Capítulo 13: O Teste do Gladiomöbor (Parte 1)

16 2 15
                                    

Do lado de fora da pirâmide, o céu estava bastante azulado, de um modo que Möbius já não conhecia mais.

O Oráculo desceu a ponte invisível junto com os três jovens e suas armas, providenciando para Peterson algumas flechas de madeira que, fundidas ao pingente, se tornaram proporcionais e do mesmo material metálico.

— Porque é invisível? — perguntou o arqueiro ao descerem a rampa peculiar da pirâmide.

— Os antigos fizeram esse sistema de ponte para enganar possíveis invasores; mas, digamos que se tornou obsoleto, depois da chegada de novas tecnologias e a ilha se tornar flutuante com ajuda de um grande ímã — explicou Möiras.

Juntos, eles contornaram a pirâmide, tendo paciência com o velho, que caminhava sem pressa. À medida que prosseguiam o cacarejar de galinhas e mugidos puderam ser ouvidos, e logo conseguiram ver um celeiro mais afastado da estrutura piramidal, cercado de cercas de madeira. As vacas estavam em outro cercado ao lado e, mais a frente, a ilha flutuante se estendia até um bosque. Foi ali que pararam.

— Para que os deixe ir, precisarão me provar que são capazes de usar suas armas e se defenderam — contou Möiras. — Apenas assim, poderei deixá-los ir. Acham que conseguem fazer isso?

— Será tranquilo. — Peterson, já tentava encaixar as flechas no novo arco. — Sou o melhor da minha aldeia com o arco — gabou-se.

— Isso aqui não parece bem uma arma, mas se eu tiver só que surfar, vai ser molezinha, cara. — Thersandro, jogou a prancha na grama e ela automaticamente começou a flutuar.

— Eu..., eu vou tentar, pela minha tia, não deve ser tão difícil quanto escalar uma mangueira. — Sonabelia não queria admitir, mas ainda tentava adivinhar como o teclado funcionava. Por mais que soubesse tocar piano, o objeto era totalmente diferente de um.

Möiras mostrou os dentes brancos e meio recuados, antes de tirar um controle de dentro do manto que usava; misteriosamente guardado nele. O controle parecia com os que controlavam os robôs de Arcádia: quadrangular e com uma tela verde acoplada.

O homenzinho resmungou para o aparelho conforme mexia nele, parecia se enrolar com as teclas.

— Perdão. Ainda não sou acostumado com esses aparelhos e faz tempo que não mexo nisso! — Ele finalmente pareceu acertar ao ativar o comando de voz.

O arqueiro, a moça e o ladrão, foram obrigados a encarar na direção das árvores, quando seus galhos e folhas começaram a chacoalhar. Eles ficaram apreensivos; porém, o que saiu dali, foi uma máquina em formato de cubo, com esteiras rolantes que o fazia se locomover.

A máquina mal chegava à altura dos pré-adolescentes, muito menos aparentava ser um guarda-robô.

— Parece com o robô que apara a grama lá de casa — satirizou Sonabelia.

De repente, a pequena máquina começou a se expandir. Suas peças metálicas abriram — revelando diversos compartimentos e sub compartimentos —, que foram se desdobrando e retorcendo. Logo, o pequeno cubo, deu forma a um robô bastante encorpado, cuja sombra encobriu os três jovens, embasbacados!

Um braço de metal grosso e pesado veio cair de encontro a eles, que correram para não serem esmagados. Fez-se um estrondo quando se chocou na terra.

— Os cortadores de grama da sua casa fazem isso?! — gritou o ladrão.

— Eu disse que parecia! — esclareceu a garota, assustada.

Peterson recuou ao máximo para trás e tentou usar o arco. O arqueiro teve dificuldade de encaixar a flecha; pois, desacostumado ao peso do arco, acabava com ele pendendo para a direção errada.

O Anel de Möbius e as Estrelas da LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora