Dez pessoas, com inúmeros problemas.
Quer dizer, problemas raramente têm solução.
Dez pessoas, com inúmeras situações.
Situações que podem ser resolvidas.
Mas, não sozinhas.
Boa leitura ✨
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Sasuke andava calmamente para casa, as ruas estavam consideravelmente movimentadas mas ainda sim silenciosas, mesmo assim o garoto usava seu fone em um alto volume para que sua mente ficasse quieta o suficiente para relaxar. Naruto havia voltado para casa sem o amigo, evitando a todo custo passar próximo a casa dele para não encontrar sua tia, contudo, a própria kushina o questionou sobre ter chegado atrasado e sem sinal do moreno, fazendo o garoto confessar tudo e mais um pouco para a própria mãe.
Já a Haruno seguiu para uma pracinha perto de casa, uma quase não frequentada, então havia pouquíssimo movimento. Ela se balançava lentamente pensando em algumas coisas que, sendo sincera, não a faziam nada bem. A sensação de que alguém nunca entraria em um relacionamento com ela, que não é boa o suficiente para que alguém fique ou goste dela, a ideia de que não era bonita o suficiente, interessante ou legal o suficiente. Antes que percebesse, as lágrimas escorriam em seu rosto mesmo que não fizesse expressão alguma.
- O que aconteceu? - a voz grave fez com que a garota se assustasse.
Ao olhar para trás, seus olhos se encontraram com as orbes negras do menino, tendo que piscar várias vezes para entender que deveria responder o garoto. Ele não parecia se importar, não mesmo, e ela sabia que ele nem deveria saber seu nome, então por que ele estava lá? Não precisava fingir ser legal com ela, quer dizer, ele estava fingindo né?
- Sakura? - O mais alto perguntou, vendo que ela estava a tempo de mais encarando ele
- Perdão. - A garota riu nervosa e balançou a cabeça a fim de tirar o cabelo do rosto. - Não aconteceu nada, quer dizer, é só coisa minha.
Ele apenas balançou a cabeça lentamente em concordância mesmo que não tivesse acreditado muito, mas ainda sim permaneceu ali, tecnicamente atrás da garota, esperando algo que ele não fazia ideia do que deveria ser. Da mesma forma, a menina permaneceu em silêncio, droga, ele sabia o nome dela, como ele sabia o nome dela? Quer dizer, ela era amiga do Naruto, tá. Como ele lembrava o nome dela?
Ela se deu conta de que ele ainda estava lá mas não a encarava mais, estava olhando a árvore a cima deles, era realmente belíssima, as folhas secas caindo, o vento balançando os galhos para lá e para cá, as cores, o silêncio na praça, onde estavam as crianças? As esmeraldas, o sorriso. Quando foi que ela ficou tão bonita? Assim que se deu conta, estava encarando a rosada, parecia encantado, tanto que cambaleou para trás assim que percebeu o que estava fazendo. Sasuke olhou o relógio em seu pulso e percebeu o quão tarde estava, o Sol já havia se posto quase que completamente.
- Eu.. Preciso ir. - O Uchiha hesitou ao começar a falar. - Tenta falar com alguém sobre essa, coisa sua aí.
Ele comprimiu os lábios e saiu de forma apressada sem saber mais o que dizer, deixando a mais baixa confusa para trás enquanto o via se afastar completamente.
- O que?
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A garota se encontrava de frente para o espelho em seu guarda roupas, encarar seu reflexo não apagaria as últimas vinte e quatro horas, apenas a deixaria com mais raiva e nojo de si mesma.
- Você deveria ter ido no lugar dela!
A dor já havia se tornado sua melhor amiga, a pressão da unha contra sua pele a trazendo para o presente mesmo que sua mente vagasse pelo passado.
-Você é um peso nessa família!
- Desse jeito será expulsa, senhorita.
A pressão se fazia cada vez maior a cada situação que vinha em sua cabeça, encarar seus olhos vermelhos e encharcados através do espelho, se sentir tão vulnerável, tão rejeitada por sua própria mente.
- Está sangrando. - A voz a fez despertar e olhar para porta pelo próprio espelho.
Gaara já estava dentro do quarto, não quis esperar a irmã responder e foi diretamente para o banheiro, pegando faixas, esparadrapos, alguns algodões e álcool e voltou para o quarto, a mais velha ainda estava em pé o encarando. O ruivo puxou a cadeira quase totalmente empoeirada da penteadeira e colocou para a irmã se sentar, assim que ela se sentou ele puxou um banquinho e se sentou a sua frente, puxando sua mão esquerda para si e começou a limpar com o algodão molhado.
- Eu quem deveria estar te ajudando. - Sua voz sai como um murmúrio ao sentir os cortes arderem pelo álcool.
- Você sente que deveria fazer muitas coisas por mim. - O ruivo a responde concentrado ao enrolar a faixa em sua mão. - Gosto de sentir que estou te ajudando às vezes.
A garota sorri mínimo assim que escuta o irmão, ele e Kankuro sempre foram sua prioridade, mesmo que falhasse como qualquer outra coisa, nunca falharia em os ajudar. Talvez o fizesse porque sabia que receberia ao mínimo um obrigada, sabia que os ajudando não seria um peso.
- Por que bateu nele? - O menino ainda estava concentrado ao trocar a mão enfaixada pela mão direita da garota. - Nunca conversaram.
- Nunca conversei com aquela escola inteira. - Ela esclarece. - E ele é um babaca, pessoas idiotas precisam ser postas em seus devidos lugares às vezes.
- E o lugar dele é a uti? - Gaara perguntou rindo mínimo e ainda sem olhar para a irmã.
- Acho que exagerei um pouco.
- Só? - Seus projetos de sobrancelhas se levantam assim que a escuta, e ele começa a enfaixar a outra mão.
- Ele estava vivo ok? E eu estou no colégio ainda. - Ela diz como se isso bastasse para amenizar a gravidade da situação.
- Se você fosse expulsa eu ia me matar na frente da Tsunade.
- Não ia não, ia ter medo do Lee te ver lá, morto estirado.
- Cala a boca. - O ruivo ri e da um tapa leve no ombro da irmã
A mais velha riu levemente mas sua expressão logo se neutralizou ao realmente pensar no que haviam dito um para o outro.
- Não deveria falar isso, vou acabar ficando com medo de ser verdade.
- Não ousaria morrer antes de te ver bem pelo menos uma vez. - O garoto diz finalmente terminando de enfaixar a outra mão da garota e a encarando.
- Então vai viver muito. - Seus lábios se formaram em um quase imperceptível sorriso.
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O quarto estava realmente escuro, apenas a leve luz do abajur em cima da escrivaninha se fazia presente, o garoto parecia desenhar, nada incomum. O rosto marcante no papel, os longos fios de cabelo e as incríveis e marcantes orbes azuis nos papéis o lembravam alguém, sequer gostava de desenhar pessoas. O moreno se afastou um pouco do desenho, franzindo minimamente o cenho.
- Yamanaka?
--- Oioi gente Espero que tenham gostado do capítulo, mesmo que algo não tenha me agradado. Ainda sim, até a próxima amores♡
