto era delicioso, sua boca parecia comer a minha, o beijo ficou mais profudo, mais quente,senti sua ereção encostar na minha perna, gemi imaginando ele dentro de mim, tocando meu sexo e...
-Já chega,ou não vamos subir, vou sair até você se recompor.
Ele abriu a porta do carro e saiu, fiquei lá para repassar o batom, e fingindo que não tinha acontecido nada. E é assim que tem que ser, fingir que nada aconteceu, fingir que ele não me afeta.
Foco,foco,foco.... respirei e sai, olhei para ele que estava me esperando perto da porta de entrada.
-Vamos senhor Callegari, são quase nove horas.
-Por favor, você primeiro.
Fez gesto para que eu passasse primeiro pela porta.
Passei sem olha-lo, subimos as escadas, e fomos recebidos pelo tradutor que nos ajudaria. Entramos na sala e já estavam a nossa espera.
-Bom dia senhor Callegari.
Disse um senhor de idade, aparentava estar perto dos sessenta.
-Bom dia senhor Bocchy como vai?
-Estou bem obrigado por perguntar.
Olhou para mim e abriu um sorriso.
-E esta bela moça, quem é?
- Esta e minha secretaria senhorita Anna Freitas.
Ele ae aproximou e estendeu a mão para me cumprimentar.
-Muito prazer, sempre bom conhecer uma mulher tão bonita.
-O prazer é todo meu. E obrigada pelo elogio.
-Podemos começar senhor Bocchy.
-Ainda não, falta chegar outra pessoa. Vamos sentar e aguardar, logo, logo ele estará aqui.
-Mas quem é, eu conheço.
-Acredito que não,ele ....
Antes que ele falasse a porta se abriu, e um homem com cerca de 30 anos apareceu, moreno, olhos cor de mel, cabelos negros, parecia ter 1,80 ou 1,85 de altura, corpo bem definido, ele olhou para todos na sala, e sorriu.
-Desculpem o atraso senhores... senhorita.
-Ai esta quem estávamos esperando, este e Edward Bocchy meu filho, ele será meu sucessor e quero que esteja por dentro de tudo que vai acontecer nesta negociação com o senhor e os outros aliados nesta negociação.
-Muito prazer senhor Callegari, estava ansioso para conhece-lo.
-Prazer é meu. Esta é minha secretaria, Srta Anna Freitas.
Ele me olhou dos pés a cabeca, até fiquei sem graça, mas adorei.
-Que bela mulher, muito prazer em conhece-la srta Freitas.
Ele segurou minha mão e a beijou em um gesto simbólico de cavalheirismo.
-Prazer e meu senhor Bocchy. Ele não desviou os olhos dos meus, parecia querer me hipnotizar, e quase conseguiu.
-Vamos, temos negócios a tratar.
Disse Erick sério, Edward largou minha mão e se virou para Erick sustentando seu olhar ameaçador, pelo jeito não gostou de ver ele beijando minha mão, ponto pra mim.
-Claro, não vamos perder mais tempo.
Ele se virou e abriu a porta para sairmos.
-Primeiro as damas.
Sorriu gentil para mim, me dando pouco espaço para passar.
Caminhamos por um corredor até chegar em outra sala, tinha mais dois homens nos aguardando, todos se apresentaram e então a reunião começou, apenas observava em silêncio ouvindo a conversa, o tradutor trabalhou bastante, pois estavam falarando por umas três horas.
Nossa não sabia que era tão cansativo, sem contar que estava com fome, ja era meio dia, tomara que não demore tanto para terminar isso. Erick estava muito concentrado, falava, e ouvia com muita atenção, realmente ele queria fechar esse negócio, devia ser muito importante.
-Então senhores? Negócio fechado?
Perguntou Erick aos outros. Houve um momento de total silêncio na sala, por um momento pensei que eles diriam não. Os chineses falaram com o tradutor, e todos aguardaram pela resposta.
-Eles aceitam, mas pedem que todos os termos sejam respeitados, caso contrári procurará outra empresa para fazer a construção dos edifícios.
-Diga a eles que tudo será respeitado, nada vai prejudicar este projeto.
Disse o senhor Bocchy com firmeza na voz. Todos apertaram as mãos, para formalizar o negócio, coisas de homem. Depois que os chineses se retiraram, eles resolveram tomar uma dose de uísque.
