Vermelho - Kaoru Hanayama

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Narrador

— inferno. — a única mulher na sala gritou, prestes a surtar.

— acalme-se senhora Agatha, por favor.

— me acalmar Silva? — esbravejou derrubando tudo que via pela frente.— como eu deveria me acalmar sabendo que os seus homens incompetentes não deram um jeito naquela raça!

O restante dos homens trocaram olhares esperando que outra pessoa tomasse a iniciativa de enfrentar as alegações da senhora, ninguém queria lidar com os ataques de fúria da senhora Agatha Rivera, com aqueles olhos furiosos, analisando cada um dos rostos dos presentes.

Ela era instável, mentalmente afetada por um instinto materno protetor doentio que afetava suas funções cerebrais.

— um bando de incompetentes! Como não conseguiram acertar um tiro naquela bastarda? — outra caneta saiu voando depois que citou o nome de Diana.

Ela os enxergava como um grande comboio de peças inúteis que não agregavam em nada no seu plano. Thales, seu único filho, era precioso demais, não poderia deixá-lo ser influenciado pelo sangue maldito que corria nas veias da Thalia. Seu sangue era sujo, ela era parecida com a feiticeira que tomou o coração de Thales para si.

— senhora, nós vamos resolver.

— vão, quando aquele verme nascer? — questionou gritando de maneira estética.— são todos uns frouxos. Sabem por que não conseguem se quer passar da porta? Por que eles têm um homem de verdade no comando!

Agatha não perdia a oportunidade que era usar o posto de seu filho para desdenhar dos outros, ele era o seu tesouro, a única coisa que realmente importava para ela. Aos seus olhos, Thales era um bom homem que não estava mais bem e com as mente danificada, quando ousou trazer aquelas coisas para viver com ele.

Ele só poderia estar perdido e precisava da ajuda de sua mãe. Nada naquele mundo iria mudar esse pensamento da cabeça de Agatha.

— eu mesma vou ter que resolver!

[...]

Thalia

— estranho. — soltei assim que analisei as novas transferências da conta que o senhor Rivera estava usando.— parece que o dinheiro sumiu.

— sumiu? Como assim sumiu? — ouvi o senhor Thales me questionar, com um tom agressivo. Ethan não aprovou essa reação, se colocando entre mim e ele.— está me dizendo que toda a minha fortuna, simplesmente sumiu?

— pare de falar desse jeito, gritar não vai resolver! — senti seu toque gentil contra as minhas mãos trêmulas.

— Ethan tem razão.— Diana agarrou o tecido da camisa do pai.— ela já deve ter desviado esse dinheiro para outra conta no exterior. Não desconte as coisas na Thalia!

Uma onda de alívio percorreu meu corpo. Eu tinha tanto medo do senhor Rivera que estava quase atravessando o encosto da cadeira, tentando me livrar de seus olhos.

— estamos sem opções, vamos ter que vender a casa.— Kate complementou.

— não, a minha casa não!