capítulo 7: A despedida.

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O destino as vezes era uma coisa engraçada de se observar

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O destino as vezes era uma coisa engraçada de se observar. Esse temível e onipresente elemento da vida. Às vezes planejamos nossas vidas como um jogo de xadrez, tentando prever o futuro e tentando os nossos melhores movimentos. Mas às vezes, isso não é possível. O destino age de maneira imprevisível e incontrolável, e só vale a nós decidir o que fazer com ele.

Por exemplo, Zoro nunca imaginou conhecer Sanji. Ele estava indo para o North Blue com zero expectativas e apenas desejando que tudo acabasse rápido e ele retorna-se para East Blue. Agora, no entanto, a coisa que Zoro menos queria era ir embora. Pois ele caiu na gentileza da mesma maneira que se apaixonou, e Sanji seria infinitamente o culpado por isso.

Seu último dia antes de embarcar de volta à East Blue não foi nada além de um misto de emoções. Sanji fugiu de seu próprio navio, contrariando mais uma vez as ordens de seu pai, e aquela seria a primeira de muitas vezes em que ele o desobedeceria. Pois Zoro conseguiu arrancar de Sanji sua melhor versão. E o garotinho de semanas atrás que se assustava com os menores atos não existia mais, em seu lugar prevaleceu um temperamento forte e uma coragem indomável.

E Sanji revelou o melhor de Zoro. O espadachim que nunca havia percebido que possuía um lado gentil e até mesmo atencioso, que nunca pensou que poderia existir tantas emoções decorrentes da loucura do amor. E até mesmo jamais havia se importado com alguém que não fosse a si mesmo. Os dois garotos, de pouco em pouco, tornaram-se muito na vida um do outro. E debaixo das sombras na praia, os sussurros de promessas juradas pareciam uma melodia angelical.

Zoro nunca pensou que fosse gostar tanto da praia, mas depois de todas aquelas semanas, olhar para a praia sem ligar o cenário a Sanji parecia quase impossível. E a julgar pelo rosto sereno do príncipe, ele parecia pensar o mesmo.

Faltava cerca de duas horas para Zoro embarcar no navio. Shimotsuki estava terminando alguns assuntos pendentes na ilha, e enquanto isso Zoro foi se encontrar com Sanji, para um adeus que ele sabe que se tornaria um até logo.

A longa praia de areia branca se estendia até onde os olhos podiam ver. A água cristalina era como espelho da vida em seu cerúleo leito, onde corais brilhantes e vida marítima vibrante podiam ser encontrados. O calor do sol e a brisa do mar criam uma atmosfera perfeita para relaxar e recarregar, enquanto os sons e aromas traziam uma sensação de tranquilidade e plenitude.

O som de um tilintar de brincos dourados chamou a atenção de Zoro para Sanji. O único brinco de ouro pendurado na orelha do garoto, o último brinco que faltava na orelha de Zoro, que possuía dois.

— Parece que você finalmente vai me deixar em paz — Sanji sorriu de forma brincalhona.— Isso não é incrível, cabeça de alga?

Zoro bufou — Cale a boca — ele cruzou os braços.— Há quase dez minutos atrás você não conseguia parar de me abraçar.

A lembrança do ocorrido pareceu constranger Sanji mais do que qualquer provocação que o esverdeado resolvesse fazer, e o chute que Zoro ganhou em suas costelas foi a prova disso.

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