Capítulo 16: O Teste do Gladiomöbor (Parte 2)

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De volta ao bosque, o Gladiomöbor se encontrava pronto para o teste. Möiras instruiu que eles ativassem seus medalhões somente quando o teste iniciasse, e com o controle da máquina em mãos, ativo-a. Ela instantaneamente começou a atacá-los e, enquanto corriam para não serem esmagados, ativaram seus colares, tendo as armas em mãos.

O Oráculo estava muito confiante e, apesar de não utilizar todo o poderio de força que o Gladiomöbor possuía, jurou a si mesmo, e a Rainha, que não iria interferir desta vez. Assim sendo, Möiras se postou ao lado do galinheiro e ali ficou assistindo-os, esperançoso.

Sonabelia atacou primeiro. Um dos braços mecânicos girou como uma hélice em sua direção e a menina recuou com uma cambalhota. O braço enterrou-se na grama, arrancando um tufo de terra. Os tiros de seu teclado foram suficientes para danificar o metal.

Ansioso por vencer, Peterson errou algumas vezes. Ele ainda era um tanto lento com aquele arco; mas, numa das tentativas, a flecha cruzou o ar e perfurou o braço que ameaçava Sonabelia. A flecha explodiu e o membro metálico estourou, causando um curto-circuito.

Como Möiras relatara, aquelas flechas poderiam fazer mais do que o arqueiro pensava e uma ideia lhe surgiu, graças a seu já distante amigo, Alerxios.

— Aí cara! Cuidado! — Theo gritou do alto, onde escapava do segundo braço, surfando no ar com a prancha.

Peterson ficara distraído, a ponto de não perceber o imenso raio laser, cuspido em sua direção, pelos olhos vermelhos da máquina. Thersandro desceu rápido e empurrou o arqueiro no último segundo.

Inclinando a prancha com os pés à frente de si, Theo fez o raio ricochetear na base prateada e retornar ao robô, danificando um de seus olhos.

O ladrão caiu, sentindo a grama pinicar em seus braços, e Peterson agachou ao lado dele, puxando-o pelo ombro.

— Eu tenho uma ideia, mas você terá de falar com a Beli... — o arqueiro contou o que pretendia brevemente e, levantando-se, passou a atirar contra o robô.

Livre da ameaça, Theo flutuou até Sonabelha; o plano de Peter, repetindo em sua cabeça.

— E aí princesa, trouxe um recado...

— Fala logo! — Sonabelia pediu impaciente, conforme atirava no braço da máquina na vaga esperança de parti-lo.

Theo contou tudo o que Peter pedira. A menina, entendendo em partes por conta do barulho, correu pelo gramado até conseguir ver as costas do robô, onde alguns parafusos prendiam a entrada para algo, provavelmente, seus cabos.

Assim que mirou e acertou a área, o robô girou no próprio quadril e passou a investir contra ela; tendo a parte atingida ficado amassada e envergada, expondo uma série de fios.

Com os olhos de um falcão, Peter conseguiu ver a pequena brecha quando a máquina virou-se para Sonabelia. Sem flechas, o rapaz correu para achar uma entre a terra e grama remexidas.

— Tá procurando o quê? — Theo, tinha se aproximado após contornar a máquina pelo ar.

— Uma flecha!

— Tipo essa?

Peterson encarou a mão dele, onde uma flecha repousava e, sem perder tempo, colocou-a no arco e mirou; mas a brecha nas costas da máquina estava no alto, seria impossível fazer a flecha atingi-la dali.

— Preciso subir.

— Sobe aí então, eu pediria pra apertar os cintos, mas essa coisa não tem. Legal né?

Theo fez força para se equilibrar quando Peter subiu na traseira da prancha e agarrou seus ombros. O espaço era pequeno; porém, suficiente para caber os pés dos dois.

O Anel de Möbius e as Estrelas da LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora