5| Confrontations

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     Forever tinha que confessar, era fácil conversar com Badboyhalo. Ele sempre parecia ter um assunto para puxar para manter Forever entretido.

     Forever decidiu que gostava de Badboyhalo.

     Infelizmente, seu encontro foi interrompido com Badboyhalo tendo que ir trabalhar. Se pudesse, o híbrido continuaria falando com o demônio pelo resto do dia.

     Forever não queria voltar para casa agora, sabia que estaria sozinho e isso não era bom. Ficar sozinho com as vozes da sua cabeça não era bom. Então ele andou pela ilha, parando em frente a praia de Copacabana.

     Ele deitou a cabeça no volante e pegou seu telefone. Ele abriu o aplicativo de banco, queria saber o quanto tinha antes de querer comprar um guarda roupa inteiro. Ficou surpreso ao saber que o dinheiro que tinha guardado continuava praticamente o mesmo, apenas um pouco maior. Parece que o outro Forever não pegou dinheiro de sua poupança.

     Bem, ele poderia fazer umas comprinhas e depois voltar para ficar um tempo na praia. Ele se ajeitou no banco. Sim, ele faria isso.

     Uma hora e meia depois, Forever estava de volta na praia, com o porta malas e o banco de trás cheio de sacolas.

     Ele saiu do carro, pegando um caderno e lápis que havia comprado. Ele deixou seus sapatos dentro do carro e andou pela a praia. Se sentou um pouco longe da água.

     Forever deixou o lápis correr livre pelo papel, sem realmente nada na cabeça, apenas deixando o desenho acontecer. Não ficou surpreso ao seu um retrato de Brunim.

     Forever suspirou. Ele tinha que esquecer seu marido e seguir em frente. O engraçado era que Forever sempre pensou que era ele quem morreria primeiro, então nunca pensou, nunca cogitou, em uma vida sem Brunim.

     Ele colocou o caderno de lado e abraçou seus joelhos, fechando os olhos. Ele ficou alerta ao escutar passos atrás de si.

     — Se sente tanta saudade assim de mim para me desenhar, por que me bloqueou? – ele não reconhecia a voz. Forever levantou a cabeça e olhou para trás.

     Lá, o loiro que Forever não queria ver tão cedo. Vendo pessoalmente, Philza realmente parecia com brunim, diferenciando pela altura e ser mais velho. Em sua mão, estava o caderno de Forever.

     Ele se levantou, com o rosto sério.

     — Me devolve. – ele pediu calmamente, não tinha motivos para se exaltar.

     — É um desenho meu, não? – ele disse em um tom convencido. Philza ficou sério. :— Me fale o que tá acontecendo com você. Caralho, Forever, você sofre um acidente, fica desacordado por uns dias e quando acorda, não quer ver ninguém? Porra, você não sabe o quanto eu fiquei preocupado e então você me bloqueia? Que diabos está acontecendo? – Philza estava elevando sua voz.

     — O que aconteceu comigo não é de seu interesse. A única coisa que precisa saber é que, o que quer que tinha entre nós, acabou! – ele aproveitou o momento de choque para pegar seu caderno de volta. :— Passar bem, Philza.

     Ele tentou sair, mas o outro loiro segurou seu braço.

     — Por que está terminando comigo, amor? É meu caso com o Missa? Já disse que estou resolvendo os papéis do divórcio. – Forever riu seco e se virou para Philza.

     — Você já teve essa escolha antes, três anos atrás, quando começamos a sair. Se realmente quisesse algo sério comigo, já taria divorciado a muito tempo. – ele tirou a mão de seu pulso com força. :— E, a partir de hoje, não quero que se dirija a palavra à mim. E se ousar me tocar de novo sem permissão, vai ganhar um olho roxo. Adeus Philza.

     Com isso, ele saiu de lá sem olhar para trás e voltou para o carro.

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     Baghera estava a um passo de começar a subir pelas paredes de preocupação. Uma semana. A porra de uma semana inteira que ela não via seu irmão. Quer dizer, nos primeiros três dias ela o visitou no hospital, mas depois que ele acordou ela nunca mais viu ele.

     Ela confiava no Cellbit e sabia que ele não mentiria para ela sobre Forever querer um tempo para si.

     Mas, caralho, ela queria ver ele agora na frente dela, ver que ele estava bem, se aquele ferro que caiu na cabeça não deu sequelas graves.

     A única coisa que a impediu de invadir a casa de Cellbit foi a mensagem de Forever no grupo, falando que estava bem e logo eles iam se falar.

     O que Baghera podia fazer agora era esperar e torcer para que seu irmão não demore muito para falar com ela.

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     Nunca em sua vida Baghera pegou seu telefone mais rápido do que agora. Assim que escutou o toque personalizado de quando Forever a mandar uma mensagem, ela voou no telefone.

     Um suspiro trêmulo, mas aliviado, saiu de seus lábios ao ver a mensagem pedindo para se encontrar no Starbobby.

     Antes de ir, ela mandou uma mensagem para Pierre ir buscar Pomme na creche e foi para o Starbobby.

     Quando ela chegou lá, Forever já havia chegado, sentado em uma mesa no fundo e bebendo um milkshake. A primeira coisa que Baghera notou foi o uso de um suéter, em vez das camisas de algodão usal, e o cabelo amarrado na metade. Parecia outra pessoa.

     Antes de ela sentar na mesa, ele levantou o olhar para ela. Os olhos castanhos estavam escuros e não tinham o brilho de travessura ou reconhecimento.

     — Ever, o que aconteceu com você? – ela perguntou preocupada, se sentando na frente dele. Uma adolescente que ela não sabia quem era apareceu ao seu lado, perguntando seu pedido. :— O meu usual, obrigada, Roier deve saber qual é.

     — Baghera... – ele afastou sua bebida, dizendo seu nome como se estivesse testando a palavra. :— Vou te contar a mesma coisa que contei a Badboyhalo.

     Pelos próximos minutos, Baghera escutou calada tudo o que Forever tinha a dizer. A cada palavra, ela sentia seu coração afundar cada vez mais. No final da explicação, ela chegou em um pensamento: seu irmão não se lembrava dela. Não se lembrava dos momentos que passaram juntos. Não se lembrava porque eram irmãos em tudo menos em sangue.

     Baghera fez a única coisa que podia fazer no momento, ela rodeou a mesa e abraçou Forever. Ela tentou não se sentir mal quando ele não a abraçou de volta e sentiu a tensão em seu ombro.

     — Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para trazer suas memórias de volta! – ela disse antes de se afastar.

Lost Memories [Sendo Reescrita]Onde histórias criam vida. Descubra agora