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[...]

— o que? Perdeu alguma coisa na minha cara? — Diana reclamou.

Havia sido tirada do seu sono preciso ao lado de Hanayama por um dos homens dele. Deveriam ser umas 4 da manhã e o dever já estava batendo na porta.

— estaremos de volta às 6.— o homem comunicou. Diana pode contar as vezes em que o pegou com os olhos nas suas pernas e pescoço.

É, o seu chefe fez um bom trabalho. Agora suma da minha frente!

— obrigado pela informação.— Diana soltou.

Seu corpo estava dolorido. Enquanto ela mal conseguia se sentar direito, Kaoru Hanayama parecia estar tendo uma dia comum. Era motivo o suficiente para ter uma crise de fúria.

— está chateada.

— sim, querido Kaoru, eu estou.— respondeu ainda mais brava.— estava no melhor do meu sono, quando o seu amigo começou a bater na porta.

Hanayama ouviu cada palavra com atenção, indo em direção a Diana. A colocou em seus braços com delicadeza.

— então, vamos descansar.

— só se você estiver ao meu lado.— Diana soltou em um sussurro quase inalditivel.

— o que disse? — Hanayama questionou, mas Diana já havia dormido.

[...]

Diana

Acordei assustada, meu ânimo já não estava lá grandes coisas e como de costume teria que enfrentar mais um dia de trabalho.

Outro pesadelo, pelo menos esse foi mais leve.

Algumas semanas passaram voando depois daquele dia. Me encontrava em uma nova casa, e com outra parceira, isso mesmo, uma mulher era meu novo apoio nas ocorrências da delegacia, seu nome era Fumiko, ela é uma típica senhora japonesa que preza pela argumentação ao invés do confronto direto. Aprendi muito com os seus conselhos, durante as nossas voltas de viatura. Já não me colocava em tantas situações perigosas por medo de não ter um apoio forte o suficiente para acompanhar o meu ritmo.

O que era totalmente diferente do que costumava ser com Kai. As coisas mudaram, já não tinha mais aquele sentimento melancólico atrapalhando minha rotina.

A paz finalmente estava reinando.

— bom dia, oficial Diana.— ouvi a voz da garotinha, ela estava acenando para mim com o seu sorriso banguela a mostra.— tenha um bom trabalho.

— bom dia, Aoi.— devolvi seu aceno, enquanto trancava a porta principal da casa.— bom dia para você também, Yuuto. — falei assim que vi o irmão mais velho de Aoi saindo de sua casa.

— bom dia. — soltou baixo.

Frio como sempre. Os meus vizinhos tem lá suas peculiares como a senhora que mora no final da minha rua, que odeia com todas as forças qualquer tipo de barulho, e tem essa família que mora em frente. A família de Aoi é composta por pessoas interessantes, temos o pai que é aluno do dojo shinshinkai, a mãe que é uma psicóloga que não tem paciência com a teimosia do próprio marido, tem o irmão mais velho que está quase seguindo os mesmos passos que o pai, e finalmente temos a pequena Aoi o tesouro da família. Não poderia estar em um bairro melhor.

Caminhei tranquilamente até meu carro. Ele não está lá aquelas coisas, mas era fruto do meu esforço naquela delegacia, o que me deixava orgulhosa.
Eu não me importei muito com os comentários sobre ele no primeiro dia que fui para o trabalho com está belezinha, o importante era que estava em perfeitas condições. Sou mão de vaca, sim mas há uma boa razão para isso, falando nele, olhe só quem está tocando.

Vermelho - Kaoru HanayamaOnde histórias criam vida. Descubra agora