Capítulo XXIX.

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3481 palavras

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3481 palavras

— Você sabe que não precisa sair correndo, não é? — disse Sean.

Através do espelho, eu podia vê-lo deitado em sua cama, enquanto eu terminava de abotoar o sutiã.

— Passa a noite comigo hoje. — ele insistiu.

Eu o olhei por cima do ombro, dando um sorriso e um leve suspiro. Após o nosso último encontro naquela noite, Sean e eu nos encontrávamos em seu apartamento praticamente todos os dias depois do trabalho.

Pensei que me isolar fosse ser mais fácil... Doce ilusão. Quanto mais os dias se passavam, menos eu sentia que conseguiria colocar um ponto final em meu relacionamento com Sean. Eu tinha plena consciência de que estava sendo egoísta por alimentar nele tanta esperança.

Já estávamos naquela rotina há uma semana, e eu sempre precisava ir embora mais cedo, sem nunca dar uma desculpa boa o suficiente.

— Eu queria muito, acredite... Mas não posso. Tenho meio milhão de coisas para fazer quando chegar em casa. — respondi.

Não era bem uma verdade, mas de todo modo também não era uma mentira. Aquela semana estava sendo repleta de meias-verdades, foi o modo que encontrei de confortar meus próprios pensamentos, em saber que pelo menos não estava mentindo totalmente.

Virei de costas para ele para encarar o espelho novamente, e percebi que Sean ainda me olhava de cima a baixo com um olhar sugestivo e curioso.

— O que foi? — perguntei.

— Você é linda, mesmo de costas. — disse ele.

Senti meu rosto esquentar um pouco e um inevitável sorriso surgiu em meus lábios.

— Não gosto que me olhe, Sean. — falei.

— Por que não? Você é linda mesmo. — ele deu de ombros e levantou-se da cama, começando a vestir uma calça de moletom cinza.

— Porque não me sinto desse jeito. — respondi, e o sorriso sumiu de meu rosto com a mesma facilidade na qual havia aparecido.

Sean caminhou até mim, e envolveu suas mãos em minha cintura, me puxando para ficar colada em seu corpo.

— Você é linda, Parrilla. — sussurrou ele em meu ouvido, em seguida deu um beijo em meu pescoço.

Fechei os olhos por breves segundos, para aproveitar melhor a sensação de ter seus lábios em minha pele, mas foi inevitável não pensar em Fred nesse momento e refletir sobre as coisas negativas que ele dizia a respeito do meu corpo. Acho que no fundo eu me importava sim com a opinião dele, só não queria assumir isso para si mesma.

— O que eu posso fazer para te mostrar isso? - continuou ele.

A proximidade de Sean, suas palavras sussurradas e o calor de seu corpo em contato com o meu eram um misto de conforto e conflito. Eu queria me entregar ao momento, sentir o carinho e a afeição, mas a sombra de Fred pairava sobre mim, trazendo inseguranças que eu tentava ignorar.

My Mom Is Lana ParrillaOnde histórias criam vida. Descubra agora