Badboyhalo não esperava uma ligação, muito menos uma de Forever.
Ele estava em sua sala, lendo um livro, apenas esperando o horário de ir buscar seu filho. Quando escutou seu telefone tocar, ele o pegou apenas para ver quem era e depois ignorar para voltar ao seu livro.
Imagina sua surpresa ao ver que era de seu amigo. Ele não esperou para atender.
— Halo... – veio o chamado assim que ele atendeu.
— Eve...? – o apelido escorregou de sua língua em meio a sua preocupação e ele se ajeitou no sofá. :— Você está chorando? Quer saber, isso não importa. Onde você está?
— Casa... Não... Cellbit. – mesmo quase sem escutar direito e as palavras desconexas, ele sabia para onde ir.
— Me dê dez segundos Eve. Dez segundos e eu estou aí.
Ele desliga, apesar de não querer, e manda uma mensagem para Baghera pedindo que buscasse Dapper e o deixasse dormir na casa dela essa noite.
Ele vai até a sua waystone, que praticamente não usava, mas agora era de extrema urgência. Ele se teleporta para a casa de Forever.
Estava um pouco diferente da última vez que veio, mas ele não tinha tempo para isso. Ele vasculhou toda a casa, até encontrar Forever em seu quarto.
Seu coração doeu ao ver a situação do seu amigo. Caído no chão, a cabeça enterrada entre os joelhos, os cabelos completamente desgrenhados e respiração ofegante.
Badboyhalo caiu ao lado dele.
— Eve... Ei, Eve, é o Bad. Eu vou te tocar agora, okay Eve? – ele tocou levemente seu ombro.
Com cuidado, Badboyhalo colocou sua mão no peito de Forever.
— Você pode tentar empurrar minha mão, Eve? Você pode fazer isso por mim? – ele pediu gentilmente. Foi fraco, mas Badboyhalo sentiu o peito de Forever subir e abaixar. :— Isso, Eve, você está indo bem! – lentamente, a respiração acelerada de Forever começou a se estabelecer em um ritmo normal. :— Isso, meu amor, muito bem. Você fez bem.
Olhos castanhos claros e cansados encontraram os olhos brancos.
— Bad? – o demônio colocou uma mecha loira atrás de sua orelha.
— Oi, Eve. – ele ficou surpreso quando o híbrido se lançou sobre ele, o abraçando.
— Obrigado por estar aqui. – Forever sussurrou.
— Eu sempre vou estar aqui, Eve. – ele beijou o topo de sua cabeça.
Badboyhalo sentiu Forever adormecer nele e ele encostou suas costas na cama, a cabeça caindo para trás.
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Quando Forever acordou, ele se sentiu quente. O que era engraçado já que o braço que o abraçava tão protetora mente estava frio.
Ele não sentia vontade de levantar, na verdade, se sentia bastante seguro nos braços do demônio.
Ele sentiu mãos com garras acariciarem delicadamente seu cabelo. Forever escorou seu queixo no peito do demônio, que havia parado o carinho, e encarou os olhos brancos.
— Oi, Bad... – Forever disse suavemente, arrancando um sorriso do demônio.
— Boa noite, Eve. – os dois ficaram em silêncio, apenas aproveitando a companhia um do outro. :— Levanta e vai tomar banho, vou preparar o jantar.
A contra-gosto, Forever se levantou, pegando sua toalha e indo para o banheiro. Quando terminou, vestiu um blusão e uma bermuda, descendo até a cozinha.
Forever se sentou em um dos banquinhos da bancada, observando Badboy cozinhar. Era... Lindo, gracioso, como se Badboy pertencesse aquela cozinha.
— Como você está, Eve? – Badboy perguntou sem se virar. :— Aquela foi uma das maiores crises de pânico que eu já presenciei suas. – ele o olhou por cima do ombro. :— Vou ter que pedi para o Roier ou a Nick uma consulta para você?
Forever sorriu com a preocupação, apoiando seu queixo na mão.
— Por agora, eu estou bem. Quando eu me sentir pronto, eu vou falar com Roier. – ele se levantou, indo até Bad e o abraçando por trás.
— Forever? – perguntou surpreso. O híbrido se afastou.
— Me desculpa. Depois de crises eu sou muito pegajoso. – ele abaixou a cabeça, envergonhado.
Badboy puxou seu braço, fazendo-o o abraçar de novo.
— Não, tudo bem, só me surpreendeu um pouco.
Forever fechou os olhos e encostou a testa no ombro dele. Badboy cheirava a chocolate e a café. Forever se sentia bem.
Ele levantou o olhar para o fogão.
— O que está fazendo? – ele olhou para os ingredientes espalhados pela cozinha. :— Você foi as compras? Juro que não tinha nada disso antes.
— Na verdade, isso são da minha casa. Passei lá para pegar algumas coisas para eu passar a noite e acabei pegando comida também. – Forever franziu o cenho em confusão.
— Passar a noite?
— Você acabou de ter uma crise de pânico, Eve. Vou passar a noite aqui para cuidar de você. – Badboy tampou uma panela e se virou, abraçando Forever e dando um beijo no topo da sua cabeça. :— Deixa eu cuidar de você, Eve...
"A cabeça dele doía e parecia que ele ia cuspir seu estômago fora. Essa era, com certeza, uma de suas piores ressacas.
Ele se sentou na cama, estremecendo quando isso fez a dor da sua cabeça piorar. Seus olhos vagaram pelo quarto que com certeza não era seu, mas com a quantidade de vezes que ele já acordou no quarto escuro ele, podia dizer que era quase seu também.
Logo o dono do quarto apareceu, segurando um copo de água em uma mão e na outra uma cartela de remédios. Badboy se sentou ao lado dele, entregando os dois itens.
— Por que bebeu tanto, Forever? – perguntou preocupado.
Forever colocou o remédio na boca, bebendo água em seguida.
— Eu não lembro. – isso era mentira e ele sabia que Badboy sabia que era mentira.
Era tão óbvio. Havia apenas uma coisa que fazia Forever beber tanto assim e isso tinha nome e endereço. Philza. Forever não sabia mais quantas vezes havia sido rejeitado e quantas vezes afogou suas mágoas na cachaça.
Assim que sentiu que sua cabeça não ia o matar, Forever se levantou, fechando os olhos quando sua pressão baixo. Antes de ele pudesse andar, uma mão agarrou seu braço.
— Não vai. – Forever se virou, olhando para o demônio. :— Deixa eu cuidar de você, Eve...
Forever sorriu.
— Claro, Goodboyhalo."
— Claro, Goodboyhalo. – Forever sorriu brilhantemente pela primeira vez nessas duas semanas.
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Lost Memories [Sendo Reescrita]
FanficMemórias. Tudo gira em torno delas, não é? Seus amigos - eles são importantes por causa dos momentos que tiveram -; sua família - eles estão lá dese que você se lembra -; sua vida. Quem você seria se não se lembrasse de quem você é? Afinal, quem voc...