I Want You - Rachel Sheherazade/YOU

Capítulo 21

S/n Souza POV

— Você fica extremamente gata de preto! - a mulher sorriu ao falar.

Eu umedeci os lábios antes de sorrir e lançar uma piscadela. Enquanto enchia as taças que estavam sobre a mesa de centro, eu dividia minha atenção com a mulher de olhos verdes.

— Não posso falar o mesmo de você. - ela enrugou a testa. — Já que você fica gata sempre.

— Nossa! Por um momento, pensei que não fosse atraente para você. - baixou a cabeça.

— Mari, eu te acharia linda até mesmo vestida de detenta. - estendi uma taça para a mulher e segurei a minha.

— Você me deixa tão tímida, S/n. - deu um longo gole no seu vinho tinto.

— Eu quero que fique altamente livre comigo. Quero te conhecer além de qualquer impressão que eu tenha tido. - sentei ao seu lado, encarando seus olhos.

— Falando assim, você me faz querer te levar para conhecer o mundo. Toparia ir comigo? - me encarou de volta e aproximou nossos rostos.

— Queria ter estabilidade financeira para isso, Mari, mas ainda não é possível. - sorri sem mostrar os dentes.

A mulher deu mais um gole na taça e avançou sobre mim, que me recostei no apoio do sofá.

— Perguntei se você aceita, S/n. Não quero que pague nada. — beijou minha mandíbula e aquilo me causou ânsia.

Segurei no rosto da mulher e a afastei de mim. Eu, com certeza, iria reclamar com Paola por essa fatídica busca de provas.

— Mari, eu sinto receio de achar que estou te usando. Que quero invadir seu momento de luto e usufruir da sua dor. - fiz uma expressão de tristeza.

— Oh, meu bem. Theodoro não tem relevância alguma, ele já se foi. Agora, é eu e você. - abraçou meu pescoço e logo subiu em meu colo.

Pensei em Rachel e gotículas de suor se formaram sobre minha testa. Entretanto, todo aquele receio pela minha loira tinha que ir para longe, porque eu precisaria dessa confissão. Que eu estava enlouquecendo para que essa mulher logo soltasse e o gravador em meu bolso fizesse seu trabalho.

— Eu quero te tratar tão bem, Mari. Muito melhor do que Theodoro faria. - beijei seu pescoço e seu perfume extremamente doce, amargou em minha boca.

Para diminuir o gosto no meu paladar e avançar a noite. Eu segurei a mulher gentilmente em meu colo e me curvei sobre a mesa, enchendo a taça dela e bebericando da minha pela primeira vez. Logo entregando para que a mulher bebesse.

Com sede da bebida, ela deu 4 goles e quase esvaziou a taça. Parecendo destinada a me ter aquela noite, a mulher atacou meus lábios e deixou um selinho.

Segurei em seus cabelos, querendo falar que eu já tinha alguém e que eu não precisaria estar nessa situação. Bom, mas eu precisava. E o que saiu da minha boca foi:

— Calma, apressadinha. Temos a noite toda.

— É que você me causa tanto desejo, que eu não consigo me conter. - segurou na gola da minha blusa social branca.

— Eu sinto desejo desde que te vi. - menti, a olhando nos olhos e logo beijei sua clavícula exposta pelo vestido.

— Se eu soubesse, teria feito antes, então. - meu corpo entrou em alerta e eu me animei.

— Hum, o quê? Ter matado aquele velho asqueroso? - subi os beijos pelo seu pescoço, assistindo a mulher morder os lábios e rebolar em meu colo.

— C-como sabe? - mordi o lóbulo de sua orelha e seu corpo arrepiou. — Ah, caralho! Como você é boa...