NA CASA DE LISA

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Agora, lá estava eu, sentada na cama de Lisa, balançando as pernas enquanto ela revirava o guarda-roupa, procurando uma blusa para me emprestar.
Era engraçado poder ver as coisas do quarto dela de tão de perto. Quase deixei escapar um "eu estava doida para ver esse quarto de perto", mas, graças a Deus, me lembrei de que ela não podia saber que eu sou uma louca obcecada.
Quer dizer, uma cientista competente.

Eu estava usando uma blusa larga da Lisa.

Mesmo após devolver o casaco dela (que eu estava usando antes), eu já estava usando outra peça de roupa dela.

Como forma de retribuir o que ela estava fazendo por mim, eu me concentrei em melhorar o aspecto daquela ferida aberta.

— Sério, dá para parar de se mexer?! — Reclamei, pressionando o gelo sobre a sobrancelha dela.

Lisa franziu a testa, o que fez um pouco mais de sangue escorrer.

— Está doendo. Como você espera que eu fique quieta?

Revirei os olhos.

— Não imaginei que você fosse tão dramática.

— Você beijou o Kai. — Ela fechou os olhos quando coloquei a compressa.
— Isso sim doeu. Eu esperava mais de você.

— Você está exagerando. — Ri, limpando cuidadosamente a ferida. O gelo estava ajudando a estancar o sangramento aos poucos.

Lisa revirou os olhos e colei um band-aid na sobrancelha dela.

Caralho. — Murmurei ao perceber que esqueci meu celular na mesa onde as meninas estavam.

— O quê? — Lisa me olhou.

— Esqueci meu celular lá...

Puta que pariu, Jennie. Sério? Isso é sério mesmo? Onde?

— É sério. Ficou com minha amiga Sulli, na mesa onde Rosé estava sentada antes.

— Ok, fica aí que eu vou lá buscar.

— Não precisa...

— Já, já eu tô de volta. — Lisa disse antes de atravessar a porta.
— Depois, eu tô aqui no sofá, caso você precise de alguma coisa.

Ela saiu e eu subi os degraus em direção ao quarto dela com pressa.
Fechei a porta e corri para a janela, que eu já tinha observado do outro lado da rua.

Lisa Manobal bateu a porta do carro e deu ré, partindo em alta velocidade. Fiquei olhando a rua vazia, me imaginando do outro lado, com um binóculo na mão. Depois, me virei, caindo na realidade do lugar onde estava.
Eu não esperava por nada disso. Não consegui conter o sorriso que se formava em minha boca.

 Não consegui conter o sorriso que se formava em minha boca

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JENLISA | LARANJA ULTRAFORTE - O Experimento CientíficoOnde histórias criam vida. Descubra agora