Capítulo XXVII.

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4730 palavras

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4730 palavras

Eu sabia que o que havia acontecido dentro daquele camarim tinha sido um erro, mas foi impossível pensar racionalmente enquanto Sean me proporcionava tanto prazer a ponto de tornar meus pensamentos lúdicos. Ainda consegui sentir seus dedos afundando em minha pele e seus lábios roçando nos meus por muito tempo. A imagem dele encaixado no meio das minhas pernas estava tatuada para sempre em minha mente, e me fazia suspirar pesadamente a cada vez que surgia em minha memória.

Contudo, o encanto acabou no momento em que cheguei em casa e logo fui questionada por Lauren sobre o porquê do atraso. Eu olhei para ela e me senti estranhamente angustiada por ter que mentir, e só então me dei conta da imensidão do risco do qual eu havia me submetido, mas já não tinha mais o que fazer.

Que horror... Transando com o pai da minha filha, que sequer sabe da existência dela, e ainda tendo que encarar os dois com cara de paisagem, como se nada estivesse acontecendo. Eu sou uma escrota! Se existisse um Oscar de Melhor Mentirosa eu levava o prêmio todos os anos.

Quando fui para meu quarto naquela noite pensei que finalmente meus pensamentos me deixariam em paz. Mas quando deitei em minha cama e fechei os olhos, minha mente tornou a voltar para aquela noite do restaurante, e então comecei a ver a mesma imagem embaçada de sempre: Fred por cima, beijando minhas coxas enquanto eu permanecia imóvel, paralisada.

Aquelas memórias, ou seja lá o que fosse aquilo, já estava me deixando desconfortável. Na maior parte das vezes, elas apareciam à noite, quando eu já estavas prestes deitar. E não importava o quanto eu estivesse com sono ou cansada, elas sempre vinham, e eu não sabia como fazer para parar. Era como se eu quisesse descansar, mas aquilo me mantivesse ligada o tempo inteiro, como se meu cérebro enviasse comandos para que eu entrasse em estado de alerta.

Eu até tentei ignorar aquilo, virei de um lado para o outro na cama algumas vezes, tentando me dispersar daqueles pensamentos, mas de nada adiantou, e eu continuei com a sensação de estar aprisionada com Fred em minha mente. Era uma situação degradante, eu me sentia sufocada.

Aquela sensação só foi embora quando eu desisti de dormir em meu quarto e fui para o quarto de hóspedes. Lá, me senti mais leve, e tranquila. As lembranças ruins com Fred deram lugar às boas com Sean, no estúdio de gravação antes das filmagens começarem, depois nas cenas quentes que tinham sido muito mais do que apenas atuação. E então, o camarim... Os beijos de Sean pelo meu corpo... Droga, eu vou sonhar com isso! Não deveria. Já não era mais uma adolescente para ter sonhos eróticos.

Depois daquela noite eu decidi que me mudaria definitivamente para o quarto de hóspedes, a fim de me livrar de todas as péssimas lembranças que tive com Fred lá dentro. Eu esperava tirá-lo da minha vida de vez, me livrar de todas as mágoas, amarguras, qualquer outro sentimento que ainda sentisse por ele, e eu faria aquilo aos poucos, no meu tempo... Começaria trocando todas as fechaduras de casa, para que ele não consiga entrar na hora que bem quisesse, e então finalmente daria sequência aos papéis de divórcio, que estavam parados desde a primeira vez que Fred me ameaçou, pois não tive coragem de dar continuidade depois de ele ter me colocado tanta pressão.

My Mom Is Lana ParrillaOnde histórias criam vida. Descubra agora