Ele escutou barulhos em sua varanda. Ele colocou de lado seu caderno de desenho e olhou em direção ao barulho. Ele conseguiu distinguir nas sombras, a figura de Badboy.
Forever sorriu e se levantou, indo até a porta da varanda. Ele cruzou os braços.
- São dez da noite, Bad. O que faz aqui? - Badboy deu um sorriso sem graça.
- Te acordei? - se escorou na grade da varanda. Forever negou com a cabeça.
- Eu já estava acordado. - ele se aproximou. :- Você não respondeu minha pergunta.
- Eu quero te mostrar algo que encontrei. - ele se ajeitou.
- E você não esperou até de manhã, por que? - Forever riu quando Badboy revirou os olhos.
- Você quer vir ou não?
- Claro, claro.
Forever puxou Badboy para dentro de seu quarto, fechando a porta da varanda e saiu de seu quarto.
Do lado de fora, Forever seguiu Badboy até dentro da floresta. O caminho foi silêncio, de vez em quando quebrado quando um dos dois achava algo interessante, ou por piadinhas.
Já era dia quando eles chegaram do outro lado da ilha. Eles caminharam pela praia até chegarem em uma parte que era feita de rochas e então, um enorme farol tampou suas visões do mar.
Forever engoliu em seco com a visão. Memórias que ele não queria lembrar voltando em sua mente. Ele se aproximou da porta do farol, traçando o quatro desenhado na parede.
- Como isso ainda está de pé? - ele sussurrou.
Seus olhos se arregalaram e ele entrou correndo, tomando cuidado para não cair com a madeira frágil.
No topo, ele encontrou vários móveis empoeirados.
- Forever? Está tudo bem? - ele negou com a cabeça, seu antigo arco em sua mão.
- Não era para eu estar aqui. Pelos deuses, como eu cheguei aqui? - sussurrou com preocupação e horror. :- Porra, porra, porra.
- Linguagem! - Badboy segurou Forever pelo ombro. :- O que há de errado, Eve? - ele tinha medo e pavor em seus olhos quando olhou para Badboy.
- Eles me acharam.
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Merda. Merda. Merda.
O Brasil era realmente um lugar muito bom e também foi onde ficaram por mais tempo,, depois da Tailândia. Eles criaram uma vida aqui. Ele não queria ter que se despedir.
Mas ele o encontraram e Brunim não iria se perdoar se a Federação colocasse as mãos em seu amado pela terceira vez.
Tudo deu errado quando ele deixou Forever no hospital em vez de tirá-lo de lá, como sempre fazia. Aquele urso filho da puta tem olhos em todo lugar.
Brunim cometeu um erro.
Ele tinha que tirar Forever de lá. Ele já estava sendo drogado de novo e parecia que estava mais forte dessa vez. Brunim tinha medo dos efeitos colaterais.
Brunim digitou um número, tirando todas as suas roupas do guarda-roupa.
- Eai, chefia? - ele escutou a voz de Lajota.
- Eles nos encontraram! - ele escutou o barulho do outro homem se ajeitando. :- Preciso de passagens para a Polônia e novas identidades. - Brunim escutou o barulho do teclado.
- Até as cinco deve estar prontas, brunim! - ele olhou no relógio, eram duas horas. Bom.
- Obrigado! - ele desligou o telefone e começou a guardar as coisas dentro da mala.
Ele tinha três horas para sumir com todas as coisas que comprovam que eles estiveram ali e tirar Forever do hospital sem que ninguém desconfiassem.
Felizmente - e infelizmente - eles já estavam acostumados com essas mudanças repentinas, então tudo era facilmente empacotável.
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Sua mente estava nublada. Ele ouvia ruídos, mas não entendia o que escutava. Sua boca falava, mas ele não se lembrava de tê-la aberta. Seus olhos viam, mas ele não conseguia distinguir os borrões.
Oh... Ele conhecia essa sensação.
- Você está aqui.
Ele fechou os olhos, tentando evitar as lágrimas.
- Você tentou tanto, né? - perguntou, de forma zombeteira. :- Mas está aqui, de novo.
Ele sentiu uma mão em seu pescoço e outra em seu braço, uma respiração fria em seu pescoço. Tudo estava tão frio. Seu corpo estava paralisado, ele não conseguia fugir.
- Quando irá aprender que você não pode fugir. - sussurrou. Ele conseguia sentir o sorriso na voz. :- Você está ligado a mim. Eu sou você. Eu nunca te deixarei.
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Ele olhou para o loiro adormecido e sua mão foi até o cabelo loiro, o acariciando. Ele sorriu.
- Você voltará para casa em breve, filho. - Ele olhou para o ser ao seu lado e acenou com a cabeça, permitindo que ele injetasse o líquido. :- Você não escapará dessa vez!
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Ele cantarolou feliz, vestindo a roupa que lhe foi dado. Hoje era um dia perfeito, assim como muitos outros que virão.
Como não seria? Ele estava ao lado do amor da sua vida, não tinha como não estar mais perfeito!
Forever sorriu quando se aproximou de Brunim, que também sorriu ao o ver - ele não notou como o vampiro parecia muito tenso.
Quando foi colocado dentro do carro, não ligou muito para onde iriam, apenas se inclinou para colocar uma música.
Realmente o preocupou quando o aeroporto apareceu em sua visão.
- Mozão, a gente não ia para casa? - perguntou. Brunim o olhou e sorriu.
- É um presente de bodas, mozão! Eu queria retribuir pelo jantar. - o carro parou e Brunim rodeou o carro para abrir a porta para ele.
- Ah... Obrigado. - deu um sorriso tenso.
Seus olhos varreram o lugar, mas seu marido segurou seu rosto e o beijou, e então o puxou para dentro.
- Forever! - braços o rodearam em um abraço forte. :- Estou tão feliz em te ver bem!
- Lajota... - Forever o afastou com um sorriso.
- Aqui estão as coisas que você pediu, Brunim. Vou sentir saudades, mas aproveitem a viagem!
Forever não prestou atenção no que era falado, se afastando quando começou a sentir um barulho irritante de relógio em sua cabeça. Ele olhou ao redor, vendo se havia alguém o olhando, antes de pegar um frasco branco, tirando uma pílula.
Um arrepio subiu por seu corpo ao engoli-la, junto com a vontade de vomitar, que logo passou, tanto lugar a um sentimento forte de felicidade.
Ele sorriu, voltando para perto dos dois vampiros.
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- Senhor, ele está indo embora! - disse preocupado. Seu chefe o olhou e sorriu, antes de voltar a olhar para o avião decolando.
- Está tudo indo de acordo com o plano, não se preocupe! - se virou, indo embora, sendo seguido pelo ser sem rosto.
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Lost Memories [Sendo Reescrita]
FanfictionMemórias. Tudo gira em torno delas, não é? Seus amigos - eles são importantes por causa dos momentos que tiveram -; sua família - eles estão lá dese que você se lembra -; sua vida. Quem você seria se não se lembrasse de quem você é? Afinal, quem voc...