Amores platônicos, segredos inconfessáveis, perseguições pela cidade, traição...
Poderia ser um roteiro de novela, mas é apenas a vida real de uma adolescente comum: Jennie, uma jovem de 17 anos. Jennie, desde o ensino fundamental, é apaixonada por...
Logo quando entrei naquele lugar, me deparei com várias cortinas de miçangas em um corredor com várias fotos de mamilos pregadas na parede. Sim. Mamilos. A música ia ficando cada vez mais alta conforme eu passava por aquele corredor (que mais parecia um portal), pude ouvir barulho de pessoas conversando lá dentro. Consegui ter a visão do que meus ouvidos captaram quando passei pela última cortina.
O lugar continuava parecendo mágico, os refletores em luzes neon rosa, roxa e azul só tornavam tudo mais fantasioso. Tinha um monte de gente diferente lá. Uns caras maquiados com perucas enormes, mulheres com o mesmo estilo que eu e até umas no estilo de Lisa. Também vi até outras pessoas que eu nem conseguia distinguir se eram homem ou mulher.
A galera dançava no ritmo... e também fora dele.
Vi incontáveis corpos que beijavam outros incontáveis corpos do mesmo gênero. Vi muitos beijos que terminavam em sorrisos (e notei um que terminou em tapa na cara). Tinha gente se beijando (em casal ou em grupo), outros só batendo papo, uns sorrindo, outros olhando alguns com ciúmes. Pra qualquer lugar que eu batia meu olho via pessoas diferentes e várias coisas diferentes que estavam acontecendo.
Eu não conseguia achar Lisa no meio de tantas pessoas.
Me sentia meio perdida no meio daquela confusão. Trombei sem querer no balcão do bar, distraída olhando para todos os lados, menos pra frente.
— Perdida? — Uma voz feminina surgiu com um rosto amigável. — Sua primeira vez aqui, né?!
— Ah, oi! — Respondi, meio atordoada. — Sim! Tava procurando uma amiga minha.
— Eu conheço todo mundo daqui, talvez consiga ajudar. Meu nome é Nick.
Eu deveria dizer o meu nome verdadeiro por aqui?!
— O meu nome é Júlia. — Eu disse, abrindo um sorriso. Agora não existia vestígios de mim naquele lugar e ninguém poderia me dedurar no futuro.
— Júlia, você é uma gracinha. — A mulher se virou, remexendo nas garrafas do bar.
Me peguei rindo.
— Tome, por conta da casa. — Nick piscou um dos olhos pra mim, me entregando uma bebida com morangos. — Essa bebida se chama "amor à primeira vista" e costumam pedir muito quando chegam aqui de primeira.
— Nem sei o que dizer. — Tentei agradecer.
— Bem-vinda ao Submundo, Ju. — O sorriso de Nick se abriu pra mim e ela foi atender um grupo de amigos que tinha acabado de chegar, bem do meu lado.
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