Black Hole | taekook & yoonmin (concluída)

☆ 12 - First date

☆☆☆

☆☆☆

Taehyung havia pegado o número de Jungkook e antes mesmo de entrar em casa ele já tinha mandado um "boa noite :)". Jungkook não entendeu a carinha que parecia um tanto estranha — e que Taehyung levou horas pra digitar — mas achou fofo mesmo assim.

Na quinta-feira, Jungkook e Yoongi foram novamente para o abrigo. O dia passou lento e, apesar de estar no mesmo ambiente que Taehyung, Jungkook só torcia para que o dia acabasse logo e finalmente chegasse à sexta-feira.

Eles alimentaram os animais, fizeram o mesmo procedimento de dar banho em todos — dessa vez Jungkook só caiu 2 vezes com um Bam alegre pulando em seu colo — brincaram com os gatos e Jungkook notou que Jimin tentava ensinar Yoongi como fazer o curativo nos gatinhos machucados e, para a surpresa de JK, o irmão não havia reclamado nenhuma vez e estava bastante concentrado em cada palavra que o garoto baixinho dizia.

Jungkook não sabia se o irmão também gostava de homens, mas a forma como ele olhava para Jimin às vezes quando o garoto não retribuía o olhar começou a fazer com que o mais novo se questionasse sobre isso. Seria engraçado se até nesse quesito eles fossem "parceiros de crime" e a ideia fez-se com que Jungkook se martirizasse novamente por não conseguir se abrir sobre o assunto com o mais velho.

A noite de sexta-feira havia finalmente chegado. Taehyung combinou de buscar Jungkook em sua casa, então quando o relógio bateu 21 horas em ponto, o jovem — extremamente pontual e afobado — buzinava na porta do garoto.

Eles ficaram o caminho todo em silêncio. Estavam nervosos demais para falar qualquer coisa e ambos tinham a cabeça lotada de "e se", pensando que qualquer coisa que falassem poderia estragar a magnitude daquele dia.

Quando chegaram no local, Taehyung estacionou e desceu do carro correndo, deixando Jungkook confuso no banco ao lado. Até que o garoto deu a volta e abriu a porta para o jovem descer, o sorriso em seus lábios, apesar de tímido, poderia ser visto a quilômetros de distância.

Logo que entraram no local, ambos já estavam completamente em êxtase. Os quadros que Taehyung tanto amava estavam espalhados por todas as paredes e as pinturas contidas em cada um entrava em contato com o chão e teto, dando a impressão de que eles estavam dentro da obra. Era uma exposição imersiva.

— Eu nunca havia ido em um lugar tão incrível. — Jungkook falava animado. — A história que cada quadro conta deixa meu coração acelerado. — O jovem levou a mão para o coração. — Ainda mais quando o quadro todo se torna o ambiente e os detalhes estão por todos os cantos. É como se Van Gogh pudesse falar conosco e nós temos todo o tempo do mundo para ouvi-lo.

Taehyung não conseguia evitar sorrir quando o garoto falava tão animadamente. Seu coração também estava acelerado, mas por outro motivo.

Os quadros que conseguiam transformar a dor em beleza eram bonitos demais para serem contemplados de forma simples. A arte de Van Gogh vivia por ele de forma bela, particular e genuína. Naquele dia, qualquer pessoa que visse o olhar apaixonado dos dois jovens poderia também dizer que eles viviam pela arte.

A sala que eles haviam entrado estava repleta de girassóis por todos os lados. O teto era aberto e a beleza surreal da noite juntamente com o amarelo na imensidão entrava em perfeito contraste com os fios loiros do rapaz, que estavam dispostos de forma bagunçada. Naquele momento, a luz da lua refletia nos olhos de Taehyung e Jungkook admirava o cenário através deles.