Capítulo 4: O Código 4123565 (Parte 1)

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Enfim tinha chegado à noite do festival na capital Arcádia. Uma carruagem elegante e pequena, puxada por um cavalo de pelagem clara, parou numa das ruas principais do mercado. Ela não poderia prosseguir, pois o caminho restante havia sido interditado por faixas.

O cocheiro — de idade e bigode branco — desceu do assento e abriu a porta da carruagem. Dali pulou um jovem de 16 anos, trajando uma roupa social azul com detalhes dourados. O cabelo cacheado era loiro, bem penteado, a pele corada e os olhos azuis. Antes de prosseguir, ele estendeu a mão para Sonabelia e a ajudou a descer. Por fim agradeceu o cocheiro, pedindo que os esperasse até decidirem ir embora.

Sonabelia estava extremamente ansiosa para assistir seu primeiro show presencial. Tinha pintado as unhas, feito cachos no cabelo liso e passado uma maquiagem leve. Vestia uma blusa vestido preta, com babados pequenos no final e botas de saltos baixos. Tinha se inspirado em algumas de suas revistas.

Sem pestanejar, ela atravessou as faixas que cruzavam a rua. O outro jovem a seguiu, olhando para os lados com uma cara contorcida.

— Ainda não acredito que conseguiu convencer-me a vir, cruzes que cheiro terrível!

— Falei que era no centro do mercado.

— Mas não me passou pela cabeça que aqui estivesse tão acabado. Santo Möbidin! Espero que nada nos aconteça. — Ele encarava alguns homens num beco, fumando. — Sonabelia, querida, não acha melhor voltarmos?

— De jeito nenhum! Não sei quando vou ter outra chance dessas.

— Sério? É apenas uma banda qualquer, se Lady Whitnery souber que você fugiu apenas para ouvir música de tão baixa qualidade...

— Não vai me entregar, vai? — Sonabelia cruzou os braços, parando para encará-lo nos olhos. — Vai Bene?

Ela ainda tinha um pequeno arranhão na mão ao ter fugido pelo pinheiro da janela de seu quarto e depois escalado a mangueira — que possuía galhos caindo do outro lado do muro do jardim — para encontrar com o jovem que convidara.

— De jeito nenhum minha querida. — E tomou uma mão dela para beijá-la. — Seus segredos estão guardados comigo.

— Valeu! — Sonabelia sorriu. — Agora para de reclamar! Vem! — Agarrando-o pela mesma mão, tratou de puxá-lo.

No final da rua, a alguns quarteirões, era possível ver luzes coloridas e ouvir vozes animadas; afinal, à medida que chegavam, não paravam de surgir pessoas — a maioria jovem. Sem perder tempo, Sonabelia entrou na multidão arrastando o rapaz consigo, queria ficar próxima ao palco, quem sabe a convidariam para subir?

 Sem perder tempo, Sonabelia entrou na multidão arrastando o rapaz consigo, queria ficar próxima ao palco, quem sabe a convidariam para subir?

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Peterson e Alerxios desceram da carroça junto a um grupo de 15 jovens mais ou menos da idade deles. Peterson arrumou o arco atrás das costas e seguiu o grupo pela rua fracamente iluminada. Para surpresa deles, um homem de capa e emblema da guarda, os parou na entrada e exigiu que deixasse a arma na mesa de uma cabana, o qual ele guardava junto de dois guardas-robôs.

O Anel de Möbius e as Estrelas da LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora