XIX

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️Não revisado
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'Eu sou mal?'

18:04pm

Graças a quem quer que fosse, seu pai não passava o dia em casa e sempre chegava tarde. Mesmo que não tivesse levado a chave antes de sair na noite anterior, Gaara avisou que a deixaria em cima da vidraça no topo da porta e assim que decidiu voltar para seu quarto e não sair de lá por toda sua suspensão, o fez.
Diferente do que dissera ao irmão e ao Nara, não avisou nenhum dos dois de que estava em casa, nem se estava viva ou se ia ser jogar de uma ponte. Contudo, isso não impediu o ruivo de travar seu celular com mensagens de preocupação e perguntas que ela sequer fez questão de ler ou passar o olho.
Ao fim da tarde, quando ambos os irmão já deveriam estar em casa, o lugar ainda estava silencioso, e sinceramente, não fez questão de saber o porquê, quer dizer isso se apenas pensar já não atraísse os demônios, Gaara arregaçou a porta já bombardeando a irmã de perguntas, sendo seguido silenciosamente por Kankuro.

- A Ino? Você se fudeu por causa da Ino?

- Sim Gaara, eu estou bem.

A garota resmungou contra a cama e se sentou em seguida, encarando os dois.
Kankuro confuso, se sentou na cadeira em frente a penteadeira e os questionou.

- Quem é Ino?

- Só a puta mais rodada da escola.

- Cala a boca. - Temari esbravejou ao irmão, que ainda estava em pé. - Você nunca falou com ela, não tem direito algum de ficar falando esse tipo de coisa!

- E você? - Gaara retrucou em mesmo tom - nem conhece ela e quase matou o menino por culpa dela!

- Culpa dela? - A mais velha se levantou. - Você não sabe da missa um terço, garoto!

- Tá bom gente. - Kankuro se levantou, antes que a discussão piorasse ele começou a empurrar Gaara para fora. - Vai lá Gaara, volte só se for chamado, vai.

O moreno o empurrou para fora do quarto e fechou a porta o deixando lá, logo ele pegou a cadeira e a levou para próximo da cama, se sentando em seguida, a menina o observou atentamente se sentando a frente dele.

- Vamos lá - ele sorriu mínimo - Quem é Ino?

- Todo mundo fala um monte de merda dela na escola, só que falam um monte de merda de mim também. Não sou ignorante a ponto de julgar ela assim.

- Mas é maluca né. - Comentou vendo a garota erguer a sobrancelha. - E por que você socou o garoto?

- Discuti com o pai de manhã, lembra? Aí ela estava mal, a gente conversou e eu explodi. - Ela sorriu parecendo já acostumada com isso.

- Por que você parou de tomar os remédios mesmo? - suas sobrancelhas se juntaram.

- Por que eu quis. - Ela pressionou os lábios. - Eles têm gosto ruim.

- Foda-se? Se te ajudam, o gosto não importa.

- E eu com isso? - Uma sobrancelha da garota se ergueu.

- A quanto tempo acabaram?

- Uns dois meses já.

Os dois se encararam por um tempo em total silêncio, Temari tem total consciência de que não está certa, mas não era ela que pagava e com certeza seu pai não liga, Kankuro soltou um ar pelo nariz comprimindo uma risada, sabendo infelizmente que roubar e homicídio são crimes, e voltou a falar com a garota.

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