Capítulo XXXI.

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Senti o peso do corpo de Fred por cima do meu naquela manhã, ele engatinhando até mim, e me encarando com um olhar diabólico, mas quando abri os olhos não havia nada além da fresta de luz que escapava da cortina do quarto

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Senti o peso do corpo de Fred por cima do meu naquela manhã, ele engatinhando até mim, e me encarando com um olhar diabólico, mas quando abri os olhos não havia nada além da fresta de luz que escapava da cortina do quarto. E, mais uma vez, eu havia sonhado com Fred... Como se já não bastasse tudo de ruim que estava acontecendo dentro da vida, ainda tinha de ser atormentada por meu ex marido nos sonhos.

Aquilo havia chegado num ponto que apenas mudar de quarto já não resolvia, e eu não sabia mais o que pensar sobre toda aquela merda.

Notei que a porta do banheiro estava entreaberta e logo em seguida pude ouvir o barulho de água caindo. Lauren havia acordado mais cedo que eu, e aquilo raramente acontecia, o que era mais um motivo para eu acreditar que aquela não era uma manhã como outra qualquer.

Levantei preguiçosamente, sentindo a frieza do piso laminado sob meus pés, pois não encontrei os chinelos que normalmente ficavam próximos à minha cama. Portanto, apenas desci a escada, e encontrei a cozinha exatamente como eu havia deixado na noite passada, com ingredientes espalhados pelo balcão e os objetos cortantes fora de lugar. Em pensar que teria de arrumar tudo aquilo antes de sair, até me fazia perder o apetite, que já se fazia inexistente desde o momento em que abri os olhos de manhã.

— Bom dia. — eu disse quando Lauren adentrou a cozinha, seus cabelos estavam úmidos e suas bochechas um pouco mais rosas do que o de costume. — Está com fome?

Eu já sabia qual era a resposta, Lauren sempre perdia o apetite depois de termos uma conversa daquelas como na noite anterior, e daquela vez não seria diferente.

— Na verdade sim. — disse ela com desinteresse, e me deixando até um pouco atônita com sua resposta. Não era a resposta que eu esperava.

De repente, eu me vi perdendo completamente o controle de tudo que antes estava nas minhas mãos, e aquilo fez com que eu me sentisse horrível. Não por estar perdendo as rédeas daquela situação, mas sim por alguma outra razão que eu não sabia como justificar.

— Tudo bem... — eu disse. — Você quer comer o que, sweetheart?

— Eu posso comer na escola mesmo. — disse ela, colocando sua mochila nas costas e fazendo carinho nas orelhas de Coco, que apoiou-se nela com as duas patas. — Até mais tarde.

Eu passei a mão na testa um pouco aflita, quase confusa com aquela situação, mas antes que minha filha atravessasse a porta da cozinha, eu a chamei.

— Lauren... Você está bem? — perguntei.

— Estou ótima. — respondeu ela, com calma.

— Não precisa ir para a escola se não quiser.

— Eu tenho prova de francês. — ela deu de ombros. — E eu estou bem... De verdade.

— Tá bom. — respondi. — Faça uma boa prova, querida. — me esforcei para dar um sorrisinho de canto.

My Mom Is Lana ParrillaOnde histórias criam vida. Descubra agora