-Aceita uma dose srta Freitas.
Perguntou Edward a mim, por várias vezes vi ele me olhando, mas me mantive concentrada na reunião.
-Não obrigada,não sou muito forte para bebidas alcoólicas, ainda mais durante o dia.
Ele abriu um lindo sorriso, nossa e que sorriso, poucas vezes vi um homem tão bonito quanto ele, mas Erick era mais.
-Me diga você vai fazer o que hoje à noite?
-Tem um jantar de negócios, vou precisar acompanhar o Erick... digo senhor Callegari, por que?
-Eu ia convida-la para jantar.
Olhei para o lado e vi que Erick estava prestando atenção na conversa, estava falando com o pai de Edward, mas vi quando nos olhou com olhos cheios de raiva pelo convite que eu acabará de receber. Então vi que essa era minha chance de faze-lo sentir ciúmes.
-É uma pena, mas para o almoço não tenho nada marcado.
Sorri mentalmente ao ver Erick me olhar, parecia que queria me engolir, um ponto pra mim.
-Isso é ótimo,por favor venha almoçar comigo, gosta de frutos do mar?
-Sim eu adoro,sempre que posso eu...
-Com licença, srta Freitas temos que ir.
Mas que homem abusado, acha que vai ficar mandando em mim assim.
-Pode ir senhor, vou almoçar com este cavalheiro.
-Mas que boa idéia, vamos os quatro, o que acha senhor Boccy?
O que?? Não acredito que ele ta fazendo isso, se convidou descaradamente, realmente ele não limites.
O pai de Edward se aproximou sorridente, pelo jeito gostou da idéia.
-Claro, será ótimo. Mas antes meu filho venha comigo até a outra sala, quero falar com você, vocês podem nos esperar aqui ou lá embaixo.
-Nos vamos ficar aqui mesmo. -Respondeu Erick.
Assim que os dois saíram ele já foi falando.
-O que pensa que esta fazendo?
-Não sei do que esta falando
Me fiz de desentendida, queria provoca-lo. Com dois passos ele parou na minha frente.
-Não me provoque garota, ou vai se arrepender.
Ele me olhava firme, ergui minha cabeça e sustentei seu olhar, não iria baixar minha cabeça.
-Eu não tenho medo de você Erick, o fato de termos ido para a cama nao significa que você e meu dono.
-Cuidado Anna, não me provoque. Depois não diga que não te avisei.
Ficamos nos olhando em silêncio, nem vimos quando os dois homens voltaram.
-Podemos ir agora? -perguntou Edward.
Concordamos e saimos. O restante ficava a apenas duas quadras da onde estávamos.
Consequimos uma mesa, Erick sentou ao meu lado, Edward a minha frente e seu pai ao seu lado.
Edward era muito simpático estava sempre sorrindo, praticamente so nos conversamos até a comida chegar.
Erick estava com raiva,isso era visível, mas não to nem ai, ele tem que aprender.
Depois que terminação nossa refeição, pedimos sobremessa, na verdade so eu e o senhor Boccy.
-Eu não resisto a um bom chocolate, desde menino eu adoro.
-Também aprecio muito, mas não como nada em exagero.
-Você deve ae cuidar muito. Para ter este corpo lindo.
Disse Edward baixinho, fiquei sem graça com sua pergunta, mas satisfeita receber mais um elogio.
-Sim, mas não sou neurótica, como tudo que tenho vontade.
Erick mal abriu a boca durante o almoço, mas eu sabia que quando tivéssemos a sos e que eu teria que saber agir com ele.
-Esta muito bom nossa conversa mas temos que ir agora.
Eu não estava querendo ir, mas achei melhor não provocar mais.
-Foi um grande prazer conhece-la srta Freitas, espero reve-la logo.
-O prazer foi meu, e também espero ve-lo em breve. Espero ve-lo em logo também senhor Boccy.
Ele apenas sorriu e acenou com a cabeça, eu e erick seguimos para a saída, o carro ja esperava por nos, assim que entramos Erick foi falando.
-Você gosta de provocar não é, pequena feiticeira, quando estivermos a sós lhe darei uma lição.
-Que lição?
Ele não me respondeu, permaneceu em silêncio. O que será que ele faria comigo?

Desejo á flor da pele!Onde histórias criam vida. Descubra agora