Capítulo XXIV.

71 6 36
                                    

3966 palavras

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

3966 palavras

Retirei do álbum as diversas fotos dos meus pais, e espalhei pela cama, como se fossem as peças de um quebra-cabeça. Eu passei segundos, minutos olhando para aquelas fotos, tentando encontrar algo que me interessasse, algo que me chamasse atenção suficiente. Mas tudo parecia normal... Eram só fotos.

Em uma delas, meus pais estavam em uma pista de pouso, com um jatinho logo atrás deles. Em outra, eles estavam em frente ao aeroporto de Los Angeles, minha mãe sentada em cima de sua mala e meu pai segurando o puxador, como se estivesse carregando-a. Não consegui não sorrir com aquilo. Os dois tinham uma conexão que até parecia ser de outro mundo.

— Você não vai se arrumar? — disse Lia, me fazendo olhar em sua direção. Ela estava de frente para o espelho do quarto, fazendo cachos no cabelo com babyliss.

— Eu já estou pronta. — eu disse.

Ela virou em minha direção, e me encarou de cima a baixo. Eu estava com uma blusa branca de alcinhas, uma camiseta da mesma cor, mas optei por deixar os botões abertos, e uma calça jeans clara... Mas não estava tão ruim.

— É sério? — disse ela.

— Dá um tempo, Liana. — eu disse, guardando as fotos de novo. — Eu vim para cá para saber mais do meu pai, não para agir como se estivesse em um desfile de moda country.

Ela estava com uma blusa como a minha, só que preta, uma saia longa que descia até o meio dos seus tornozelos, e então uma bota de preta de couro que combinava com seu chapéu.

— Está se arrumando assim para ver o Teddy? Como você o chamou o mesmo da última vez que o vimos? Algo como "Caipira" não foi? — eu disse, implicando com ela.

Liana revirou os olhos para mim e voltou a fazer o que estava fazendo em seu cabelo. Nós iríamos visitar o centro da cidade, minha avó disse que teria uma feira local, que era muito comum no início do ano. Eu não gostava muito da ideia, mas com certeza era melhor do que a ópera que tivemos que assistir durante a virada do ano... Outro costume local.

— Você acha que ele vai estar lá? — disse Lia.

— Teddy? — perguntei, e ela acenou com a cabeça. — Eu não sei. Muito provavelmente sim, mas ele estará com a família dele e, pelo o que me lembro, os Winklers não eram muito amigáveis com os que vinham de fora.

— Hm, que pena... — disse ela, perfurando as orelhas com brincos de pérolas.

— Eu pensei que você não quisesse mais saber dele depois daquela noite. — eu disse.

My Mom Is Lana ParrillaOnde histórias criam vida. Descubra agora