[CONTEÚDO ADULTO]
Lauren é uma estudante comum do Ensino Médio, mas com um adendo importante: ser filha de uma das maiores estrelas do cinema. Ao completar seus dezesseis anos, ela inicia uma jornada para descobrir a verdade sobre seu pai desconhec...
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1936 palavras
Mirror
"Espelho, Espelho meu... Algum dia um Sunset será mais esperto do que eu? Certamente não. Ficamos sabendo, por fontes confiáveis, que Miranda Olsen, vencedora do Oscar no ano passado, está grávida! Ela teria escondido isso durante os dois primeiros meses de gestação da grande mídia, mas nada fica muito tempo por de baixo dos panos quando a equipe do Mirror entra em ação. Parabéns a nossa nova gravidinha. Até a próxima nota, queridos." — por Lori Philler.
Li a matéria inteira do Mirror com uma pontinha de desprezo por tudo de que aquele blog representava para mim: só um site criado por pessoas amargas, que se autointitulam jornalistas, cujo único intuito é fazer fofocas e promover escândalos de celebridades para entreter o público. Revirei os olhos para aquilo e bloqueei o celular de novo.
Admirei as nuvens brancas pela janela do avião e olhei em meu relógio de pulso para confirmar que faltavam pouco para aterrissar em Los Angeles.
Minhaenergiadepoisde uma Con ficava sempre em uma linha tênue entre realização e cansaço, contudo minha experiência em Toronto foi simplesmente incrível. A equipe era extremamente profissional e organizada, o que hoje em dia não é mais tão comum como me lembro, mas o melhor de tudo era o amor dos fãs. Eu adoro olhar nos olhos deles e ver o brilho no olhar quando eles chegam em mim para pedir autógrafos e fotos.
Antes de embarcar no voo noturno, mandei três mensagens para minha filha avisando que chegaria de manhã, mas Lauren provavelmente estava dormindo já que não respondeu.
— Só estou vendo elogios sobre você depois da Comic Con. — disse Julie, minha acessora. Ela passou a viagem inteira com o celular na mão, deslizando o dedo pela tela do Twitter.
— Isso é bom, normalmente tem um ou outro para reclamar de alguma coisa.
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Assim que desembarcamos, senti o calor gostoso de Los Angeles invadir minhas narinas, muito melhor do que o frio do Canadá. Julie me acompanhou até o hall de passagens, onde já era possível ver algumas pessoas segurando cartazes com o nome de seus parentes.
— Que droga. — resmunguei comigo mesma quando vi meu nome escrito em um dos cartazes.
— O que foi? — Julie perguntou. Ela logo olhou para a direção que eu estava olhando e me poupou o trabalho de explicar. — você quer que eu chame a segurança? — perguntou.
— Não, não precisa. — falei. — Na verdade você pode ir, eu posso resolver isso sozinha.
Julie acenou com a cabeça e seguiu um caminho diferente do meu, que fui em direção à meu ex-marido com uma expressão de poucos amigos estampada no rosto, enquanto ele me olhava com um sorrisinho satisfeito.
