Capítulo XXIII.

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7094 palavras

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Eu não sabia o que vestir, e não estava com a mínima vontade de sair. Poderia passar a noite de ano novo trancada dentro do quarto, não me importo mesmo em perder uma queima de fogos, mas Fred insistiu tanto nisso...

Optei pelo clássico vestido preto. Ele ficava bem colado em meu corpo, suas curtas mangas eram feitas de renda, com linhas de bordado do mesmo tom que o vestido, o busto imitava as mangas, mas com um tule da cor de minha pele, o que dava um toque diferente no vestido.

Não pesei a mão na maquiagem, fiz apenas um contorno básico em minhas pálpebras, passei blush para parecer mais corada, e nos lábios usei um batom nude mais escuro. Aquilo já era o bastante, eu realmente não queria chamar muita atenção.

Estava sentada de frente para a penteadeira de meu quarto, não quis mexer no cabelo, pois ele já estava bom daquele jeito, com cachos naturais.

Olhei para baixo e vi Coco deitado próximo aos meus pés, ele estava tão quietinho que eu sequer havia notado sua presença. Já fazia uma semana que eu o havia adotado, e sentia que ele já estava começando a se acostumar com a minha presença, e eu com a dele, mas acredito que ele preferia mais a mim do que a Fred... Claro, até porque eu era a única que conversava com ele e lhe dava carinho.

— Você está linda, docinho. — disse Fred ao adentrar meu quarto. Ele estava com um terno azul-marinho, nada atípico, como sempre.

— Obrigada. — dei meio sorriso.

Fred se aproximou de mim, sorrindo também. Ele tinha penteado sua barba... Coisa que só fazia raramente.

— Tenho uma coisa que vai combinar com a noite. — disse ele, e logo depois tirou algo de dentro do bolso do terno.

Era um colar de três linhas de pérolas e, no meio, uma pedra verde brilhante rodeada por mini pedrinhas, que deduzi ser diamantes.

— Vi em algum lugar que verde, no ano novo, significa fertilidade. — disse ele. Tremi só em me imaginar grávida de um filho seu.

— Fred... Não precisa. — eu disse com cuidado.

— Não seja modesta, docinho. — disse ele, afastando meu cabelo para o lado e prendendo o colar em meu pescoço. — Você sempre gostou de joias.

Olhei meu reflexo no espelho enquanto ele arrumava a joia no meu pescoço... O colar era realmente bonito, mas àquela altura eu já não conseguia gostar de mais nada que viesse de Fred, mesmo que fosse com boas intenções. Então um colar de esmeralda, que deveria fazer qualquer mulher se sentir feliz e amada, me fazia sentir o oposto disso. Me fazia sentir como um cão de coleira, e Fred estava segurando a guia.

My Mom Is Lana ParrillaOnde histórias criam vida. Descubra agora