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️ Não revisado
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'Casa nova'

22:47pm

Sakura parou sua motinha em frente a casa dos Hyuuga, logo atrás da Mitsashi. Hinata desceu da moto da rosada e tirou o capacete, sorrindo para as duas.

- Obrigada por me convidarem, meninas.

- Não precisa agradecer Hina - A Haruno levantou o visor do capacete. - Amamos que você aceitou ir com a gente.

- E com certeza vamos te chamar mais vezes. - Tenten já estava virada para a menina.

A garota sorriu tímida e devolveu o capacete para sua, talvez, nova amiga.

- Nos vemos amanhã no colégio. - A dos cabelos rosas fechou seu visor e ligou a moto. - Tchau Hina!

- Tchau gente! - Ela acenou para as duas, esperando animadamente que saíssem de sua vista.

Tenten apenas acenou de volta e as duas saíram "voando" da vista da menina. Quando realmente deixou de vê-las, suspirou com um sorriso e começou a andar em direção a grande porta de entrada, mexendo em sua bolsa para pegar sua chave.
Abriu a porta animada, ansiosa para contar ao primo como fora sua noite, isso se o pai não estivesse sentado nos braços de um dos sofás, com sua carranca pior que o normal e seu primo sentado na escada, olhando agora, atentamente para ela.

- O que deu em você? - Sem demora, Hiashi a abordou agressivamente. - Eu ignorei que não foi a escola, Hinata! Agora achar que tem algum direito de sair e voltar uma hora dessas já é demais!

Certamente a azulada foi pega de surpresa, esperava que o pai estivesse dormindo a esse horário, mas pelo visto, ficou acordado apenas para atormentar a si. Sem processar qualquer palavra que o mais velho disse e ainda antes de seu cérebro perceber com quem estava falando, a garota o respondeu ríspida.

- Achei que devesse sair e ser como as outras garotas

Neji prontamente se levantou e foi em passos lentos aos dois, ciente de que a resposta da prima não era exatamente o que o tio queria ouvir e esperando que ele não tomasse nenhuma decisão incoerente. Quanto a Hiashi, seus olhos sequer cintilaram em surpresa, foram tomados por uma brutalidade, uma amargura e quem sabe um rancor também, a garota sabia que ele a detestava, mesmo que ele nunca lhe tivesse dito, talvez ele a culpasse por algo. Ele se aproximou apressadamente em seu próprio ritmo da menina.

- O que?! - Indagou o mais velho. - Sua garota inútil! Não me responda!

E então, o mais velho estava frente a frente da filha, seus olhos enrijecidos, velhos e autoritários a forçando imediatamente a desviar seu olhar do dele.
Neji, se aproximou, ficando ao lado da prima, mesmo que ele fosse seu pai, parecia mais um estranho idiota do que qualquer responsável decente, então, desde que se tornou apenas eles dois, o garoto sente total responsabilidade pela mais nova. Fazendo assim, seu tio detesta-lo um pouco mais.

- O que estava fazendo? Dando para qualquer um como a miserável que você é? - Sorriu em escárnio ao ver o rosto da garota se contorcer em desconforto.

Ele não tem a capacidade de se decidir? Passou tantos anos atormentando a menina para que saísse, fizesse não se sabe o que, tivesse amigas, virasse gente, segundo ele, e agora que poderia finalmente ter feito amigos por mérito próprio, ele fala que ela não deveria sair? Que deveria ser essa menina burra, depressiva e do lar para sempre?

- Se a mamãe estivesse viva, ela teria te deixado. - Ela cuspiu as palavras, a raiva e descrença fervendo suas orelhas e suando suas mãos.

Certamente nenhum dos dois esperava isso, os lábios de Neji se entreabriram e seus olhos abriam e fechavam lentamente, diferente de seu pai, que sequer piscava, sua expressão agora não demonstrava absolutamente nada, estava estático, incrédulo com o que acabará de ouvir.
Cansada de ouvir a voz desdenhosa do pai, a menina saiu de perto dele indo para escada e sendo seguida pelo primo, o mais velho se virou para os dois, os vendo se afastar.

É Realmente Um Problema?Onde histórias criam vida. Descubra agora